Onde mora uma mãe

Mora na suavidade do toque, que cura onde dói com a sutileza de uma brisa de outono.

13 de Maio de 2024


Mora na suavidade do toque, que cura onde dói com a sutileza de uma brisa de outono. Mora no tempero do mais simples prato que se torna um banquete na velocidade da luz. Mora no olhar que compreende e parece enxergar o que ninguém mais é capaz e mora na segurança de poder compartilhar naquele espaço uma intimidade única, impossível de ser comparada.

Mora na escuta, atenta, perspicaz, que capta principalmente aquilo que se esconde no que não foi dito. Mora na presença, que preenche o ambiente em cada mísero cantinho, e mora no vazio que se faz em sua ausência. Mora na firmeza de uma bronca, que reverbera e se faz ouvir mesmo quando se tenta tapar os ouvidos para aquilo que é necessário. Mora naquela música que tocava todos os dias no carro indo pra escola e cujas notas parecem te acompanhar por toda a vida.

Uma mãe mora no casaco que lembramos de levar no último minuto, a sugestão que embala a mais doce das preocupações. Mora na expectativa de um resultado e na vontade de correr para aquele abraço específico quando a notícia positiva ou negativa vem. Mora no riso e no choro que, à sua maneira, são sempre muito específicos, daqueles que se pode reconhecer mesmo a quilômetros de distância. Mora na inversão dos papéis que invariavelmente ocorrem - e quer transição mais bonita e poética do que essa?

São muitos os endereços de um maternar, porque uma mãe mora em tudo. É possível encontrá-la em cada um de nossos trejeitos, pensamentos, valores, condutas. Uma mãe é uma casa, a primeira que habitamos ao chegar nesse mundo e a que procuramos um pouco em cada uma que habitaremos até o fim. Nesse Dia das Mães, feche os olhos e imagine o rosto da sua e permita-se ser invadido por todos os sentimentos que essa imagem causa. Afinal, esse é um lugar para onde sempre se pode voltar. Um feliz dia a todas as possibilidades de mães!

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Meu primeiro amor

Aquele sorriso que atravessou como uma faca, mas com a leveza de uma pena.

12 de Junho de 2024


Aquele sorriso que atravessou como uma faca, mas com a leveza de uma pena. Ele antecedeu a risada, que veio em rompantes: começou breve e se tornou uma explosão que atingiu a todos que estavam por perto, mas especialmente a um, que voltou ferido para casa, ostentando essa ferida com temor e excitação na mesma medida. 

O medo do desconhecido e uma fome intensa de enfim conhecê-lo. Uma curiosidade genuína e um estoque infinito de perguntas que talvez sejam caladas por conta do nervosismo. Movido por esse desejo em estar mais apresentável e de parecer interessante, de ser notado, mas ao finalmente ser, um suor adocicado que escorre pela testa sem freios ou destino final. 

E então, a aproximação. A troca de olhares mais profundos. As longas conversas e os primeiros "eu nunca contei isso para mais ninguém", que na linguagem do amor, vale mais do que um "eu te amo". A simbiose de quem soube sim ser feliz sozinho, mas descobriu ser ainda melhor acompanhado. Uma alegria leve que parece habitar em cada poro de forma tão evidente que é impossível esconder. 

A primeira paixão, essa que vem marcada pelo ineditismo de todas as coisas, é provavelmente uma das experiências mais importantes de toda uma vida. Não é à toa que nunca nos esquecemos do alvo dessa paixão e todas as sensações envolvidas.  

Essa paixão pode ser pueril, ainda na infância ou pode se dar no fervor da adolescência, etapa onde esse arrebatamento impera em cada movimento. Mas ela pode vir ainda na vida adulta, quando o indivíduo acredita já ter vivido de tudo, até perceber que nada do que viveu se compara a esse estado de poesia. Nunca é tarde para se sentir assim, infinito em seu próprio universo particular. Permita-se a essa entrega: apaixonar-se é sempre um encontro definitivo, ainda que dure rapidamente. Feliz dia dos namorados!

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