#PlenaeApresenta: Carolina Farani e a vitória sobre si mesma

O Plenae Apresenta a história de superação e resgate da autoestima da Carolina Farani, representante do pilar Mente.

3 de Dezembro de 2024



Qual é a profundidade que as marcas da adolescência podem nos deixar? Na vida de Carolina Farani, representante do pilar Mente, na décima oitava temporada do Podcast Plenae, é quase impossível mensurar. Foi aos 12 anos que não só o seu endereço mudou, como toda a sua história. De Salvador para Santos, a ideia de fazer novos amigos lhe causava um mix de medo e euforia. Bastou o primeiro dia de aula para que suas convicções logo mudassem. 

“Assim que eu abri a boca pra falar o meu nome, eu senti o preconceito. Carolina. Mas como eu falava na época: ‘Carolina’. Em quatro sílabas, meus colegas perceberam que eu era nordestina. Naquela época, começo dos anos 2000, ninguém falava em bullying, muito menos em xenofobia. Eu nem fazia ideia que essas palavras existiam. Mas descobri na pele o significado delas”, relembra.

Diante de toda a xenofobia enfrentada, uma das saídas que ela encontrou foi descontar na comida. Com isso, veio o ganho de quase vinte quilos e mais bullying. Era um ciclo sem fim que a adoecia e, pior, em silêncio. Ela relutava em dividir com seus pais o que estava passando já que o seu irmão, igualmente nordestino, também enfrentava resistência dos novos colegas de turma. E isso foi virando uma bola de neve. 

Aos 18 anos, seu transtorno alimentar começou a mostrar suas garras. Ao reduzir suas mamas por meio de uma cirurgia plástica, ouviu do próprio médico que o número na balança jogava contra ela e que sua saúde estava em risco. Mas, em vez de trilhar o caminho saudável para perder esse excesso, ela confundiu a preocupação médica legítima com tudo que já tinha ouvido de ruim sobre seu próprio corpo na escola e se lançou aos mares do exagero. 

“Eu entrei na academia e comecei a excluir alguns alimentos da minha dieta. Era tipo assim: feijão dá gases, então tira o feijão. Arroz tem calorias, então corta o arroz. Depois tirei o pão, a carne, o leite, as frutas. E assim foi até chegar ao extremo de passar cinco dias sem comer nada, só bebendo litros e litros de água. Ao mesmo tempo, eu passava horas e horas na academia, com um plástico filme enrolado na barriga, pra queimar mais gordura”, conta.

Foi já na faculdade que ela enfim conseguiu fazer um grupo de amigas, mas foram essas mesmas amigas que a confrontaram por nunca comer e por estar excessivamente magra, um problema que ela até então ignorava ou sequer reconhecia, pois já estava sofrendo de anorexia e, consequentemente, dismorfia corporal - problema que te explicamos por aqui.

“A primeira pessoa a nomear a minha doença foi uma professora da academia. Um dia ela me perguntou se eu estava me alimentando. Eu respondi que estava um pouco inchada. Aí ela falou: “Você se acha inchada?”. Eu respondi assim: ‘É, preciso emagrecer alguns quilos a mais’. Nesse mesmo dia, ela ligou pra minha mãe e falou que eu tinha anorexia”, diz. 

Mesmo precisando de ajuda para andar e atingindo a assustadora marca de 32 quilos aos 21 anos, sua família não tinha se atentado ao tamanho do problema. Foi a partir dessa ligação que tudo mudou e a jornada da cura começou, visitando médicos de diferentes especialidades e contando com a tão fundamental rede de apoio. 

“A minha mãe me levou num psiquiatra especializado em transtorno alimentar. Depois dessa primeira consulta ela se ligou que a doença era grave e cuidou de mim durante o tratamento. Ela diminuiu o ritmo de trabalho pra poder fazer refeições comigo, um hábito que a gente não tinha mais. A reintrodução alimentar foi muito difícil. No começo, quando eu tentava comer, passava mal e vomitava. Daí a nutróloga me ensinou a comer de pouquinho. Uma colher de chá de arroz no almoço. Uma lasquinha de bife”, explica. 

Foi também durante essa etapa, junto da psicóloga e dos textos que escrevia para se expressar melhor, que ela se deu conta de que o estrago feito por todo o bullying na escola tinha sido muito intenso. E foram necessários anos de tratamento para que ela pudesse se reerguer de uma queda que até hoje deixou marcas físicas e psicológicas nela, mas que resgatou uma força que ela não sabia ter e a fez ganhar asas para o mundo e a preparou para tudo que viria depois. 

"Quando eu voltei a me alimentar, eu não recuperei só o peso e a saúde. Eu recuperei também a minha identidade e a vontade de sonhar”. A conclusão dessa história você confere no episódio completo, disponível aqui no site ou no Spotify. Aperte o play e inspire-se!

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Parada obrigatória

Os mergulhos de agosto

O que foi falado no Plenae em agosto

30 de Agosto de 2022




Na newsletter anterior, terminamos prometendo que agosto traria novidades e intensidades. Agora você já sabe que falamos a verdade, né? O mês “mais longo” do ano, vítima de piadas eternas a respeito de sua duração, foi na verdade um convite para estarmos mais presentes, prestando atenção.

Prova disso é que, logo no começo do ciclo, falamos de um assunto que merece mais atenção do que tem por aí: a saúde masculina. Demos dicas de como se recarregar e como ter um armário minimalista, contamos os malefícios das dietas restritivas e, então, mergulhamos em mais uma temporada do Podcast Plenae

O que dizer dessa temporada? Nos faltam palavras. As novas seis histórias - que estão só começando, e se estendem por setembro quase inteiro - prometem entregar muita inspiração, das mais diferentes naturezas, sempre contemplando nossos seis pilares: Corpo, Mente, Espírito, Relações, Propósito e Contexto. 

Começamos a temporada com Carlinhos de Jesus, representando o pilar Corpo e contando sua relação com o vitiligo. Depois, nos emocionamos com os irmãos Filpi e a transição de gênero feita por Miguel, representando o pilar Relações. Por fim, conhecemos o poder da atração praticado por Mariana Rios e como isso marcou sua vida e suas vitórias, representando o pilar Espírito.

E, para completar, ainda tivemos as reflexões guiadas pela neurocientista Claudia Feitosa-Santana. Incrível, né? Vem cá ver um pouco mais do que rolou nesse mês que tem sim o seu charme!

Precisamos falar sobre saúde masculina
Endometriose, TDPM, parto humanizado… Esses são só alguns dos temas relacionados à saúde feminina que tratamos recentemente. Mas e a saúde masculina? Estatisticamente falando, os homens vão menos ao médico. Mas isso é uma questão cultural, e não falta de motivos. Entrevistamos um especialista para entender quais são os pontos de alerta quando o assunto é homem e corpo.
Minimalismo: para quê te quero?
O movimento artístico do século XX foi tão potente que ressoa até hoje. O minimalismo tem como objetivo diminuir os excessos e prestar mais atenção ao que é realmente essencial. Ele inspirou a música, ciência, arquitetura, moda e, por que não, o lifestyle. Mas como ser mais minimalista? Dica: comece pelo seu armário!
 
Precisando se recarregar? Nós te dizemos como
A rotina, cada dia mais acelerada. O relógio parece cada dia com ponteiros mais velozes. E o cansaço, parece ser amigo íntimo, que veio para ficar. Mas hora de levantar a poeira e se recarregar! Inspire-se nas dicas da comunidade Thrive para incluir na sua rotina e se reenergizar. Separamos as melhores neste artigo.
Por que minha dieta não funciona?
#Spoiler: porque o seu cérebro não foi programado para isso. A neurocientista e escritora Sandra Aamodt explica em sua palestra para o TED Talks como praticar o mindful eating mudou a sua relação com a comida, marcada por dietas restritivas desde a adolescência. Separamos os principais insights para você se inspirar. 
Desmistificando conceitos: o que é o vitiligo?
As conhecidas manchinhas brancas na pele tem nome: vitiligo. Inspirados pela história de Carlinho de Jesus, neste artigo te explicamos o que é o vitiligo, como ele surge, qual sua relação com suas emoções e, por fim, trouxemos nomes de pessoas que desfilam suas manchinhas por aí e nos dão um show de inspiração!

Mitos e verdades sobre transição de gênero
O tema está cada vez mais em alta, mas infelizmente, ainda é palco para muita desinformação e até preconceito. Neste artigo, trouxemos mitos e verdades sobre a transição de gênero, com explicações pontuais em termos específicos da causa e também nomes de pessoas que representaram muito a causa. 

Em setembro, não se esqueça de entrar de cabeça erguida, lembrando sempre que ninguém é como você e esse é, afinal, o seu superpoder. Mergulhe nos nossos próximos episódios e conteúdos, sabendo que voltará de cada imersão uma versão melhor de si mesmo.


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