Você aprende com as dificuldades da sua vida? José Papa Neto conta, no Podcast Plenae, como sua vida mudou e como ele cresceu com essas mudanças
28 de Setembro de 2020
Como os piores momentos de nossas vidas podem aflorar o que temos de melhor? O publicitário José Papa Neto, terceiro convidado da segunda temporada do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir, pode explicar.
Representando o pilar Mente, Papa Neto narra toda a sua trajetória de vida, repleta de altos e baixos, e como os momentos mais baixos foram cruciais para a sua evolução e seu autoconhecimento.
Neto de imigrante, ele viu ainda muito jovem todo o império construído pela sua família nas últimas décadas ruir. Com a falência veio junto também os problemas familiares e a sua necessidade de trilhar um caminho que fosse só seu.
“Precisei me rever do ponto de vista do que queria ser e do que queria fazer. Quando tive que correr atrás de tudo para sobreviver, percebi a amplitude que essa vivência dá, e me tornei muito mais consciente do que é essa vida real” conta Papa Neto.
E é justamente ali que a sua jornada de sucesso na carreira publicitária começa. “Minha cabeça começou a se abrir para um processo de transformação que seria fundamental para mim.”
Grandes agências, renomadas contas e até o posto de primeiro brasileiro no diretório do prêmio mais importante da sua área, o Cannes. Papa Neto chegou onde poucos chegaram, sempre movido pelo que lhe fazia sentir vivo.
Mas a vida muda, e traz consigo novos desafios. “Para mim, a vida é como uma maratona, são várias linhas de chegada o tempo inteiro e diversos turning points . Para não ficar cansativa essa corrida, a gente precisa ter a consciência de que é importante sempre reciclarmos nossos objetivos.”
O empresário começa então a enfrentar a sua maratona pessoal mais desafiadora até então: após uma dor de cabeça seguida de um desmaio, veio o trauma craniano, que lhe demandou 4 cirurgias, duas em solo brasileiro e duas em solo londrino. Suas diversas passagens pela UTI e uma ameaça de morte iminente pairando no ar só serviram para lhe abrir ainda mais os olhos.
“Era inevitável ver a minha vida se transformar completamente, ainda mais com tudo que eu já sentia antes. Neste momento mais complexo, que podia ser o meu último, sentia o tempo todo que precisava conectar minha mente e meu coração. São nesses momentos extremos que a gente reconhece o que nos faz humanos, a nossa essência.”
Confira o relato na íntegra dessa incrível história no terceiro episódio da segunda temporada do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir, disponível no seu streaming de preferência.
O Plenae Apresenta a história de superação e resgate da autoestima da Carolina Farani, representante do pilar Mente.
3 de Dezembro de 2024
Qual é a profundidade que as marcas da adolescência podem nos deixar? Na vida de Carolina Farani, representante do pilar Mente, na décima oitava temporada do Podcast Plenae, é quase impossível mensurar. Foi aos 12 anos que não só o seu endereço mudou, como toda a sua história. De Salvador para Santos, a ideia de fazer novos amigos lhe causava um mix de medo e euforia. Bastou o primeiro dia de aula para que suas convicções logo mudassem.
“Assim que eu abri a boca pra falar o meu nome, eu senti o preconceito. Carolina. Mas como eu falava na época: ‘Carolina’. Em quatro sílabas, meus colegas perceberam que eu era nordestina. Naquela época, começo dos anos 2000, ninguém falava em bullying, muito menos em xenofobia. Eu nem fazia ideia que essas palavras existiam. Mas descobri na pele o significado delas”, relembra.
Diante de toda a xenofobia enfrentada, uma das saídas que ela encontrou foi descontar na comida. Com isso, veio o ganho de quase vinte quilos e mais bullying. Era um ciclo sem fim que a adoecia e, pior, em silêncio. Ela relutava em dividir com seus pais o que estava passando já que o seu irmão, igualmente nordestino, também enfrentava resistência dos novos colegas de turma. E isso foi virando uma bola de neve.
Aos 18 anos, seu transtorno alimentar começou a mostrar suas garras. Ao reduzir suas mamas por meio de uma cirurgia plástica, ouviu do próprio médico que o número na balança jogava contra ela e que sua saúde estava em risco. Mas, em vez de trilhar o caminho saudável para perder esse excesso, ela confundiu a preocupação médica legítima com tudo que já tinha ouvido de ruim sobre seu próprio corpo na escola e se lançou aos mares do exagero.
“Eu entrei na academia e comecei a excluir alguns alimentos da minha dieta. Era tipo assim: feijão dá gases, então tira o feijão. Arroz tem calorias, então corta o arroz. Depois tirei o pão, a carne, o leite, as frutas. E assim foi até chegar ao extremo de passar cinco dias sem comer nada, só bebendo litros e litros de água. Ao mesmo tempo, eu passava horas e horas na academia, com um plástico filme enrolado na barriga, pra queimar mais gordura”, conta.
Foi já na faculdade que ela enfim conseguiu fazer um grupo de amigas, mas foram essas mesmas amigas que a confrontaram por nunca comer e por estar excessivamente magra, um problema que ela até então ignorava ou sequer reconhecia, pois já estava sofrendo de anorexia e, consequentemente, dismorfia corporal - problema que te explicamos por aqui.
“A primeira pessoa a nomear a minha doença foi uma professora da academia. Um dia ela me perguntou se eu estava me alimentando. Eu respondi que estava um pouco inchada. Aí ela falou: “Você se acha inchada?”. Eu respondi assim: ‘É, preciso emagrecer alguns quilos a mais’. Nesse mesmo dia, ela ligou pra minha mãe e falou que eu tinha anorexia”, diz.
Mesmo precisando de ajuda para andar e atingindo a assustadora marca de 32 quilos aos 21 anos, sua família não tinha se atentado ao tamanho do problema. Foi a partir dessa ligação que tudo mudou e a jornada da cura começou, visitando médicos de diferentes especialidades e contando com a tão fundamental rede de apoio.
“A minha mãe me levou num psiquiatra especializado em transtorno alimentar. Depois dessa primeira consulta ela se ligou que a doença era grave e cuidou de mim durante o tratamento. Ela diminuiu o ritmo de trabalho pra poder fazer refeições comigo, um hábito que a gente não tinha mais. A reintrodução alimentar foi muito difícil. No começo, quando eu tentava comer, passava mal e vomitava. Daí a nutróloga me ensinou a comer de pouquinho. Uma colher de chá de arroz no almoço. Uma lasquinha de bife”, explica.
Foi também durante essa etapa, junto da psicóloga e dos textos que escrevia para se expressar melhor, que ela se deu conta de que o estrago feito por todo o bullying na escola tinha sido muito intenso. E foram necessários anos de tratamento para que ela pudesse se reerguer de uma queda que até hoje deixou marcas físicas e psicológicas nela, mas que resgatou uma força que ela não sabia ter e a fez ganhar asas para o mundo e a preparou para tudo que viria depois.
"Quando eu voltei a me alimentar, eu não recuperei só o peso e a saúde. Eu recuperei também a minha identidade e a vontade de sonhar”. A conclusão dessa história você confere no episódio completo, disponível aqui no site ou no Spotify. Aperte o play e inspire-se!
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