O Plenae Apresenta a história de Kanynary, representante do pilar Contexto na décima terceira temporada do Podcast Plenae!
25 de Setembro de 2023
Somos compostos por diferentes preconceitos e infelizmente ninguém escapa a essa regra. Cabe a cada um de nós, de forma individual e também coletiva, buscarmos informações que renovem e modifiquem nossos antigos paradigmas. E esse é um dos episódios do Podcast Plenae que mais contribui para subverter essa lógica.
Representando o pilar Contexto, Kanynary vem para, primeiramente, abordar um assunto muito importante: o bullying que os jovens indígenas sofrem quando estudam em grandes cidades, fora de suas aldeias. Durante sua infância em Manaus, não foram poucas as vezes em que ele se viu alvo de piadas e até de agressões verbais mais incisivas.
“Eu sofri muito preconceito na cidade por causa da minha origem. A discriminação começou na vizinhança, porque a minha avó fazia questão de mostrar quem ela era. Ela usava colares indígenas e falava português com bastante dificuldade. Quando eu fui pra escola, o negócio piorou. Eu sofria agressões verbais e até físicas. Ainda bem que eu praticava capoeira e sabia me defender. Mais tarde, eu fui saber que o meu caso não era isolado. São muitos relatos de jovens que saem da aldeia para estudar na cidade e sofrem bullying. É pior ainda para aqueles que falam português com dificuldade”, relembra.
Com o passar dos anos, Kanynary enfim teve conheceu o seu povo e a sua cultura. O que era pra ser um breve contato com uma festa típica acabou se tornando um mergulho sem data para voltar. O jovem passou a morar em uma aldeia alfabetizando crianças e esse era só o começo de sua nova jornada.
“Eu morei três anos na aldeia e foi uma experiência maravilhosa. Eu tinha 27 alunos, da alfabetização à quinta série, todos numa sala só. Aprendi a dar aula na prática mesmo e tenho muito orgulho dessa experiência. Quatro desses estudantes já tão indo pra faculdade, apesar de todas as dificuldades”, conta, orgulhoso.
Mas, o que acontece com esses alunos depois? Como é a introdução à vida adulta de um indígena fora de seu ambiente costumeiro? Kanynary logo descobriu que para além do bullying que ele conheceu tão de perto, as dificuldades eram das mais diferentes frentes - incluindo a financeira.
Foi quando veio a ideia de introduzir esses jovens, que já gostavam de jogar em seus celulares, à modalidade dos e-sports. E o resto é história que você confere no episódio completo, disponível aqui em nosso site ou no Spotify. Deixe seus preconceitos do lado de fora do seu fone de ouvido e prepare-se para conhecer a vida dos jovens indígenas de uma forma nunca antes vista. Aperte o play e inspire-se!
Apresentamos o bombeiro Leo Farah, representante do pilar Propósito na décima segunda temporada do Podcast Plenae
13 de Junho de 2023
“Antes da gente embarcar no helicóptero, eu dei um tapa nas costas de cada bombeiro. Olhei nos olhos de cada um. Ninguém sorria, ninguém falava. Eu nunca tinha presenciado um clima tão tenso no quartel. Antes de perder o sinal do celular, eu consegui abrir uma imagem que me apavorou. Era uma vista aérea da barragem que havia se rompido, em Mariana. A gente não estava preparado pro que vinha”.
A força que essa frase possui, hoje a gente sabe. Na época, o bombeiro Leo Farah não sabia. Representando o pilar Propósito na décima segunda temporada do Podcast Plenae, o relato em que vamos mergulhar conta muito do que aconteceu na tragédia em Mariana, com o rompimento da barragem que marcou o país.
Mas, mais do que falar sobre esse episódio e os que sucederam - como é o caso de Brumadinho ou São Sebastião, duas situações onde Leo atuou -, Farah reflete sobre como sua missão de vida aflorou nele ainda jovem, no momento em que ia prestar vestibular de Medicina movido por essa mesma pulsão de servir o outro.
Ele chegou a passar e começar o curso, porém, simultaneamente ao serviço de bombeiro onde ele também começou a atuar. E o segundo, como ele conta, não teve jeito: brilhou mais os seus olhos. Não importa o chamado, do menor ao maior, o objetivo é sempre o mesmo: ajudar o próximo.
Foi por meio dessas experiências de vida que Leo decidiu, depois de 19 anos, largar o corpo de bombeiros para fundar sua própria ONG. Ele entendeu que era esse o caminho que o faria alcançar ainda mais pessoas, já que como ele diz, seu vício é ajudar pessoas. Um propósito que se perdurou e ainda perdura por toda a vida.
Quer saber mais detalhes dessa jornada e, assim, refletir sobre a sua própria? Ouça o terceiro episódio do Podcast Plenae no seu streaming favorito. Aperte o play e inspire-se!
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