Parada obrigatória

III Simpósio Internacional de Bem-Estar: Cultivando o bem-estar pessoal e social

Confira o que rolou no evento que contou com o apoio do Plenae

20 de Outubro de 2021


No primeiro dia de outubro, o Instituto Einstein promoveu o 3º Simpósio Internacional de Bem-Estar: Cultivando o bem-estar pessoal e social, com a presença de palestrantes nacionais e internacionais de grande renome, como Marcio Atalla,  B. Alan Wallace e Andrew Kemp. Nós estávamos lá como apoiadores e participantes e queremos contar tudo pra vocês!

Na parte da manhã tivemos Elisa Kozasa, nos contando o que a ciência já sabe a respeito do equilíbrio emocional. Entre os estudos, um destaque especial para a ascensão do afetivismo, um movimento que tenta trazer as emoções, os humores, as motivações e sentimentos para dentro do mainstream da ciência. Com ela produzindo evidências cada dia mais robustas sobre como o afeto influencia comportamentos e cognição, poderemos avançar em propostas de intervenções mais assertivas na busca do almejado equilíbrio emocional.

Um estudo, por exemplo, mostrou o impacto das notícias no estado emocional das pessoas e o quanto uma pequena pausa, um relaxamento de 3 minutos, proporcionou uma melhora significativa no estado emocional de todas elas. Aqui você encontra 5 dicas de como fazer pequenas pausas no trabalho sem prejudicar entregas, afazeres e mil reuniões. 

Claudio Lottenberg deu especial ênfase ao papel da espiritualidade na saúde, dizendo que já há estudos que mostram que a espiritualidade tem um efeito importante no desenvolvimento de determinadas regiões do sistema nervoso central. Assim, ele ressaltou a importância de uma integração medicina-espiritualidade, trazendo práticas como a meditação e o desenvolvimento da fé para dentro dos hospitais e clínicas, melhorando a experiência do paciente nestes contextos e, por consequência, a qualidade da prestação de serviços do sistema de saúde. 

Na sequência, a Dra. Dulce Brito, compartilhou sua experiência no desenvolvimento do programa “Ouvid” junto aos profissionais de saúde durante a pandemia. O programa foi um esforço para “ouvir, preparar, apoiar, proteger, cuidar e honrar” estes profissionais que estavam na linha de frente deste momento tão impactante em nossas vidas. Dentre os aprendizados está o entendimento de que somos interdependentes e que o apoio social foi o principal aliado para enfrentar os desafios.

Ela ainda ressaltou a importância das relações e o quanto nos reconhecemos e nos fortalecemos a partir do outro, algo que cada dia mais estudos apontam como a chave para alcançar bem-estar e longevidade, como comentamos nesta matéria. A área da saúde, por ter sido a mais afetada na sobrecarga de trabalho, também foi, consequentemente, a mais afetada emocionalmente.

Ouvimos também o dr. Candido Moreira falando sobre como os algoritmos podem ser utilizados para promover o bem-estar emocional. Segundo os estudos atuais sobre o funcionamento do cérebro, já se sabe que ele utiliza sistemas heurísticos, processos cognitivos que ignoram parte da informação do ambiente, para acelerar a tomada de decisão.

Assim, para nosso cérebro, processos de autorregularão, como rotinas muito controladas ou seguir passos rígidos para não cometer erros, são extremamente cansativos, já que a tendência é simplificar e tomar decisões de maneira mais intuitiva. Neste sentido, a tecnologia, que utiliza algoritmos computacionais e o aprendizado de máquina, tem se mostrado um ótimo aliado para a saúde e já existem uma série de aplicativos com impactos bastante positivos.

Um caminho bastante inovador são os aplicativos do ramo “coachs de saúde”, que dão sugestões, trazem frases motivacionais, fazem recomendações e dão alertas, inclusive para profissionais de saúde, caso o usuário se encontre em situação de risco. 

Para fechar a parte da manhã tivemos a presença internacional de Eve Ekman falando sobre os desafios de cultivar o equilíbrio emocional na vida pessoal e profissional, pontuando o quanto o estresse e as emoções intensas podem influenciar nossos pensamentos e nosso bem-estar.

Ela trouxe o entendimento de que é impossível eliminar os gatilhos que despertam as emoções, assim como não podemos impedir o corpo de sentir tais emoções, mas podemos controlar a resposta que daremos neste processo, na busca de uma reação mais construtiva. Para isso, precisamos de algumas estratégias, dentre elas: nomear as emoções e as sensações corporais em detalhes, aumentar as emoções pró-sociais e praticar a compaixão (com os outros e com nós mesmos, como identificar e aliviar os microestresses do nosso cotidiano, que explicamos em matéria.

Logo na sequência, tivemos o Dr. Edson Amaro, que nos trouxe uma noção do quanto de dados tem sido coletado no contexto da saúde e como eles podem ser utilizados na promoção do bem-estar. Ele citou o exemplo do Biobank no Reino Unido, que possui dados de 117 mil indivíduos e como as análises destes dados podem trazer informações: descritivas do estado atual de uma população; preditivas, mostrando tendências de comportamento; prescritivas, possibilitando orientações e intervenções, e até toda uma gama de descobertas que nem se imaginava.

Além disso, ele mostrou uma série de tecnologias que estão sendo desenvolvidas para coletar ainda mais dados sobre a saúde que vão desde os conhecidos smartwatchs, mas também fraldas inteligentes, vasos sanitários com sensores ou mesmo câmeras que conseguem medir pressão arterial através da cor da pele!

Na sequência o Dr. Andrew Kemp, professor de psicologia na Universidade de Swansea, no País de Gales, falou sobre a complexidade de criar uma teoria de bem-estar, pois ela envolve uma série de elementos que parte desde o indivíduo, passando pela sua comunidade e chegando ao ambiente onde vive. Seus estudos encontraram uma relação importante entre a função do nervo vago e o bem-estar físico e mental, e que tal função é impactada pelo ambiente em que o indivíduo se encontra.

Kemp também falou das práticas de reabilitação de lesões cerebrais adquiridas focadas em bem-estar, propósito e satisfação com a vida, com intervenções especialmente dirigidas a criação de conexão com a natureza como: surf, nadar em rios, jardinagem, entre outras atividades ao ar livre e o quão benéfico este contato com a natureza foi na reabilitação destas pessoas. Nesta matéria, trazemos 5 benefícios do contato com a natureza para a saúde. 

Por fim, B. Allan Wallace nos trouxe reflexões sobre a busca da felicidade. Na visão do budismo e outras escolas do conhecimento, o florescimento humano está dividido em 3 dimensões: a ética (florescimento social e ambiental); o equilíbrio mental (florescimento psicológico) e a sabedoria (florescimento espiritual).

Ele destacou que quanto mais nossa mente está dominada por aflições, hostilidade, ilusões, menos liberdade de escolha temos, portanto precisamos desenvolver a inteligência ética e o autoconhecimento para alcançar a felicidade genuína. Como Eve, ele também trouxe a importância de reconhecer o impulso da emoção antes que se torne um comportamento, para termos o poder de escolher o que queremos expressar ao mundo.

Saímos deste evento com muitos aprendizados e muito felizes em perceber que estamos no caminho certo, abordando o bem-estar nos diferentes pilares que compõem uma vida com qualidade. Cada palestra parecia se encaixar perfeitamente em um dos pilares do Plenae: Corpo, Mente, Espírito, Relações, Contexto e Propósito. Estamos ansiosos pelo próximo evento e esperamos ter te inspirado a participar com a gente nesta jornada em busca de uma vida mais plena. 

Compartilhar:


#PlenaeApresenta: Fernanda Fabris e a adoção como missão

Apresentamos a influenciadora Fernanda Fabris, representante do pilar Relações na décima segunda temporada do Podcast Plenae

4 de Julho de 2023



“Todos os dias eu vejo famílias que entram com processo adotivo com a intenção de fazer uma caridade. O problema é que, com essa mentalidade, esses adultos vão esperar um senso de gratidão em troca. E a criança ou o adolescente não tem nem maturidade cerebral para ser grato. É um erro pensar que as crianças precisam ser salvas. Elas só precisam ter pais e mães. Elas precisam de amor”. 

É com essa potente fala que Fernanda Fabris finaliza a sua linda narrativa sobre maternidade e devoção. No último episódio da décima segunda temporada do Podcast Plenae, mergulhamos nas Relações, mais especificamente na família de Fernanda. 

A vontade de adotar sempre habitou seu íntimo, mas por muitos anos ficou adormecida em prol de uma gravidez que não acontecia. Foi em uma primeira pesquisa, ainda em territórios digitais, que ela se deparou com a foto daqueles que seriam seus filhos. 

A primeira dificuldade foi convencer os outros de que não era loucura adotar 4 crianças de uma vez só e que não era loucura já considerá-los seus filhos ainda nos primeiros contatos. A segunda dificuldade, é claro, foi perceber que a conexão criada no campo das ideias mudava de figurino quando se tornou a rotina do dia a dia real. 

Fernanda nos emociona ao falar, sem rodeios, as dificuldades por trás da maternidade adotiva e quais foram seus caminhos para de fato superá-las. Ao não maquiar uma situação tão delicada e específica, ela ajuda outras mães que podem estar passando por isso e não se sentem acolhidas, mas sim, culpadas. 

Para ela, “quem tem que fazer dar certo é o pai e a mãe, não o filho”. E essa é a virada de chave necessária para entender que aquela criança está em formação e ainda não possui os mecanismos internos necessários para compreender as novas dinâmicas. Além disso, existe ali um passado prévio que deve ser respeitado e levado em consideração.

Prepara-se para se emocionar com essa jornada no último episódio da décima segunda temporada do Podcast Plenae. Aperte o play e inspire-se! 

Compartilhar:


Inscreva-se na nossa Newsletter!

Inscreva-se na nossa Newsletter!


Seu encontro marcado todo mês com muito bem-estar e qualidade de vida!

Grau Plenae

Para empresas
Utilizamos cookies com base em nossos interesses legítimos, para melhorar o desempenho do site, analisar como você interage com ele, personalizar o conteúdo que você recebe e medir a eficácia de nossos anúncios. Caso queira saber mais sobre os cookies que utilizamos, por favor acesse nossa Política de Privacidade.
Quero Saber Mais