#PlenaeApresenta: Alexandre Rossi e as lições que os animais nos ensinam

Mergulhe na história de conexão e amizade de Alexandre Rossi com os animais, representando o pilar Relações.

22 de Abril de 2024



Você se sente distante da natureza? Com as grandes cidades e o mundo cada vez mais visto através de telas, a resposta sim diante dessa grande questão é a mais comum. Mas, se pararmos para pensar, isso pode ser bastante contraintuitivo: como nos sentimos distantes da natureza se somos bichos e fazemos parte dela? O quarto convidado da décima quinta temporada do Podcast Plenae, Alexandre Rossi, traz esse respiro do mundo animal e nossa relação com esse universo em seu episódio.

Representando o pilar Relações, Rossi insiste em como essa desconexão pode nos fazer mal e como ter animais em casa pode ajudar a resgatar um pouco desse laço. “A gente tá muito afastado da natureza, e o convívio com os animais de estimação ajuda a restabelecer essa conexão. Os nossos pets têm várias necessidades que não são muito compatíveis com o mundo em que eles estão vivendo hoje, com a gente. Só que a nossa situação é praticamente idêntica à deles. O ser humano está vivendo em uma sociedade e em um habitat muito diferente daquele onde viveu por milhares de anos”, pontua ele, já no início do seu episódio.

Se ser “pai de pet” hoje está na moda, então pode-se dizer que Alexandre está à frente do seu tempo nessa tendência desde muito antes. Aos 5 anos, o menino que já era apaixonado por animais de todo tipo ganhou seu primeiro peixe, um presente clássico na infância de muitos, mas que nele foi o primeiro despertar daquilo que viria a ser o seu propósito por toda a vida: observar o comportamento dos bichos.

“Eu passava horas observando os lebistes [raça do peixe]. Eu percebi que, toda vez que ia dar comida, eles ficavam agitados. Eles iam pra superfície, porque a ração boiava, e comiam um monte. (...) De uma maneira muito elementar, eu fui vendo que podia influenciar o comportamento de cada peixe. Eu tava diante do que a gente apelida como comportamento supersticioso. Quando você dá o sinal da recompensa, com comida, o animal tende a repetir o mesmo comportamento mais vezes”, relembra.

Foi nessa fase que ele começou a dar os primeiros passos nessa jornada e ensinou alguns truques simples para esse peixe, seja para se divertir, divertir o seu irmão e seus amigos. Das águas do aquário, ele passou para um girino - que logo se tornou uma rã -, com direito até mesmo a aniversário para esse pet tão incomum, e depois para aranha, cobra, lagarto, iguana, cágado, coelho, hamster… O céu era o limite.

“Sempre que morria algum bicho meu, a minha mãe, que é bióloga, falava: “Olha, já morreu. Você não quer aproveitar e aprender mais sobre biologia e anatomia?” Ela me ajudava a dissecar os animais, me explicava o que estava por dentro deles e o que podia ter acontecido. Pra mim era uma coisa normal. Depois que eu fui percebendo que as pessoas ficavam surpresas com isso”, relembra.

Parecia óbvio então o caminho que sua carreira seguiria, certo? Alexandre entra no curso de zootecnia “já sendo um PhD em criação de bichos”, como ele mesmo define. Mas, o curso majoritariamente técnico excluía justamente a parte subjetiva que mais o encantava, a psicologia por trás de todo comportamento animal. 

Foi quando ele engrenou em um mestrado em psicologia e acabou se consolidando na área do comportamento animal depois de demonstrar de forma prática que sua vira-lata Sofia era capaz de se comunicar por sinais se fosse treinada para isso. Logo após ela, veio a famosa Estopinha, seu pet que ganhou mais notoriedade e que foi adotada também por motivações intelectuais.

“A Sofia aparecia na TV e eu percebi que, por causa dela, as adoções de vira-latas aumentaram muito no Brasil. Então, eu quis que o meu próximo cachorro também fosse um vira-lata. Eu queria também um animal que tivesse sido devolvido por uma família, pra mostrar que é possível mudar o comportamento de um bicho problemático. Esse pet foi a Estopinha”, conta.

Ela, que virou o segundo pet com mais seguidores no Facebook, foi também um dos grandes amores da vida de Rossi que, mesmo com todo o entendimento sobre o ciclo da vida, ainda sofre com a perda de sua companheira de 14 anos. “Durante o processo de finitude da minha cachorrinha, eu abri pros meus seguidores nas redes sociais e na TV o que realmente estava acontecendo. E, conforme eu fui abrindo, fui vendo que eu estava mexendo num ponto muito importante e delicado do ser humano, que é o luto pelo animal de estimação. É delicado, porque muita gente julga quem se apega demais a algum bicho”, diz.

Hoje, Alexandre percebe que dividir esse luto foi como completar a sua missão em prol da causa animal, sua principal bandeira, e como essa conexão entre eles e nós é muito maior do que se imagina. Seus próximos passos e o resto dessa linda história você confere ouvindo o episódio completo, disponível no Spotify ou aqui em nosso site. Aperte o play e inspire-se!

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Entrevista com

Maria Claudia Pontes

Diretora regional da Weleda Latim América

Como aplicar a antroposofia no dia a dia?

É possível estar mais conectado com a natureza em minhas práticas diárias? Confira a entrevista com a representante da farmacêutica natural Weleda!

4 de Novembro de 2021



No ano passado, desmistificamos mais um conceito e explicamos para você o que é a Antroposofia neste artigo especial. A filosofia milenar, que pode ser aplicada em diferentes áreas do conhecimento, busca, sobretudo, nos lembrar que a natureza não é algo que esteja em nosso entorno, mas sim, que somos parte dela.


Para Maria Claudia Pontes, diretora regional da Weleda Latim América, não somos um “produto acabado”, como nossa espécie insiste em acreditar. Se somos parte da natureza, logo, estamos em constante evolução. E é isso que a empresa centenária busca trazer em seus produtos: uma coexistência mútua que potencialize matérias-primas naturais e que podem ser usadas a nosso favor. 


Confira a entrevista com a especialista e entenda como aplicar os conceitos de antroposofia em sua vida!  


Em termos gerais, o que é a antroposofia?

Pra mim, a Antroposofia é uma ciência espiritual que considera o ser humano e a evolução dele. Eu a entendo de uma maneira muito simples: para mim, nós somos parte da natureza, e sendo parte dela, estamos em constante evolução, não somos seres acabados. A antroposofia ajuda a entender nossos ciclos para que a gente possa de fato ampliar a nossa consciência e nosso entendimento. Temos dentro de nós uma série de características dos outros reinos que habitam esse meio ambiente e esse cosmo como um todo. 


E quais seriam elas?

Temos a força da pedra, que é uma matéria que está aqui na crosta terrestre e em nós, representa nossos ossos. Temos a vitalidade da planta, no sentido de fazermos trocas, respirarmos e a vida toda em si. Ainda temos a característica dos animais, que é o corpo anímico e se manifestam em nossas paixões, rejeições, simpatias e antipatias, nosso instinto de forma geral. Por fim, temos uma individualidade muito importante que nos permite pensar, refletir antes de agir, fazer as nossas escolhas e, à medida que as fazemos, ampliamos a nossa consciência. 


Como a Weleda atua com base nos preceitos dessa filosofia?

Para nós, justamente por termos essa consciência de que somos apenas parte de um todo, é inaceitável destruir a natureza, porque de alguma maneira eu estou me destruindo ao mesmo tempo. Se eu agredir um solo, eu estou me agredindo. A ação desse homem, que do alto de sua ganância e irracionalidade, fica em busca do poder, da acumulação e competição, destrói tudo e não percebe que isso volta para ele. Essa é a visão que a Weleda nutre desde sua criação, há 100 anos. Desde sempre trabalhamos com solo orgânico, sem uso de pesticida, sem destruir. Acreditamos ainda que essas energias contidas nos animais de alguma maneira corrobora com a minha saúde, o meu equilíbrio. Quantas plantas estão à nossa disposição para que a gente busque nosso equilíbrio?


Para você, o que é a doença?

A doença nada mais é do que um estado de desequilíbrio. E isso pode morar nas coisas simples: dormir bem, se conectar com a natureza, respirar, se alimentar melhor. Nossas principais preocupações são garantir que aquele produto tenha vitalidade, não colocar nada de químico, não poluir, e isso obviamente tem um preço. Eu não cresço 100% ao ano porque eu respeito meu ciclo de natureza. Tem produto nosso aqui que demora 3 anos do cultivo até o frasco, então como posso crescer 100%? Eu venho num ritmo sustentável, não num ritmo de ganância, de acumular. Um calmante natural tem alta vitalidade porque reproduzimos o processo da própria natureza, usamos a planta seca, que não vem em um navio que polui o mar por onde passa, eu não acelerou o desenvolvimento dessa planta. A gente faz a coisa toda com muita consciência e muito respeito. Esse é o dia a dia que a gente coloca inclusive na nossa cultura organizacional.


Acredita que o mundo esteja seguindo esses preceitos?

O mundo ficou doente porque vivemos em um modelo grego, de homem, de poder, de competição. Acabou isso, não cabe mais, é preciso um turning point. Precisamos de mais características femininas, do cuidado, do acolhimento, do respeito, da colaboração. Acho que estamos exatamente nesse ponto de virada. Se você explorar o outro, os seus parceiros, vai gerar uma reação quase que imediata a você mesmo. O mundo está pedindo um capitalismo mais consciente, menos predatório, empresas que não te adoeçam como ser humano e que consigam fazer você, na sua melhor versão, brilhar. A gente espera que esse modelo de empresa se perpetue e o mundo está acordando para esses extremos. 


É possível aplicar a antroposofia em nossos dias? Quais seriam os ganhos?

Acho que qualquer ser humano pode aplicar esse olhar para dentro de si de uma maneira mais aguçada e mais generosa. Essa empatia e esse respeito. A antroposofia em si te ensina determinadas práticas e rituais e ensinamentos que te ajudam a compreender a si mesmo. Aplicada na medicina, ela ajuda trazendo produtos naturais, sem químicas e elementos que agridam, na melhor qualidade possível da matéria-prima. Fora da farmácia, ela vai ajudando esse ser humano cada vez mais a entender a si e as suas necessidades. Então qualquer ciência ou filosofia que faça o mesmo e te ajude a ampliar a sua consciência e te fazer ser uma pessoa melhor, ela é bem-vinda. 


Quais são as dicas para quem busca aplicar a antroposofia nos seus dias?

A primeira coisa que eu digo é: a natureza tem tudo que a gente precisa grátis. Para isso, não é preciso explorar desenfreadamente, mas sim, atentar-se a esse meio ambiente ao seu redor, buscar essa conexão. Contemple, admire, agradeça. Respire e sinta o ritmo do seu organismo, não acelere e nem desacelere. Perceba a si e não desrespeite o seu ser que é único. Reserve um tempo para auscultar sua alma e coração, tirar os ruídos que te cercam. Quando conseguir ter essa introspecção e perceber o que seu íntimo pede, aja segundo ele. Não siga bandos, reconheça sua unicidade e aja de acordo com ela, não para agradar os outros ou para seguir padrões. Cada um é único e a gente tem que respeitar. Por fim, busque sempre soluções naturais.


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