#PlenaeApresenta: Wanessa e a coragem de enfrentar a si mesmo

O Plenae Apresenta a história da cantora Wanessa, participante da nona temporada do Podcast Plenae!

5 de Setembro de 2022



Respiração e batimentos acelerados, mãos suadas, sensação iminente de perigo, agitação. Esses são alguns sintomas de quem sofre de ansiedade, e que em sua pior versão, pode evoluir para uma Síndrome do Pânico. É a realidade da cantora Wanessa, que lida com esse transtorno mental desde os 20 anos de idade e que, recentemente, resolveu tratar a questão de forma não-medicamentosa.

Representando o pilar Mente na nona temporada do Podcast Plenae, a artista reconheceu que o seu principal gatilho é justamente o medo da morte. Isso se deve, provavelmente, ao fato de que durante a infância, ela esteve frente a frente com a finitude de múltiplas formas.

“Com seis meses de vida, eu sofri com uma pneumonia grave e fui parar na UTI. Com 1 ano de idade, eu abracei um ferro quente e precisei fazer uma raspagem por causa de uma queimadura de quinto grau. Aos 3 anos, eu engoli um parafuso de uns 3 centímetros. (...) Com 6 anos, eu fui atropelada e desmaiei, mas permaneci consciente. Eu lembro de estar sozinha num lugar escuro, pensando: ‘Eu morri? O que aconteceu comigo? Por que eu não consigo acordar?’”, relembra. 

Sua primeira crise foi já jovem adulta, durante um jantar com amigas onde nada parecia justificar a sensação de morte iminente. Acontece que, quando se trata de um transtorno mental, não existe algo “do nada”, mas sim a junção de pontos que foram ignorados ao longo do tempo. 

Nessa época, ela buscou ajuda de médicos e de remédios, caminho comum para quem lida com um transtorno desse tipo. Após um tempo de tratamento, ela decidiu parar a medicação e, por muito tempo, ficou bem. Foi quando a pandemia chegou e, com ela, novas crises, nascidas de novos receios. 

“Bem no começo da pandemia, eu peguei covid e, um mês depois, comecei a sentir um cansaço extremo. O meu corpo não esquentava, eu tremia e tinha confusão mental. Fiquei muito estressada, até descobrir que eu estava com hipotireoidismo. Esse diagnóstico aumentou a minha ansiedade, que já estava alta desde o começo da quarentena, com aquele caos no mundo”, diz.

Além de sua própria experiência com a covid, ela também enfrentou perdas como a do avô e a do empresário. Novamente, a morte entrou em curso. Em um certo momento, ela passou a ter crises de pânico diariamente, até mesmo em momentos críticos, como no volante, enquanto dirigia. Nesse momento, ela procurou psicólogos e psiquiatras e voltou para a medicação, mas a questão parecia só piorar.

“Sugeri para os meus médicos: ‘Vamos juntos tentar sem medicação?’. Eu sei muito bem que, com o remédio alopático, eu ia melhorar em questão de dois meses. Eu ia me sentir confortável, me distrair e parar de olhar para mim mesma. Ia relaxar e largar o processo terapêutico, igual da outra vez. (...) Eu só tinha varrido a sujeira para baixo do tapete. Nesse reencontro com o pânico, eu não podia mais tapar o sol com a peneira. Eu decidi mergulhar profundamente em mim, para entender o que estava acontecendo comigo”, conta. 

A primeira parte do processo terapêutico foi apagar o incêndio, enxugar a inundação, limpar a casa e ver onde estavam as goteiras, como conta ela. Foi preciso identificar seus gatilhos de uma vez por todas para se manter alerta para os próximos momentos. 

"Hoje, quando eu percebo algum sinal de alarme no meu corpo, eu não espero mais chegar no lugar do descontrole para agir. Eu aprendi técnicas para navegar junto com a crise, até ela passar. Oração, respiração e meditação guiada para aplacar a ansiedade funcionam muito para mim. Eu também uso estratégias de afirmação para acalmar o meu lado racional. Eu repito para mim mesma: “Você já teve esse pânico 10 mil vezes. Você fez todos os exames. Não tem nada no seu coração. O seu pulmão tá limpinho etc.”. Vou escaneando o meu corpo, até entender que o sintoma é só um truque da minha mente mesmo”, conta.

Com a terapia, Wanessa também identificou a origem dos seus sofrimentos em um TOC nunca antes diagnosticado, seguido de uma hipocondria que gera o medo da morte iminente. Hoje, além das técnicas utilizadas mencionadas, ela também precisou admitir que não há uma bala de prata que vá solucionar tudo. Fazer as pazes com o fato de que crises ocorrerão e que você falhará de alguma forma é parte do tratamento. 

“Eu tenho buscado ser uma pessoa mais leve, menos crítica comigo mesma. Eu sempre me castiguei muito quando errava, porque tudo tinha que sair perfeito. E eu vi que não tem como eu ser, ao mesmo tempo, boa mãe, boa profissional, boa filha, boa amiga, boa para mim mesma… Não dá! Alguma coisa vai falhar”, pontua. 

Ela também passou a se importar menos com o exterior por estar olhando com mais atenção para o interior, mas pretende deixar como um de seus legados falar desse assunto sem tabu e, assim, ajudar outras pessoas que possam se sentir da mesma forma que ela e não conseguem explicar.

E você, estaria disposto a mergulhar tão profundamente dentro de si durante uma crise? Inspire-se na coragem de Wanessa e ouça seu episódio apertando o play aqui dessa tela, ou no seu streaming de música favorito!

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#PlenaeApresenta: Claude e Batista e a amizade que vira irmandade

O Plenae Apresenta a história de Claude e Batista, representantes do pilar Relações na décima terceira temporada do Podcast Plenae!

16 de Outubro de 2023



Amigos são a família que podemos escolher. Pesquisas apontam que ter amigos faz bem para a saúde, de tão potente que é essa relação. Pode até ser mais difícil estreitar os laços com o passar dos anos e, por isso, tendemos a achar que a vida adulta não nos reserva mais nenhuma surpresa nesse aspecto. 

Mas, estamos errados. Os chefs Claude e Batista são a prova viva disso. Representando o pilar Relações na décima terceira temporada do Podcast Plenae, mergulhamos na história dessa amizade improvável, que virou uma verdadeira irmandade.

Claude, diretamente de uma pequena cidade na França, e Batista, diretamente do interior da Paraíba, se conheceram já adultos, mas foi o passar do tempo que mostrou como essas diferenças somavam nessa relação e que haviam mais semelhanças do que poderia parecer. 

Para ambos, a gastronomia surgiu ainda na infância e a cozinha se tornou um lugar comum, de paz e ofício, cada um em seu país. Foi quando Claude pisou em terras tupiniquins que a história de ambos se cruzou. Apaixonado de cara pelo Brasil, o chef francês fez do Rio de Janeiro a sua morada e a de sua família, que começava a nascer. 

Já o Batista foi ficando pelas areias cariocas depois de uma viagem com o seu avô. Ao conseguir um emprego, decidiu que não voltaria mais à Paraíba. E esse emprego era nada mais, nada menos, do que no pequeno restaurante que Claude abriu com todas as suas economias e que levava o nome de sua cidade natal, Roanne.

“Duas vezes por semana, o Batista ia comigo comprar peixe em Niterói. Todo mundo ia pra casa depois do expediente, de madrugada. Mas a gente ficava no restaurante, porque tinha que estar em Niterói lá pelas 5 da manhã. A gente ia com a minha Belina velha. O Batista dizia que parecia o carro dos Flintstones. Um dia, a Belina quebrou na ponte Rio-Niterói e ele até precisou empurrar enquanto eu tentava fazer pegar. Às 8h30, a gente tava de volta ao restaurante com os peixes. Só então ia pra casa dormir um pouco, mas às 4 e meia da tarde tava lá de novo, para começar o turno da noite. Nossa amizade começou assim, no trabalho duro”, relembra Claude. 

De parceiro de trabalho, Batista virou intérprete de Claude, que ainda não falava bem o português. Ali começava a brotar uma relação de confiança e parceria. Dos eventos fechados ao forró pós-expediente, eles não se largaram mais. Até que os territórios televisivos começaram a chegar e uma nova etapa dessa relação estava para começar. 

“Por causa da televisão, eu viajei pra fora do Brasil pela primeira vez. A gente passou 10 dias em Nova York para gravar e eu fiquei impressionado com a beleza da cidade. Na Times Square, tinha uns telões lindos, passando várias coisas. Uma hora, mostraram eu e o Claude. Era uma ação de publicidade. Quando eu vi, eu chorei muito. Veio toda a lembrança das minhas origens”, diz. 

Você confere o resto deste relato emocionante no quinto episódio da décima terceira temporada do Podcast Plenae. Ao ouvir, pense naquele seu bom amigo e valorize essa relação. Ela vale mais do que muitas por aí! Aperte o play e inspire-se! 

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