Na oitava temporada do Podcast Plenae, conheceremos a meditação como medicação da empresária Renata Rocha, representando o pilar Espírito
20 de Junho de 2022
Quando foi a última vez que você fez algo pela primeira vez? Para Renata Rocha, foi há 12 anos, quando ela descobriu na meditação o poder da medicação. A coach de vida e propósito foi diagnosticada com fibromialgia aos 22 anos e sofreu com dores fortes que não passavam com remédio.
Representando o pilar Espírito na oitava temporada do Podcast Plenae, ela conta que, mais do que um tratamento para sua doença, a meditação abriu um portal de espiritualidade na sua vida. Tudo começou a partir do fim de um relacionamento, que desencadeou a doença autoimune que causa dores intensas no corpo todo.
Sua trajetória na meditação se inicia pela dor, mas se mantém pelo amor. Após dois anos tomando antidepressivos mesmo sem ter depressão, apenas para aliviar os sintomas mais severos da fibromialgia, seu chefe da época a convida para um evento de Yoga onde ela é instigada a meditar pela primeira vez. E, já nessa tentativa, ela encontrou um lugar interno de paz, nunca antes vislumbrado anteriormente.
“Quando a gente sente uma dor, seja física, emocional ou mental, parece que só ela existe e que a gente não tem nenhum controle sobre aquela situação. Mas com a meditação eu consegui enxergar o meu próprio sofrimento à distância. Eu me vi maior do que a dor e, aos poucos, fui me auto regulando, me curando.”
O encontro consigo mesma por meio da prática foi tão potente que ela resolveu pedir demissão e então embarcar em um ano sabático com o objetivo de aprender ainda mais sobre a meditação. Na Índia, visitou dois lugares diferentes e fez seu primeiro retiro de silêncio, que até então parecia tarefa impossível, mas que foi completada com sucesso.
“A agitação mental é nociva para o ser humano. A pessoa fica presa em distrações, se preocupando com o futuro ou remoendo o passado. É por causa disso que, hoje, os nossos grandes males são a ansiedade e a depressão. Meditar é um remédio poderoso para curar essas e outras doenças. É uma ferramenta gratuita, que está disponível para pessoas de todas as idades, de todas as classes sociais, de qualquer lugar do mundo. A meditação é universal”.
Nessa mesma viagem, conheceu seu atual sócio, que tinha a expertise necessária em tecnologia. Os dois estavam decididos a apresentar a meditação para o grande público, torná-la mais acessível e possível e, principalmente, tornar o mundo um lugar mais positivo. Foi justamente dessa vontade que eles fundaram o Positiv App.
“Tem práticas para dormir, para focar, para relaxar, para quem está tendo um ataque de pânico e precisa se acalmar na hora. Tem ainda cursos de autoconhecimento e autodesenvolvimento. É um aplicativo em português, com profissionais seríssimos que fazem um trabalho consistente. O app veio da vontade de fazer do mundo um lugar mais positivo, por isso o nome. A nossa ideia é deixar o nosso entorno melhor do que a gente encontrou.”
De lá para cá, o aplicativo já soma mais de 20 mil tipos de meditações e milhares de adeptos. O que fez bem para Renata, foi devidamente compartilhado e hoje faz bem para indivíduos de toda a parte, com dores diferentes. De forma despretensiosa, a meditação e o budismo entraram na vida de Renata, e com intenção e amor, permaneceram.
“O budismo explica que a mente é como se fosse um lago, e os pensamentos como o vento. Quando o ar sopra, ele forma ondulações na água. Assim, tudo que você vê no reflexo do lago é uma distorção. A meditação é um treino para deixar a mente cristalina, sem ondulações nem distorções. Se a gente consegue aquietar a mente, entra em relaxamento profundo e acessa uma frequência energética mais elevada. É um lugar sutil onde não há relação com tempo, espaço e matéria.”
Aproveite para se espelhar nesse relato e começar você também a colocar em prática essa atividade tão milenar quanto moderna, reconhecida hoje pela ciência e que atravessou diferentes eras e gerações até chegar a você de forma tão simples. Aperte o play e inspire-se!
O Plenae Apresenta a história de paternidade e afeto de Geninho Goes e Eduardo Domingos, representante do pilar Relações.
18 de Dezembro de 2024
Como a parentalidade pode se apresentar na vida de cada um? Não há uma resposta exata para essa pergunta, afinal, tanto para os pais como para as mães, a escolha em ter filhos pode ser um sonho de toda uma vida, uma casualidade ou algo construído aos poucos. Para Geninho, a ideia de ser pai não era óbvia, ainda mais sendo um homem gay. Mas foi ao lado de seu parceiro, Eduardo, em 2014, que esse chamado então se apresentou.
Representando o pilar Relações na décima oitava temporada do Podcast Plenae, o casal conta como se deu a adoção de sua primeira filha e, anos depois, dos outros quatro filhos - todos irmãos. Hoje pais de cinco filhos, a dupla não só espalha a palavra honesta sobre os desafios da adoção, mas também desse verdadeiro encontro de almas que viveram de forma coletiva com essa família que se formava.
Em um dia ensolarado na piscina do prédio, Geninho e Eduardo observavam crianças brincando. A noite, nesse mesmo dia, assistiram sem querer a um programa chamado “Histórias de adoção”. Ao final, ambos estavam em lágrimas, no que Geninho perguntou “você tem certeza disso?” e Eduardo respondeu “sim” - sem nunca terem sequer falado do assunto, mas também sem nunca olharem para trás depois desse acordo quase que silencioso.
“Não foi uma decisão muito racional, porque, se eu parasse pra pensar em todos os desafios envolvidos, não ia querer adotar uma criança. Foi uma coisa que veio da alma. Eu faço terapia e na psicanálise a gente fala muito sobre o desejo. A gente só sabe que um desejo existe quando ele se efetiva. O desejo existia, porque se não existisse a gente não seria pai. Mas eu não tinha consciência dele”, elabora Geninho.
Apesar de morarem em um estado com “fama de preconceituoso”, como Eduardo pontua ao falar de Santa Catarina, eles não lembram de ter sofrido nenhum tipo de constrangimento ao longo de todo o processo da inscrição para a adoção, que se deu na sequência. No formulário, preencheram: queriam dois filhos, no máximo, e com até sete anos. Não sabiam ainda as surpresas que a vida guardava para eles.
“Foi um processo demorado, que durou dois anos e meio, até que um dia num encontro de adoção que a gente participou uma assistente social falou assim: “Ah, que pena, porque lá onde eu moro tem uma menina, mas ela está com 8 anos”. Aí ela mostrou a foto da Maria Helena. Na mesma hora a gente começou a chorar. Sentimos que aquela era a nossa filha”, conta Eduardo.
Maria não chegou para os braços deles de imediato, inclusive, uma das famílias desistiu de adotar e a outra adotou, mas devolveu por não se adaptarem. Quase um mês depois, eles conseguiram então levar a pequena para passar um fim de semana num hotel junto da cunhada e dos cachorros, para descontrair o clima. Seis semanas depois, no dia 14 de novembro de 2006, Maria enfim foi passar o período de adaptação em casa para, dezesseis dias depois, virar oficialmente filha perante o juiz.
“Com mais ou menos um mês, ela já chamava a gente de pai. Ela tinha um desejo grande de ter uma família. Mas, ao mesmo tempo, ela ficava testando o nosso amor. No primeiro aniversário da Maria, que foi em dezembro, ela não deixou nem a gente dar um abraço. Teve um dia que ela subiu na nossa cama, teve um ataque de raiva e jogou tudo no chão. No começo, ela gritava dentro de casa: ‘Socorro, eu sou uma prisioneira!’”, relembra Eduardo.
Geninho, hoje, conta muito do que aprendeu. “Quem adota tem que abrir mão da expectativa de que o filho vai chegar e falar ou demonstrar que ama. Isso é raro. Toda adoção tem uma história de violência, abandono por trás. E quando você adota uma criança com mais idade, ela vai testar o seu amor. Ela vai fazer de tudo pra você mostrar que não aguenta mais. A gente oferece o melhor, mas a criança oferece o que ela tem de pior, porque assim ela vai ter certeza de que você gosta dela ou não”, diz. Durante anos, e até recentemente, Maria ainda testa esse amor.
Por 6 anos, eles foram uma família de 3 pessoas, se fortalecendo enquanto pais e enquanto casal que se manteve unido mesmo durante as maiores dificuldades. Até que, em 2022, o Geninho recebeu uma ligação de uma assistente social. “Eu não estava com nenhuma expectativa, porque às vezes eles ligavam pra gente dar uma entrevista ou pra falar com uma família que queria adotar também. Só que dessa vez o assunto era os irmãos da Maria”, relembra Eduardo.
A Maria sabia da existência de uma irmã, com quem conviveu até os 3 anos de idade - e sabia de um irmão que ela não conhecia. Os dois contam que ela chorava de soluçar querendo esses irmãos, e que eles até tentaram adotar essas crianças, que também foram para um abrigo. Mas ficaram sabendo que elas foram devolvidas para a família de origem. Mas então a assistente social contou para eles que Maria não tinha dois irmãos, mas sim quatro - sendo um bebê.
E ainda completou: “Os três mais velhos já estão destituídos, então a gente queria saber se vocês conhecem alguém no grupo de adoção aí na cidade de vocês que possa adotar os dois meninos e a menina separadamente, para eles ficarem perto da Maria”. “Um olhou pro outro e, de novo, a gente não teve dúvida: ‘Nós sabemos. Somos nós’. Ela perguntou: ‘Vocês vão adotar os três?’. Eu respondi: ‘Os quatro’”, conta Geninho.
A história ganha caminhos ainda mais desafiadores, mas igualmente bonitos, recheados de aprendizados e muito, muito amor no trajeto. A família mais do que dobrou e, com isso, a paternidade desse casal que já transbordava de empatia e afeto, sem tirar os pés do chão para as dificuldades. Ouça o resto do relato no episódio completo, disponível aqui no site ou no Spotify. Aperte o play e inspire-se!
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