Parada obrigatória

Não aprendi a dizer adeus

O que foi falado no Plenae em dezembro

29 de Dezembro de 2022


Não aprendi a dizer adeus

E é com esse ícone da música brasileira que começamos a nossa newsletter de hoje, a última de 2022, mas longe de ser a última das nossas vidas. Mais do que relembrar o ano como um todo - e fique ligado, pois essa retrospectiva vai acontecer! - queremos lembrar a importância de celebrar os pequenos ciclos. 

É por isso que, todo mês, estamos aqui, na sua caixa de e-mail, te contando tudo que passou pelo Plenae nos últimos 30 dias. Pois como é bonito celebrar o dia a dia, a rotina, as pequenas mudanças de hábito, os passos que parecem igualmente pequenos, mas te levam a grandes ganhos. 

Então, novamente, estamos aqui para te contar o que rolou no último mês, olhando assim, sob esse recorte, para entrarmos nessa nova jornada renovados e aprendendo a estarmos mais presentes no aqui e no agora. Vem com a gente ver o que rolou!

Mais um fim!
Dessa vez, da décima temporada do Podcast Plenae. Essa temporada foi especial, pois foi feita com nossos ouvintes. Isso mesmo: convidamos a comunidade Plenae a contar suas histórias, selecionamos as seis melhores que tivessem relação com nossos pilares, e o resultado foi emocionante. Vem ouvir!

Desmistificamos alguns conceitos…
Dentre eles, a neuroplasticidade, esse termo que assusta, mas explica a capacidade que todos nós temos de ir além! Também mergulhamos nos mitos e verdades sobre a surdez, para deixar o tabu em outra era e encararmos esse tema com leveza e com verdade. Fomos inspirados, respectivamente, por Thiago e Paula Pfeifer. 
Mais crônicas no ar
A nossa nova editoria completou o seu segundo mês no ar, lá no nosso Instagram. Falamos sobre amizade, esse tema que sempre nos inspira a sermos melhores e estreitarmos laços. Também nos despedimos desse ano fazendo uma reflexão sobre as várias maneiras de encarar o final de um ciclo. Inspire-se!

Tchau, Brasil!
É com um pesar coletivo que nos despedimos da Copa do Mundo antes do que gostaríamos. E com o fim da Copa, também chega ao fim a série de matérias que fizemos para acompanhar o torneio com toque de Plenae. Falamos sobre os voluntários que fazem o evento acontecer e sobre a aposentadoria de um jogador!

Ciúmes, ciúmes de você!
Que atire a primeira pedra quem nunca sentiu um “ciuminho”. Seja do seu irmão, do seu colega de trabalho, dos seus pais, dos seus amigos e, claro, dos seus parceiros. Fomos entender a engrenagem desse sentimento tão humano quanto os outros, mas que pode ser bastante intenso. Como amenizá-lo? Venha ver!

Vitaminas, para que te quero?
Se você não toma um suplemento vitamínico, certamente conhece alguém que toma. A febre da suplementação vitamínica aparentemente veio para ficar, mas conversamos com uma especialista para entender os riscos envolvidos na prática de tomá-los sem indicação ou acompanhamento de um profissional. 
O misticismo está no ar
Nós adoramos a ciência por aqui, mas celebramos também todos os tipos de crenças que possam fazer bem para o indivíduo. Nesse mês, dedicamos uma matéria para falar sobre o Mapa de Nascimento, e vale a pena conhecê-lo. Também trouxemos palavras poderosas para usar no dia a dia e trazer mais propósito. 
Dicas, dicas, dicas!
Dicas nunca são demais! E finalizamos nosso ano com algumas bem valiosas para colocar em prática ainda esse ano, como caminhos para melhorar a memória e o mindful eating para ser colocado em prática nas festas de fim de ano. Se joga!
Ficamos por aqui com esse gostinho de quero mais que sempre nos acompanha. Para nós, ter você com a gente nessa jornada da qualidade de vida é um prazer impossível de ser colocado em palavras. Nosso muito obrigado e nos vemos daqui a pouquinho, nesse ciclo lindo que está para começar. Feliz ano novo!

Compartilhar:


Parada obrigatória

#PlenaeApresenta: Sebastião Aires, o médico poeta

Conversar com o nordestino Sebastião é viajar por entre a poesia das palavras, da vida e da longevidade de quem já viveu nove décadas de mundo

3 de Outubro de 2020


Sabedoria e sentimentalismo: essas são as palavras que melhor definem a personalidade de Sebastião Aires de Queiroz, detentor da incrível marca dos 90 anos. Nordestino e oriundo do pequeno município de Cariri paraibano, ele também é patrono de uma extensa família, e não esconde o orgulho ao falar deles.

“Permaneço casado há 64 anos com a senhora octogenária Maria Amélia de Almeida. Nossa família é composta por sete filhos (três homens e quatro mulheres), dezoito netos e dez bisnetos. O cultivo das relações familiares, profissionais, afetivas e sociais é vital e será de suma importância para um conviver saudável, em níveis físicos, psicológicos e espirituais” diz.

Em um invejável uso do bom português, Sebastião nos conta que exerceu a Medicina por 56 anos, sobretudo como médico da família em diferentes empresas e consultório privado. Mas a impressão que fica é a de a literatura e a poesia são inerentes ao seu ser. Não por coincidência, ele já teve a marca de oito livros publicados.

“Sabemos que a velhice não é homogênea para todas as pessoas e não decorre apenas da passagem do tempo, mas é de múltiplos fatores genéticos, físicos, fisiológicos, biológicos, patológico, psíquicos, melhoria do padrão de vida, dos níveis de educação e do acesso aos avanços sociais e aos tecnológico de medicina” explica.

Sendo assim, por que as pessoas estão vivendo mais, mesmo diante de um cenário tão discrepante? Para Sebastião, os declínios significativos da fertilidade e da mortalidade infantil podem ser uma explicação válida para o expressivo aumento da população de idosos e da esperança de vida.

“A longevidade é, ao mesmo tempo, um significativo triunfo e um grande desafio, sobretudo para as populações do Nordeste e de outras regiões subdesenvolvidas do país. Os que agora nos encontramos na faixa etária dos setenta a noventa anos são audaciosos sobreviventes de décadas marcadas pela pobreza e castigadas por catástrofes naturais, como enchentes e secas prolongadas e ainda epidemias de diferentes naturezas” diz orgulhoso.

E é mesmo um grande feito. Doenças psicossomáticas, ou as chamadas agravos não-transmissíveis (DANTs) - como diabetes, hipertensão ou problemas renais - são comuns em indivíduos de idade avançada. Há ainda a questão da violência urbana, acidentes de trânsito, exposição ao uso de drogas e tantos outros tristes episódios que podem encurtar a vida de todos aqueles que não atingem a marca da longevidade.

Segundo o Diário Econômico do Banco do Nordeste , “o Brasil possui, atualmente, 208.494.900 habitantes, de acordo com dados recentemente divulgados pelo IBGE. A população do País continuará a crescer até 2047 quando atingirá 233.233.670 pessoas.”

A população do Nordeste representa 27,2% da população do Brasil, e possui 13,6% de seus habitantes com mais de 60 anos. Atualmente, a expectativa de vida dos nordestinos é de 73,6 anos, mas esse número deve aumentar para 78,9 anos até 2060. Somente na Paraíba, estado onde nasceu e cresceu Sebastião, possui hoje uma porcentagem de 9,6% da população com mais de 65+. Mas esse número deve dar um salto olímpico para 25,6% até 2060.

“Considerando a atual expectativa média de vida, cheguei longe. Vivo uma velhice relativamente saudável, na medida em que mantenho minha autonomia e independência para o desempenho dos atos do viver cotidiano - como mover-se, alimentar-se, vestir-se e higienizar-se. Também dirijo, uso computadores, gerencio minhas próprias finanças, opero meu telefone e seus aplicativos e ainda uso meios de transporte e outras atividades” revela.

Todas essas múltiplas capacidades são absolutamente evidentes ao menor contato de quem se aproxima de seu Sebastião e sua notável eloquência. Como é possível um saldo tão positivo após nove décadas de planeta Terra? “Tenho dedicado cuidados à qualidade e ao volume dos alimentos à disposição, dos hábitos de higiene e do regime de sono, tento evitar quedas e acometimentos por infecções por meio de imunizações, caminho regularmente, dentro dos meus limites, não sou tabagista ou usuário de drogas lícitas ou ilícitas e, claro, por integrar a classe média, tenho independência financeira e conto com plano de saúde através do qual faço revisões periódicas.”

Mais do que somente cuidar do físico, Sebastião frisa a importância de estar em dia com o seu espiritual também. “Na fé cristã que professo, busco manter boas relações com a família, com amigos, de respeito e afabilidade com vizinhos e até com desconhecidos. Evito guardar ressentimentos ou ódios e me empenho em conviver em harmonia e paz comigo próprio e com todos. Enquanto médico, sei que a saúde é uma junção de bem-estar físico, emocional, social, psicológico e espiritual.”

Sebastião revela que vê o futuro da sociedade com muito otimismo, sobretudo no que concerne às condições de se viver cada vez mais e com qualidade, com os avanços da ciência, por exemplo. No âmbito social, acredita que é preciso força de vontade da parte dos jovens para não seguirem caminhos traiçoeiros.

“É preciso que eles tenham discernimento, que persigam seus ideais com muita confiança, determinação, obstinação, labor e estudo. E nunca se deixem iludir pelos sedutores apelos das drogas, da promiscuidade e da corrupção endêmica que possam ameaçar suas preciosas e dinâmicas vidas. Celebrem os momentos mais gratos e felizes, e não deixem que emoções e agravos negativos perturbem os seus espíritos irrequietos. Até podemos nos realizar em muitas dimensões de nossa existência, mas se não atentarmos para a vocação espiritual e ela imanente, entraremos em crise existencial.”

Nas palavras do poeta, “chegar mais longe na jornada da existência é uma oportunidade de viver melhor e tendo a consciência de que ainda poderá ser útil e produtivo no lugar ou ambiente em que vivemos”. E para gozar desse imenso prazer que é estar vivo, é preciso estar atento e forte aos aprendizados e percalços de nossas trajetórias.

“Não podemos desistir dos ideais acalentados pelos quais lutamos, com todas as forças do nosso ser, superando múltiplos obstáculos que se anteponham à sua concretização. ‘Tudo valeu a pena pois a alma não foi pequena’ como disse o grande poeta Fernando Pessoa” conclui, usando da sua usual e íntima poesia.

Compartilhar:


Inscreva-se na nossa Newsletter!

Inscreva-se na nossa Newsletter!


Seu encontro marcado todo mês com muito bem-estar e qualidade de vida!

Grau Plenae

Para empresas
Utilizamos cookies com base em nossos interesses legítimos, para melhorar o desempenho do site, analisar como você interage com ele, personalizar o conteúdo que você recebe e medir a eficácia de nossos anúncios. Caso queira saber mais sobre os cookies que utilizamos, por favor acesse nossa Política de Privacidade.
Quero Saber Mais