Para Inspirar
O torneio tem como objetivo promover saúde e bem-estar aos que já fizeram transplante de algum órgão e agora encontram no esporte uma vida melhor
6 de Setembro de 2024
Olimpíadas foram assunto central no ano de 2024. Com as redes sociais alavancando os temas e tomando cada vez mais proporção em nossas vidas, as competições esportivas não ficaram de fora. De acordo com a análise da Ponto Map, entre os dias 24 e 30 de julho, a opinião pública liderou as postagens a respeito do megaevento esportivo, com 52% de impacto e 76% de positividade.
No total, foram 2.4 milhões de postagens desde o início de maio, vindas de 701 mil publicadores diferentes, sendo que 95% delas foram feitas só em julho, de acordo com esse artigo. A projeção da competição nunca atingiu números tão expressivos, assim como as Paralimpíadas, tema que te contamos mais por aqui neste artigo.
No quinto episódio da décima sexta temporada, porém, uma surpresa: as Olimpíadas dos Transplantados veio à tona por meio da fala de Patrícia Fonseca, a representante do pilar Corpo dessa edição e atleta nesse torneio tão específico. Você já ouviu falar sobre o assunto? A seguir, vamos mergulhar nesse universo!
O começo de tudoAs Olimpíadas dos Transplantados surgiram como uma iniciativa para mostrar as possibilidades de vida ativa e saudável após um transplante de órgão, promovendo também a conscientização sobre a importância dessa doação. Sua primeira edição aconteceu em 1978, em Portsmouth, na Inglaterra, idealizada pelo cirurgião britânico Dr. Maurice Slapak, um especialista em transplantes de órgãos.
Sua ideia era criar um evento que não só destacasse os benefícios dessa prática médica, mas também celebrasse a vida de quem passou por esse processo tão desafiador e lutou para estar aqui. O objetivo era oferecer um ambiente competitivo e também de apoio, onde os transplantados pudessem demonstrar suas capacidades físicas e compartilhar suas histórias de superação.
Desde a primeira edição o evento se mostrou um sucesso e reuniu cerca de 99 atletas de 5 países. De lá para cá, as Olimpíadas dos Transplantados cresceram significativamente. O evento agora é internacional e conta com a participação não mais de centenas, mas de milhares de atletas de todo o mundo. O evento acontece a cada 2 anos e é organizado pela World Transplant Games Federation (WTGF).
Além de ser um evento esportivo, as Olimpíadas dos Transplantados têm um forte componente educacional e de conscientização, como dito anteriormente. Seu objetivo inicial segue firme: promover a importância da doação de órgãos e mostrar como os transplantes podem salvar vidas e permitir uma vida plena e ativa. Ela funciona também como uma plataforma para demonstrar a importância do esporte na recuperação e na manutenção da saúde após o transplante.
Dele podem participar não só pessoas que passaram por transplantes de órgãos, mas também de tecidos. As modalidades esportivas são bem semelhantes às de uma Olimpíada tradicional, como atletismo, natação, ciclismo, tênis, entre outras. competições esportivas, as Olimpíadas dos Transplantados costumam incluir atividades sociais e educativas.
É do BrasilRamon Lima, 43, é professor de educação física no ensino público em Curitiba e presidente da Liga de Atletas Transplantados do Brasil, fundada em janeiro de 2022 para representar esse grupo. “Temos 20 atletas, mais ou menos, e já percebemos um movimento que nos busca. A ideia é que mais pessoas se unam a nós para que a causa cresça e a gente represente o Brasil de maneira digna”, contou ele ao ESPN.
Ele competiu os Jogos Brasileiros, um torneio focado em buscar os talentos nacionais para que então eles representem o país nos jogos internacionais. No cenário mundial, como segue explicando o veículo esportivo, além dos Jogos Mundiais existem os Jogos de Inverno e os Jogos Latino-Americanos. “Uma prova de que a Liga brasileira para transplantados é um passo importante para encurtar a distância”, ressalta.
Uma das principais queixas do movimento é a falta de patrocínio - que, verdade seja dita, é uma queixa generalizada de todo esportista no Brasil. Mas se já é difícil para aqueles que são “famosos”, tente imaginar como é para aqueles que vivem às margens e ainda buscam notoriedade para sua causa.
“Hoje, a gente é que arca com nossas próprias despesas. O surgimento da Liga é esperança para mudar isso e também para que mais gente entenda a nossa mensagem sobre a doação”, explica Renato Couto Deodato, corredor desde 2001 após receber a doação de medula óssea. Ele já participou da São Silvestre, de provas de ruas e dos Jogos para Transplantados, como contou ao ESPN.
Tanto no cenário dos transplantes, como no cenário dos esportes, muito se caminhou, mas ainda há muito o que se caminhar. A conscientização da importância é o primeiro passo e o apoio à causa é o segundo. Que cada vez mais atletas como Patricia Fonseca ganhem espaço para mostrar que há muita vida quando se tem gana de viver!
Para Inspirar
Viajar é mais do que somente divertido, e pode trazer benefícios para seu cérebro, criatividade e saúde mental.
16 de Dezembro de 2020
Um dos maiores sonhos de todas as pessoas na sociedade moderna é o de viajar. Quem nunca, em dias especialmente cansativos, entreteu a ideia de largar tudo e rodar o mundo só com a roupa do corpo? O ato de viajar se tornou o equivalente ao maior escape possível das agruras do dia-a-dia.
Mas nem todos estão somente fugindo de um problema ou buscando uma espécie de alienação inofensiva. Muitos adotam o pé na estrada como estilo de vida e até carreira. É o caso da família Nalu, personagens do quarto episódio da terceira temporada do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir, que narra sua trajetória emocionante e invejável pelo mundo e seus descobrimentos.
Viajar, de fato, tem muitos benefícios, especialmente para a saúde do nosso cérebro. Estudos mostram que viajar estimula a criatividade, além de afastar a depressão, a ansiedade e o estresse. Em tempos cada vez mais corridos, uma viagem simples pode se tornar um retiro importante para o bem-estar de sua saúde mental.
Poucas pessoas tem tanta propriedade para falar do tema de viagens como Amyr Klink. O navegador brasileiro ficou famoso por seus feitos como atravessar o oceano Atlântico num barco a remo e fazer a circunavegação em menos de 3 meses a bordo de um veleiro. Sobre o assunto, ele diz:
“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”.
Viajar e entrar em contato com outras realidades pode ser uma experiência muito útil para abrir nossos olhos e ver o mundo como ele é, em vez de apenas conjecturar sobre ele sem conhecimento. Em seu TED Talk , Lexie Alford, a pessoa mais nova a viajar para todos os países do mundo, conta a história da única vez em que ela temeu por sua integridade física: no Iêmen, ela viu, durante a noite, aproximadamente 50 pessoas reunidas num estacionamento descarregando armas automáticas. Depois de passar a madrugada temendo por sua vida, descobriu que se tratava apenas de um casamento.
Alford aproveita para dizer como essa situação de pavor veio da falta de conhecimento dela sobre a cultura local. Viajar é o melhor remédio para quaisquer tipos de preconceitos. O famoso autor americano Mark Twain já dizia, corroborando a fala de Amyr Klink :
“Viajar é fatal para o preconceito, à intolerância e às ideias limitadas; só por isso, muitas pessoas precisam muito viajar. Não se pode ter uma visão ampla, abrangente e generosa dos homens e das coisas vegetando num cantinho do mundo a vida inteira.”
A ideia do “cantinho do mundo” de Twain pode ser explicada por uma frase que vemos muito nos dias de hoje: a zona de conforto. Lexie diz que essa zona nos cerca em três pontos: a mente, o corpo e a alma. O ato de viajar, de ver o mundo e encarar uma realidade totalmente diferente com nossos próprios olhos e mentes pode ser uma experiência única e edificante no caminho do autoconhecimento.
Isso vai de encontro aos benefícios trazidos pela viagem como a criatividade aumentada. O cérebro reage positivamente e a melhora na saúde mental é imediata, o que acarreta, também, em melhora da saúde física. Mens sana in corpore sano , do latim, “mente sã em corpo são”.
Com tantos bônus, a fórmula parece simples: para uma vida melhor, viaje mais. Na prática, sabemos que não é bem assim. Existem inúmeros obstáculos na hora de viajar. Os horários de trabalho cada vez mais maçantes e abusivos são o inimigo público número um da viagem, mas não são os únicos.
A própria rotina, expressão máxima da zona de conforto, é outro problema enorme. Ao nos habituarmos ou, como diz Karnal, cairmos na estabilidade, perdemos a motivação necessária para sair da própria bolha que construímos ao longo dos dias. A inércia do cotidiano é o que nos mantém caminhando, mas os passos são sempre os mesmos.
Viajar é justamente sobre isso: sobre encontrar novas vias, pessoas, culturas e realidades. Ou apenas tirar uma folga, dar um respiro antes de voltar a imergir no oceano de problemas e estresse do dia-a-dia. Tudo isso faz bem para a mente, o corpo e a alma e mantém acesa a nossa chama interior.
Nesta matéria , contamos sobre a peregrinação do empresário Marco Antonio dos Reis, que sentiu necessidade justamente de fugir desta tão temida zona de conforto em que habitou por toda a vida. Diz ele que “ precisava reenergizar, sair da rotina, despertar uma consciência sem as distrações hiperativas de uma viagem repleta de roteiros milimetricamente planejados”. Porque somos tão habituados ao cálculo que até mesmo em viagens, costumamos estar dentro do planejado.
Não é preciso fazer viagens enormes e tão drásticas como as de Klink, de Alford, da família Nalu ou até as peregrinações de Ale Edelstein e Marco Antonio. Muitas vezes, apenas uma ida para a praia ou para o interior já é o suficiente para recarregar as baterias e energias, aproveitando para se conectar consigo mesma e com o mundo que nos cerca.
Por isso, é sempre importante se planejar para tirar um tempo onde se possa mudar de ares, de ideias. É sempre melhor manter a cabeça arejada e tirar as próprias conclusões sobre a realidade das coisas, por mais que o mercado de trabalho, cada vez mais, nos force a focar no nosso cantinho de mundo, como bem disse Twain. E você, já planejou sua próxima viagem hoje?
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