Para Inspirar

Propósito de vida dá mais resistência e força física

Pesquisadores da Faculdade Pública de Saúde de Harvard analisaram dados de um longo estudo com adultos com mais de 50 anos.

7 de Fevereiro de 2019


Ter um propósito na vida ajuda a aumentar a qualidade de vida, a independência e a energia. Vai além. Segundo um estudo publicado no periódico Jama Psychiatry , o desempenho físico está associado a ter ou não uma meta de vida. Os autores ressaltam a importância dos resultados especialmente diante do número de idosos nos EUA, que cresce rapidamente. Quase um em cada três americanos com 65 anos tem dificuldade de andar três quarteirões. Pesquisadores da Faculdade Pública de Saúde de Harvard analisaram dados de um longo estudo com adultos com mais de 50 anos. Em 2006 e novamente em 2010, as pessoas responderam sobre saúde e bem-estar e realizaram testes para medir a força e a velocidade de caminhada. Força e marcha funcional. Cerca de 4.500 adultos atenderam os critérios adequados para o funcionamento da força de preensão (o movimento que a mão realiza para pegar um objeto) no início do estudo, e 9,5% deles caíram abaixo desse limite nos quatro anos seguintes. Para a velocidade de marcha funcional, cerca de 1.500 adultos preencheram os critérios inicialmente, mas 47% deles desaceleraram consideravelmente durante o período de acompanhamento. Quando os pesquisadores compararam as mudanças físicas das pessoas ao longo do tempo com as respostas sobre o propósito delas na vida encontraram um elo significativo. Os participantes com propósito mais elevado na vida tiveram um risco diminuído em 13% de desenvolver um aperto fraco com as mãos e em 14% de desenvolver uma caminhada lenta, comparados àqueles com um senso de propósito mais baixo. Para alguns, ter altos níveis de propósito está associado a um aumento na velocidade da caminhada ao longo do tempo – um efeito equivalente a ser 2,5 anos mais jovem, escrevem os autores do estudo. A ligação entre o propósito de vida e a velocidade da caminhada permaneceu depois que os pesquisadores controlaram ainda mais as condições de saúde pré-existentes e a depressão, por exemplo. A associação com a força de preensão não permaneceu, sugerindo que os efeitos de ter um propósito isoladamente pode não ser tão forte. Estes resultados, segundo o estudo, sugerem que o senso de propósito, um fator modificável, pode desempenhar um papel importante na manutenção da função física entre os adultos mais velhos. Leia o artigo completo aqui .

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Desmistificando conceitos: o que é JOMO?

Termo oposto ao já conhecido “FOMO”, o JOMO vem sendo cada vez mais usado por aqueles que buscam a desconexão externa e reconexão interna

14 de Fevereiro de 2021


Você já deve ter ouvido falar no termo FOMO, que em inglês, significa Fear of missing out. Traduzindo para o português, a sigla descreve aquele sentimento quase que de ansiedade que nos acomete quando nos sentimos “por fora”. Em linhas gerais, FOMO é o medo de estar perdendo algo, um momento valioso, uma festa inesquecível, um post único.

Altamente fomentado pelas redes sociais, ambiente que diversas vezes nos traz uma sensação de insuficiência, o FOMO já é uma realidade em clínicas de psicologia, como afirma a psicóloga Mariá Cristo. “Muitos pacientes relatam esses sintomas tão parecidos que, quando juntos, caracterizam perfeitamente a síndrome”.

E quais seriam esses sintomas? Sentimento constante de inferioridade, alta irritabilidade, tendência à solidão, vício em telas e até uma sensação de deslocamento, ainda que o sujeito seja um “arroz de festa”. A síndrome do FOMO também é muito clássica em pessoas que costumam não viver o momento, ou que estão sempre preocupadas com as fotos que aquela situação pode render.

É uma procura exacerbada por aprovação e, ainda que ela venha, o indivíduo sente necessidade de mais. Quem nunca ficou rolando o feed até o fim, com medo de perder alguma foto importante, e sentiu um ligeiro desconforto de natureza inexplicável depois de desligar o celular? Pois bem, esteja atento aos sinais.

A alegria em não estar

Acontece que o FOMO, a longo prazo, torna-se insustentável, sugerindo somente dois caminhos possíveis: a sintomatização completa ou a aceitação. “Você pode ir fundo nesse sentimento de inferioridade e dele não sair mais, ramificando até mesmo para outros problemas. Esse é o destino trágico dessa síndrome” explica a especialista.

Mas, o outro caminho possível é o da libertação, ou seja, aceitar que você não fará parte de tudo e que cada escolha é uma renúncia, e estamos diariamente escolhendo por coisas - como explicamos nesta matéria sobre a tomada de decisões.

Mais do que aceitar e se libertar, o grande êxito na superação do FOMO é ir para o seu outro oposto: a JOMO, do inglês, “joy of missing out”. Em tradução livre, essa sigla tem a ver com a alegria por estar perdendo algo, estar de fora. O que muitos considerariam loucura e até mesmo preocupante, quem sente essa libertação não é necessariamente um “alienado”, mas sim, aquela pessoa que aproveita o hic et nunc , “aqui e agora” em latim.

Mais do que um sentimento, o JOMO é uma atitude. É se impor e dizer não para tudo que a sociedade impõe como urgente e necessário, mesmo que não o seja de fato. “Essa venda de ideais, muito proveniente de um modelo capitalista sempre em busca de te fazer querer mais, capitaliza até mesmo os seus momentos de prazer e lazer” complementa Mariá.

Mas estar offline por vontade própria, atenta ao seu redor e desfrutando do que se vive naquele momento é uma das verdadeiras formas de enxergar propósito na sua vida, é o mindfulness aplicado na prática em seus dias. E a notícia boa é que esse ser e estar vem ganhando notoriedade e se tornando moda até mesmo por aqueles que não saiam da internet de forma alguma: os blogueiros.

Este artigo do site de viagens Skyscanner separou inclusive dicas de como aplicar a JOMO em suas viagens e alguns destinos perfeitos para isso. Porque, é claro, o ambiente conta pontos para que esteja tudo propício a sua desconexão exterior e reconexão interior.

Aproveite essa fase de distanciamento social para praticar a aproximação consigo mesmo. Encontre felicidade nesse movimento tão nobre e importante que é se manter em casa, evitando aglomerações e protegendo a si e aos outros. Coloque o FOMO para escanteio, seja por iniciativa própria, seja contando com a ajuda de uma escuta capacitada.

Entenda que, mais importante do que as festividades lá fora, são as suas próprias festividades internas, capazes de te fazerem feliz independente da circunstância. É preciso saber ser sozinho e gozar da própria solitude, como trouxemos neste artigo .  Você já foi feliz consigo mesmo hoje?

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