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Perder a fé pode afetar a saúde do seu cérebro

Perder a fé em um poder superior pode ser uma das experiências mais profundas da vida.

15 de Março de 2019


Perder a fé em um poder superior pode ser uma das experiências mais profundas da vida. Dependendo de quão forte essa fé era originalmente, ou quão central era para o seu senso de identidade ou comunidade, a tendência para o ateísmo pode destruir as convicções e os sistemas sociais que dão sentido e segurança à sua existência. Pesquisas sugerem, no entanto, que a perda da fé em poderes superiores também pode ter efeitos muito tangíveis na forma como o cérebro funciona e na saúde física. Neurologicamente, os fiéis e ateus, explica Jeff Anderson, neurocientista da Universidade de Utah, “têm a mesma arquitetura e processam informações de maneiras muito semelhantes”. Diversos estudos, no entanto, sugeriram que a fé em um poder superior e a experiência de estados transcendentais estão associados a menos atividade em áreas do cérebro associadas ao pensamento analítico e mais em áreas associadas ao pensamento intuitivo e empático. "Não está claro se ser mais ou menos crítico-analítico é melhor ou pior", aponta Andrew Newberg, neurocientista do Hospital Universitário Thomas Jefferson e pioneiro em neuroteologia, o estudo das ligações entre experiências religiosas e o cérebro. “Como todas as coisas na vida, essas são diferenças que funcionam melhor para diferentes tipos de pessoas” e em diferentes tipos de situações. Perder a fé em um poder espiritual maior não necessariamente leva a uma diminuição da atividade nas partes intuitiva e empática de nossos cérebros. Algumas pessoas podem apenas redirecionar esses circuitos cerebrais para uma crença menos espiritual, mas ainda abstrato, como o conceito de justiça. Independentemente do efeito exato que a falta de crença tem em nossa atividade neurológica e processos de pensamento resultantes, muitas evidências sugerem que “ter algum tipo de crença espiritual está associado a ser mais psicologicamente ajustado e ser fisicamente mais saudável”, segundo Anthony Jack, do Laboratório de Cérebro, Mente e Consciência da Universidade Case Western Reserve . Alguns estudos apontam, por exemplo, que os crentes têm, em média, pressão arterial mais baixa do que seus pares não religiosos, além de melhores resultados quando atingidos por câncer, doenças cardíacas, artrite reumatoide e depressão. Eles vivem até sete anos a mais e relatam menos ansiedade, depressão e estresse do que os ateus. Alguns benefícios da religião provavelmente se devem à ampla rede social de apoio oferecida pelas igrejas, assim como à prática da oração e da meditação. Outros benefícios, sugere Jack, provavelmente derivam do poder da crença em algo superior por si só dar um sentido ao mundo e propósito à vida. O pensamento analítico totalmente naturalista, argumenta ele, “é inadequado para encontrar significado ou propósito, ou coisas que nos motivem ou nos conectem com as pessoas” da mesma forma como faz o pensamento abstrato. Leia o artigo completo aqui . Fonte: Mark Hay Síntese: Equipe Plenae

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O que a ciência tem a dizer sobre o chocolate?

Paixão nacional, ora vilão e ora mocinho, a ciência investiga constantemente as substâncias do chocolate e seus efeitos dentro do nosso corpo

7 de Julho de 2022


Hoje comemora-se o Dia Mundial do Chocolate. Ora vilão, ora mocinho, ele é paixão nacional, mas vem constantemente acompanhado de avisos de moderação ou indicações de malefícios. Mas o que a ciência já sabe sobre o tema e quais foram as inovações na área? 


Por que gostamos tanto?


Ingerir chocolate é também desencadear uma série de neurotransmissores relacionados ao prazer - assim como se apaixonar. A fermentação dos grãos e da polpa do cacau, além dos processos para secá-los e torrá-los, libera um conjunto de compostos químicos.


Isso cria o aroma tão característico do chocolate que grande parte da população ama. Além disso, há substâncias químicas psicoativas presentes em sua composição como a anandamida – neurotransmissor que estimula o cérebro assim como a cannabis – , além da tiramina e a feniletilamina. Sem falar na dopamina, o neurotransmissor do prazer. 


Ele também é um resgate à nossa infância: segundo pesquisas, sua composição é de 20% a 25% de gordura e  40% a 50% de açúcar. O leite materno é um dos casos raros onde essa quantidade e proporção são encontrados. Até mesmo sua textura contribui para que ele seja tão irresistível, quando identificada pela nossa língua, estimula uma sensação de prazer.


Como ele turbina nosso cérebro? 


Te contamos neste artigo os alimentos que são bons para o cérebro. Um deles é o chocolate escuro, aquele conhecido pelo seu gosto mais amargo. O cacau possui antioxidantes e flavonóides que ajudam a preservar as células cerebrais. Ele também contém fibras para ajudar a reduzir a inflamação do cérebro e prevenir o declínio cognitivo.


Mas atenção: é preciso que seja o chocolate mais amargo. Isso porque ele passa por menos processos de industrialização, sendo mais próximo da pureza do cacau do que suas outras versões mais doces. Um estudo italiano revelou ainda que seu consumo regular pode beneficiar também a memória recente e o processamento de informações visuais. 


Mais atenção

O chocolate, assim como o café e até como o guaraná, possui uma molécula chamada metilxantinas. Quando encontrada no café, ele age como um estimulante mais forte, espantando a fadiga, por exemplo, de maneira mais rápida do que o chocolate - que só por possuir a quantidade de açúcar que possui, também já nos deixa mais despertos, mas não tanto quanto o café.


O benefício, porém, é que o chocolate não nos traz o estado ansioso que o café pode nos trazer. Isso porque o chocolate possui ainda uma outra molécula, a teobromina, que mantém esse estímulo por mais tempo, liberando-o de forma gradual. Por isso ele é mais sutil quando o assunto é te despertar, sem tirar o seu foco. Mas lembre-se: justamente por todos esses motivos, é indicado evitá-lo pela noite.


Benefícios para a cognição 


Pesquisadores do Instituto de Ciência, Tecnologia de Alimentos e Nutrição, na Espanha, divulgaram na revista Nutriens o resultado do cruzamento de 11 trabalhos diferentes, envolvendo 366 adultos com idade média de 25 anos. A conclusão foi de que o consumo regular de chocolate elevaria a produção de proteínas que neutralizaria danos nos neurônios. 


Essa descoberta é positiva para a prevenção de doenças neurodegenerativas como o Alzheimer e outras demências. Ele ainda pode melhorar a memória e o desempenho do raciocínio.


Melhora na tomada de decisões


Um outro estudo, realizado no Reino Unido, ainda revelou que a alta concentração de polifenóis presente em uma bebida com chocolate, por exemplo, a circulação aumentar especialmente na região do córtex frontal, atrás da testa, que tem tudo a ver com planejar ações, prever riscos e tomar decisões. 


Falamos dessa região específica neste artigo, onde te ensinamos como tomar melhores decisões. Um pequeno chocolate nessa hora pode vir a calhar, segundo a ciência. 


Qual escolher?


Antes de mais nada, é preciso apontar que apesar dos seus vários benefícios e também do prazer adquirido ao comê-lo, é preciso moderação. A ingestão de altas quantidades pode ter efeitos contrários, trazendo risco de diabetes e obesidade. Você pode até mesmo desenvolver uma espécie de dependência do açúcar refinado encontrado nas versões mais industrializadas do produto.


Uma vez que você coma chocolate com parcimônia, vamos às indicações. Enquanto a ciência segue procurando pelo chocolate perfeito, você pode ir aproveitando os que já existem. 


  • Coma um tablete pequeno de até 30g por dia, tente escolher sempre pela sua versão amarga que, como já explicamos anteriormente, é a versão mais próxima da semente do cacau, rica em todos esses nutrientes que mencionamos.


  • Quanto maior a porcentagem da pureza, melhor. Essa informação deve vir discriminada em suas embalagens.


  • Evite, a qualquer custo, chocolates em sua versão branca, que não possuem os benefícios mencionados e são uma invenção da indústria. 


  • Achocolatados também não oferecem uma concentração muito alta da substância em si, tendo em sua composição muitas outras coisas além do chocolate e, portanto, não sendo tão benéficos. 


  • Os bioativos do cacau duram cerca de quatro horas no organismo, como contou a engenheira agrônoma Elizabeth Torres, professora de saúde pública na USP, ao UOL VivaBem


  • O pico de sua ação é notado no sistema nervoso cerca de duas horas depois, portanto, se o seu objetivo é observar essa ação, é preciso se programar. 


Aproveite também para colocar em prática a receita que te ensinamos na Páscoa, que une café, chocolate e de quebra é saudável! Nada como celebrar o Dia Mundial do Chocolate sem culpa! 


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