O som dos filhos

Pensar na infância dos filhos é, principalmente, ouvi-la.

12 de Outubro de 2023


Pensar na infância dos filhos é, principalmente, ouvi-la. Ouvir seus sons característicos dos pratos batendo, o pulo na piscina, o grito de "o almoço está pronto!". Ouvir as risadas, a voz que ainda não firmou e não para de mudar, ouvir até mesmo as birras e brigas. Ouvir suas dúvidas, suas perguntas mirabolantes, suas frases desconexas que ganham um quê de doçura por serem ingênuas. 

 

A infância ressoa, ela é mais do que um recorte no tempo, um período datado que se baseia na idade ou no desenvolvimento cerebral. A infância é, sobretudo, uma música. Ou várias músicas, que começam nas cantigas e vão até o pop pré-adolescente.  

 

Ela é a composição sonora doméstica de roupas lavando enquanto o filho faz a lição de casa, das cadeiras arrastando, a bola rolando na sala de casa, o protesto para não tomar banho. A infância é o eterno barulho das chaves do carro para levar na casa do amigo, é a pergunta "posso dormir aqui? Deixa vai!".  

 

E você deixa, mesmo sabendo que esses são os primeiros passos rumo a uma liberdade que não tem mais volta e só tende a crescer. E essa liberdade agridoce de se acompanhar. Ver um filho criar asas e ganhar o mundo com suas próprias pernas é como acompanhar um disco daquela banda que lançou vários álbuns premiados, mas começa a elaborar a sua turnê de despedida.  

 

Isso porque agora, os integrantes dessa banda querem trabalhar seus projetos solo, "músicas mais maduras", eles costumam dizer. E iniciar um novo momento em suas próprias vidas onde a junção de notas continuará existindo, mas operando em outra frequência, com a participação de alguns convidados especiais, mas sendo, sobretudo, solo.  

 

Nesse dia das crianças, esteja com seus ouvidos apurados para não perder nenhum som sequer dessa fase tão linda. Repleta de suas complexidades, é verdade, mas quando olhada de maneira integral, é um show à parte cujo camarote é reservado a vocês, pais. Não se distraia desse espetáculo pois, ao fechar das cortinas, não haverá bis. Ouça e, principalmente, sinta.  

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Para Inspirar

Idosos com pouco músculo tendem a viver menos

Pessoas com músculos fortes nos braços e pernas têm menos risco de morrer, revelou pesquisa da USP

1 de Agosto de 2019


Manter os músculos fortes de braços e pernas pode garantir bons anos a mais de vida lá na frente, revelou um novo estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A pesquisa analisou diversos fatores ligados à mortalidade em 839 homens e mulheres com 65 anos de idade ou mais.

Após acompanhar os voluntários durante quatro anos, os cientistas concluíram que o fator mais associado ao risco de falecer é a perda de músculos em áreas como braços e pernas. Os resultados apontam que mulheres da terceira idade com menos musculatura nessas regiões do corpo são 63 vezes mais propensas a morrer. Essa mesma possibilidade em homens é 11,4 vezes maior.

Pesquisa

Para chegar a esses números, os participantes passaram por exames para avaliar a composição corporal. Eles também responderam a questionários sobre dieta, atividade física, existência de doenças, entre outros fatores. Após os quatros anos da investigação, 15,8% dos participantes morreram, sendo 43,2% deles por problemas cardiovasculares.

De modo geral, os indivíduos que morreram faziam menos atividade física – algo que pode ajudar a evitar a perda de músculos. Não dá para dizer que um corpo pouco musculoso na terceira idade está associado a uma maior propensão a doenças do coração. Mas esse é um fator a ser observado entre os idosos.

A perda progressiva de músculos nessa fase da vida tem até nome: sarcopenia. De acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, a condição chega a afetar 46% dos indivíduos acima de 80 anos. O problema é que ela pode não ser notada quando, junto da perda muscular, ocorre ganho de peso – algo também muito comum na velhice.

As mulheres idosas tendem a engordar mais do que os homens. “Na mulher, aumenta o peso no corpo como um todo, sem predomínio da gordura abdominal”, Rosa Maria Rodrigues, uma das autoras do estudo, em entrevista à Galileu . Outra desvantagem da mulherada é que as alterações hormonais pós-menopausa acabam favorecendo a perda de massa magra.

Os homens, por outro lado, concentram mais gordura no abdômen – o que também pode ser perigoso: a cada 6 cm² a mais de gordura na região da barriga, dobra o risco de morrer. Segundo Rodrigues, o acúmulo de peso se concentra na barriga, e braços e pernas tendem a ficar mais magros.

Para evitar que isso aconteça – tanto em homens quanto em mulheres –, a pesquisadora afirma que o jeito é fazer atividade física. Melhor ainda se for exercícios de força, como musculação. A alimentação também conta. “A ingestão de proteínas, de origem animal ou vegetal, é fundamental para manter a massa muscular”, diz a pesquisadora.

Fonte: Vanessa Centamori, para Galileu
Síntese: Equipe Plenae
Leia o artigo completo aqui.

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