Parada obrigatória

As reflexões de setembro

O que foi falado no Plenae em setembro

30 de Setembro de 2022


Agora é oficial: o final do ano está cada vez mais próximo. Entraremos no último trimestre de 2022, esse ciclo que nem se foi e já deixa saudades. Por aqui, demos sequência ao tão amado Podcast Plenae. A nona temporada, que no mês passado trouxe nomes como Carlinhos de Jesusirmãos Filpi e Mariana Rios, não parou de surpreender.

O quarto episódio, representando o pilar Mente, ficou por conta da cantora Wanessa, que falou sobre sua Síndrome do Pânico sem tabus, como deve ser. Na sequência e representando o pilar Contexto, ouvimos o relato de superação e criatividade da empreendedora Adriana Barbosa, um dos principais nomes do afroempreendedorismo do Brasil.

Finalizamos com uma presença mais do que especial: o médico Drauzio Varella. Representando o pilar Propósito, o médico relembra os caminhos que o levaram até o trabalho voluntário que ele exerce nas cadeias há mais de 30 anos. Todos esses episódios tiveram as reflexões belamente conduzidas pela neurocientista Claudia Feitosa-Santana. 

Emoção e inspiração à flor da pele em cada linha escrita por aqui e cada minuto escutado também! O que mais rolou, afinal? Confira!
Lei da atração: tudo que você precisa saber!
Ainda pegando o gancho do episódio de Mariana Rios, lançado em agosto, fomos entender um pouco mais do que pensa a ciência sobre Lei da Atração e pensamento positivo, temas tão debatidos pela artista em seu relato. Clique aqui para saber mais!
Desmistificando conceitos: o que é a Síndrome do Pânico?
É preciso falar sobre esse tema sem rodeios, como fez a cantora Wanessa em sua narrativa. Isso porque, quando falamos, outras pessoas podem se identificar e entender melhor suas próprias emoções e dificuldades. Pensando nisso, explicamos tudo sobre o assunto aqui neste artigo.
Afroempreendedorismo: os nomes e números dessa empreitada
Mais do que necessário, o afroempreendedorismo é um movimento que veio para ficar - e os números não nos deixam mentir. A Feira Preta, idealizada pela Adriana Barbosa, é um palco para muitas dessas iniciativas de pessoas pretas que se lançaram ao mar do empreendedorismo - seja por vontade ou necessidade - e agora colhem os frutos. Vem saber mais sobre o assunto.
O cenário do voluntariado no Brasil
Que o trabalho voluntário é positivo para todo mundo, isso já sabemos e já discutimos por aqui. Mas então, como anda esse movimento aqui pelo país? Quais são os números? Entenda melhor também o que é voluntário corporativo na entrevista feita com Marcelo Nonohay, fundador da MGN, uma empresa que trabalha com apoio e gestão de projetos para transformação social.
Xô preguiça: 5 aplicativos para não ter mais desculpas para não malhar!
Finalizando os conteúdos relacionados aos episódios do Podcast Plenae, retomamos o que vocês adoram: nossos conteúdos rápidos recheados de dicas! E esse daqui foi feito especialmente para você, que já está preocupado com o projeto verão. Confira aplicativos que podem te ajudar a malhar em qualquer lugar!
Você é nosso convidado no evento SER
Que tal mergulhar ainda mais na experiência Plenae? O SER, evento inovador sobre o equilíbrio entre performance e saúde mental nas organizações, acontece nos dias 18 e 19 de outubro e contará com duas sessões da Experiência Conecte-se Plenae

Confira o horário da programação completa aqui e garanta a sua vaga. 
Para você, que é nosso seguidor, temos um cupom de 20% de desconto com o código PLENAE20. Clique aqui e garanta o seu!

 
Mais uma vez, obrigada por terem estado com a gente nessa missão de levar a palavra do bem-estar, da saúde, da qualidade de vida e da longevidade para todos! Nos vemos em outubro!

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Entrevista com

Morena Leite

Chef de cozinha

A relação entre a cozinha e o afeto

Entrevistamos a chef Morena Leite para entender como um ritual tão parte de nossos dias pode dizer tanto sobre nós mesmos

17 de Novembro de 2020



Aos 40 anos, Morena Leite acha a autodefinição uma tarefa complexa. Isso porque ela é muitas em uma só: mãe, esposa, filha, amiga e ainda uma empresária de sucesso. Chefe no renomado Capim Santo, Morena também comanda a cozinha do Santinho, assina o cardápio do Hotel Janeiro, faz a curadoria do Festival Fartura e ainda é presidente do Conselho Instituto Capim Santo, que leva escolas de gastronomia gratuitas para jovens desfavorecidos socioeconomicamente.


Para ela, falar sobre comida e sobre cozinhar é mais do que falar somente sobre nutrição ou questões fisiológicas que envolvem o nutrir. É falar também de cultura, de afeto, de vontades, de autonomia. Confira o #PlenaeEntrevista a seguir e ressignifique a sua relação com seu próprio alimentar.


Como sua história com a gastronomia começou?

Sou prova de que a relação entre comida e família é muito forte. Cresci numa cozinha e na minha vida eu entendi que a comida podia ser um veneno ou remédio. Cresci com uma mãe cozinheira muito dedicada ao trabalho, e a cozinha, no começo da vida, era algo que “roubava” ela de mim, eu travava essa disputava. A forma que encontrei de chamar atenção da minha mãe foi me afastando da comida, até que desenvolvi um distúrbio alimentar e entendi que o caminho era oposto: para me aproximar da minha mãe, eu tinha que me aproximar também da comida. Então fui estudar gastronomia. Aí que me conectei e transformei uma questão da minha vida. 


Ao longo da sua carreira, o que a cozinha te ensinou de mais valioso sobre relações e pessoas?

Eu acredito que nosso paladar e nossa personalidade caminham juntos. Pessoas mais fechadas para experimentar tendem a ter essa postura também em suas relações, assim como os compulsivos costumam ser ansiosos. Através da alimentação, a gente pode curar muitas coisas do nosso comportamento e da nossa personalidade. Acho que hoje, por falta de tempo - apesar da mudança que a pandemia também propôs - a gente perdeu o hábito de comer junto. As pessoas têm horários muito diferentes, acordam muito cedo, não se encontram. E esse momento de comer à mesa sempre foi um momento de transmissão de valores. Então acho muito importante essa comunhão, o momento de sentar à mesa e comer junto. A comida a gente não se nutre apenas fisiologicamente, mas também emocionalmente, afetivamente, culturalmente.


Quais são os benefícios de uma comida feita à 4 mãos, ou seja, trazer os filhos também para essa responsabilidade?

Cozinhar juntos traz uma questão de segurança e de solidez muito forte. Tenho observado famílias que têm tanto a questão da cultura e do status social, mas também uma questão de saúde: comer é para alguns uma questão de prazer, e para outros de saúde. Eu vejo o quanto os pais se envolvem na alimentação dos filhos nas escolas que trabalho e assino cardápios. Mas isso também tem que ser espontâneo, como tudo na vida. Não se pode forçar alguém a cozinhar se ela não tem afinidade. Até porque, tão importante quanto cozinhar junto, é comer junto, como eu mencionei anteriormente. Tem gente que não tem o hábito de ir lá e cortar e cozinhar, mas adora ir num restaurante, numa feira. Tem gente que não tem essa conexão. A relação com a comida é a primeira que a gente tem desde o primeiro dia de vida até o último. Então ter uma relação saudável, equilibrada e prazerosa e bem importante.


O que muda quando cozinhamos nossa própria comida?

Eu tenho visto uma geração mais nova de 13, 14 anos virando veganos. Isso já demonstra esse olhar mais atento à sua própria nutrição, ouço relatos até mesmo de pessoas que não saem mais para comer, só comem suas próprias comidas. É muito esse cuidado de saber se nutrir, saber se cuidar, ser autossuficiente e não ter um monte de gente te cuidando que a geração mais jovem já apresenta. Quando sabemos produzir aquilo que vai nos fazer bem, é muito benéfico. Porém, eu acredito sempre no equilíbrio, saber não ser tão rígido. Eu acho que é bom cozinhar a própria comida, mas também receber o carinho na comida de alguém, da sua mãe, vó. A comida também tem energia, ela vem com a energia de quem cozinhou e isso também é cuidar de si mesmo. Tudo tem que ter flexibilidade.


E qual é essa relação entre a cozinha e o autocuidado?

Antes de amar o próximo, temos que amar a nós mesmos. É como o avião, você tem que colocar a máscara em você para depois colocar no outro. E se alimentar direito é se cuidar e ter amor próprio. Acredito muito na frase: a gente é o que a gente come. Como disse, nossa personalidade reflete diretamente no nosso paladar. Ele é desenvolvido num primeiro momento no útero materno, com o que a mãe se alimenta na gravidez, depois na amamentação que ainda é a continuação desse laço afetivo com a criança. Num terceiro momento, tem muita relação ao lugar onde ele foi criado, ao seu país, sua cultura e até sua religião. E aí o quarto momento que é de escolhas, que é resquício de tudo isso que o indivíduo conheceu e viveu. A comida de repente não é só prazer, é uma fonte de energia, e aí você começa a se perguntar: isso vai me fazer bem, vai fazer bem para o planeta? Da onde vem essa comida? Você começa a ter toda essa responsabilidade nesse cadeia porque na realidade está também preocupado consigo mesmo.


Como uma pessoa que tem o dia a dia muito corrido pode se aproximar da cozinha de maneira mais afetiva?
Você pode cozinhar em um dia da semana, num domingo à noite, por exemplo. Eu deixo tudo em potinho preparado para minha filha e, no dia a dia, chego em dois minutos e só finalizo, faço os acompanhamentos. Eu penso num cardápio da semana, deixo ele pré-produzido. É uma forma de já até prever a minha semana. Você compra um peixe e já porciona ele, você já cozinha a batata doce e deixa congelada. Tudo em potinhos. E o momento da refeição, não importa se vai demorar 10 minutos ou 1 hora, contato que você esteja presente nele, encaixado no contexto da sua vida. Pode ser até uma refeição mais rápida, mas praticar o ritual de se alimentar e de se nutrir plenamente, sem celular ou afins, é muito importante.

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