Uma história de vida cheia de sonhos e aventuras
14 de Dezembro de 2020
O terceiro episódio da terceira temporada do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir traz o emocionante relato da Família Nalu, que optou ter o mundo inteiro como CEP.
Cansada de levar uma vida dentro dos padrões, Fabiana resolveu largar tudo e se jogar no mundo ao lado do seu novo namorado, o surfista Pato. Depois de muito viajarem, o desejo de aumentar a família surge, mas junto, o medo de a criança não se adaptar ao estilo de vida.
“Decidi que a gente não ia mudar a maneira de viver. O bebê ia ter
que se adaptar” como conta Fabiana. E assim foi. Desde que Isabella Nalu - sobrenome que significa onda, em havaiano - ela já ensinou para sua mãe que é possível criar um bebê saudável e feliz sem todos os luxos que nos ensinaram a ter.
“Quando ela estava na terceira série, aderimos ao homeschooling, porque nós íamos viver em um barco. Como não tinha internet a bordo, compramos uma caixa com vários livros e atividades escolares. Eu fui a professora. Juntas, a Bela e eu aprendemos sobre mitologia, inglês, ciências e fizemos um monte de experiências a bordo~ conta Fabiana.
A família, a pedido de Bella, até tentou por um ano a fincar raízes, mais especificamente em Florianópolis. Levaram uma vida de conforto e, antes mesmo do contrato de aluguel acabar, decidiram fazer as malas e ganhar o mundo novamente.
“Ao longo do ano percebi que a experiência de ter uma casa grande, com funcionários e despesas altas é algo que eu realmente não quero pra mim. Aquele padrão de vida caro era um contraste muito grande com que eu tava acostumada” como conta Fabiana.
Bella e Pato concordam. “Acho que essa história da residência fixa foi perfeita e um ponto que nós todos jamais vamos esquecer, porque é o ponto que nos equilibrou, nos fez perceber que realmente somos nômades”.
Desde então, o casal segue viajando pelo mundo. Fabiana engravidou novamente e, dessa vez, sem tantos anseios. “A minha filha me ensinou que bebê não precisa ter mil regras e tralhas, berço top, a melhor cadeirinha. Isso é tudo coisa da nossa cabeça. A falta de rotina fez dela uma criança que se adapta a qualquer situação, come qualquer coisa, dorme em qualquer lugar, conversa com qualquer pessoa.”
Dessa vez, ela não pretende fazer nada de diferente - e Zay, seu primogênito, já tem as conchas como seus brinquedos e a areia como seu quintal.
“Eu jamais imaginei que pudesse existir uma vida assim, pudesse existir algo do que nós estamos vivendo hoje. Mas como eu sempre fui um grande sonhador. E continuo sendo. Eu sempre acreditei que não existe sonho impossível, que basta acreditar” diz Pato.
Para a família Nalu, o importante é estarem todos felizes e seguindo seus sonhos - e isso não necessariamente implica em criar raízes. Venha conferir esse lindo relato no terceiro episódio da terceira temporada do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir.
Mergulhe na história de descobertas e autoaceitação do influenciador digital Pedro Pacífico, representando o pilar Mente.
1 de Abril de 2024
O autoconhecimento é uma jornada fundamental para as nossas vidas, mas isso não quer dizer que seja uma tarefa fácil. E, para alguns de nós, pode ser ainda mais desafiador. O influenciador Pedro Pacífico sabe disso melhor do que ninguém. Representando o pilar Mente na décima quinta temporada do Podcast Plenae, ele começa o seu relato lembrando dos dias que o marcaram para sempre: a escola.
“Quando eu era criança, quase não se falava de bullying. Era comum ver os estudantes sendo insultados. Quem de alguma forma saísse do padrão esperado, pelo motivo que fosse, podia ser vítima de ofensas. Se eu escapei do bullying, foi porque eu vigiei o meu comportamento o tempo inteiro”, conta.
Mas, por qual motivo fariam bullying nele? “Desde pequeno, eu fui percebendo que eu gostava de coisas que a sociedade rotula como femininas”, revela. A aversão aos esportes considerados masculinos, a proximidade com gostos daquilo que era considerado “de menina”, tudo isso a longo prazo foi se tornando um fardo pesadíssimo para qualquer um carregar, sobretudo para um adolescente.
“Pode parecer exagero, mas quando você está numa situação de vulnerabilidade e não tem maturidade para impor seus interesses, pequenos gatilhos causam muito sofrimento no dia a dia”, diz.
Foi nesse mesmo período que Pedro, internamente, ia se dando conta de que essa sensação de ser diferente estava ligada à sua sexualidade. Saber disso não facilitou o processo, ao contrário, tornou tudo mais real e difícil. “A partir daí, eu vivia num estado de alerta constante, como se eu guardasse um segredo muito valioso, que a qualquer momento pudesse ser descoberto. (...) Eu comecei a mutilar os meus gostos, pra me encaixar nos padrões sociais. Com o tempo, eu já nem sabia o que era a minha personalidade e o que era uma imagem construída para me camuflar na multidão”, desabafa.
O bloqueio era tanto que nem mesmo para o seu terapeuta da época ele revelava suas verdadeiras angústias e dúvidas. Passou então a transferir todo esse mal-estar para sua escolha vocacional e acabou entrando no curso de Direito em uma universidade pública, ambiente plural e que abraça a diversidade e estimula o pensamento crítico.
Não foi de um dia para o outro que Pedro entrou nesse mesmo compasso. No começo, ele ainda repetia os velhos preconceitos aos quais ele fora exposto ainda mais novo, na intenção de se esconder por trás deles e não levantar nenhuma suspeita. Nem mesmo sozinho em um intercâmbio em Paris ele foi capaz de se libertar dessas amarras, mas toda essa dor psíquica passou a interferir no físico.
Suscetíveis enjoos sem causa aparente o trouxeram de volta para o Brasil e para o início daquilo que seria sua nova vida - agora, com a presença da literatura. “Passei por uma fase de recolhimento. Foram meses pra conseguir encontrar uma medicação que conseguisse controlar as minhas crises de ansiedade. Os livros passaram a ter um papel muito mais importante na minha vida nessa época. Eles me davam uma sensação de aconchego, de segurança”, relembra.
“Os livros foram grandes companheiros e uma importante ferramenta pra melhorar a minha saúde mental. Eu nunca estava sozinho com um livro nas mãos. A leitura também significava um momento de relaxamento, como uma meditação. Enquanto eu lia, conseguia focar na narrativa e esquecer um pouco os pensamentos que perturbavam a minha mente. Antes de mergulhar na literatura, eu achava que ninguém ia entender aquele aperto que eu sentia no peito. Quando eu me deparei com personagens que descreviam as mesmas dores e angústias, entendi que eu não era o único a sofrer”.
O resto da história de como Pedro finalmente se assumiu e verbalizou aquilo que lhe amarrava e lhe era tão caro você confere no episódio completo, disponível no Spotify e também em plenae.com. Aperte o play e inspire-se!
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