Para Inspirar
Na terceira temporada do Podcast Plenae - Histórias para Refletir, embarque na viagem da vida nômade com a família Nalu
13 de Dezembro de 2020
Leia a transcrição completa do episódio abaixo:
Everaldo “Pato": Eu percebi que depois de um ano, um ano e meio a bordo, minha filha e minha mulher não estavam mais felizes. A Bela já não era aquela menina que entrou no barco. Nem a Fabiana. Apesar dela ter vencido todos os medos, superado todos os limites dela, o que eu testemunhei. As duas estavam cansadas daquela vida, que era mais um sonho meu, do que um sonho delas. Quando eu percebi isso, e foi rápido, graças a Deus, eu aceitei que era o momento de interromper aquele projeto.
Lúcia Helena Galvão: A família Nalu conta uma história de vida bem diferente daquela que a gente está acostumado a ouvir. Ousam imaginar que dá para viver diferente. E vão viajando para todas as praias do mundo onde existem boas ondas. Num determinado momento percebem um novo sonho. A vontade de ter filhos dentro de um contexto tão diferente, onde todas as coisas consideradas como mínimas para ter uma família estável, eles não possuíam. Nem casa, nem cama, nem um endereço fixo, nem um lugar fixo para os filhos estudarem. E eles ousam, ousam mais uma vez jogar essas regras todas fora e fazem a tentativa. Tiveram dois filhos que brincam com conchas, que não ficam ligados em celular, que não estão nem aí para posses materiais e nem pra conforto. E aí a gente para pra pensar: "Ué, mas aquelas coisas não eram necessárias? Não eram fundamentais?". Logo a gente que às vezes estranha até quando pega um caminho diferente para ir ao trabalho. Bom, o que nós estamos procurando é a realização de nós mesmos, dos nossos sonhos, encontrar a nossa identidade. E pra isso tem que saber encontrar o essencial, e saber distinguir o que é supérfluo, o que é descartável, e não inverter as coisas. Fazer da vida uma aventura significa colocar os teus sonhos na frente de qualquer regra rígida que ameaça engessá-lo numa vida que não te realiza e não deixa você encontrar consigo mesmo no meio da rota. [trilha sonora] Geyze Diniz: Nossas histórias não acabam por aqui. Confira mais dos nossos conteúdos em plenae.com e em nosso perfil no Instagram @portalplenae. [trilha sonora]
Para Inspirar
Sempre de olho na espiritualidade e suas diversas manifestações, o Plenae traz para você uma lista de 4 religiões que você provavelmente não conhece. Confira!
11 de Novembro de 2020
Já te contamos aqui como alimentar a sua espiritualidade e porque isso é tão importante . Também trouxemos nas nossas duas temporadas do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir , dois convidados representantes do pilar Espírito que enfatizaram a importância do cultivo da fé em todos os âmbitos de sua vida.
Para Fernanda Souza , Deus é tão onipresente que não se restringe a uma só religião, pois não há barreiras para ele. Paulo Vicelli possui uma opinião parecida , e aprendeu por meio de uma relação íntima com a sua fé que não existe Deus errado.
Cid Moreira, por sua vez, também faz parte das pessoas que encontraram na espiritualidade um respiro e uma força interna, que refletiu em todos os âmbitos de sua vida. E, para se atingir essa elevação espiritual, há diversos caminhos. Conhecemos as religiões mais clássicas, como o Cristianismo, Evangelismo, Espiritismo, Umbandismo, Judaísmo e outras.
Porém, há vários tipos de fé sendo praticados ao redor do mundo - muitas, por grupos pequenos que buscam, assim como as outras manifestações religiosas, responder dúvidas existenciais do ser humano.
Pensando na força da cultura e da espiritualidade, o Plenae separou uma lista com cinco religiões não tão comuns, mas que possuem o mesmo ideal que qualquer outra: praticar o bem com base em suas próprias crenças. É interessante observar como, ainda que preguem de outras maneiras, todas elas são muito influenciadas uma pelas outras. Confira:
Caodaísmo, significa “terceira grande amnistia religiosa universal”, mas é também conhecido por Cao Dai, “morada alta” em vietnamita. A religião, que surgiu justamente no Vietnã em 1926, é uma combinação de elementos do Budismo, Taoísmo, Hinduísmo, Islamismo, Catolicismo e até Confucionismo.
Contando com cerca de 8 milhões de seguidores atualmente, sobretudo no Vietnã e em alguns pontos da Oceania. Sua missão é fazer do mundo um lugar mais tolerante.
Seu deus único, o Cao Dai, seria o responsável pela criação da vida, pela reencarnação e até pelo karma. Ele é representado como um olho esquerdo inserido num triângulo, e não possui um gênero ou uma forma.
Você confere mais informações sobre a criação dessa religião
neste link
, além do vídeo de uma cerimônia dessa religião aqui nesse vídeo.
Surgido no início do século 20, mas baseado em uma corrente criada no século 19 (o “Donghak”, de 1860), o Cheondoísmo surgiu na Coréia e por ali ficou majoritariamente até hoje - tanto na do Norte, como na do Sul.
Para os chedonístas, Deus mora dentro de cada pessoa ( semelhante ao Panteísmo , lembra?) e, por isso, devemos ser bons e altruístas ainda vivos, pois não há vida após a morte, há somente a experiência que estamos vivenciando agora - e que deve ser boa. Essa presença divina em todos os seres pode também ser comparada ao céu - que é o que há de melhor no quesito bondade.
Além de semelhanças com o Panteísmo, o Cheondoísmo também bebeu de fontes do Monoteísmo e do Cristianismo - ainda que renegasse as culturas ocidentais. Seu texto sagrado é a “Grande Escritura Sagrada”, onde os fiéis consultam os mandamentos na palavra do Hanulnim (o Mestre Céu dentro de todas as coisas vivas).
Há aproximadamente 1 milhão de seguidores na Coreia do Sul e cerca de 280 igrejas por lá. Já na Coreia do Norte, estima-se que haja até 2,8 milhões, sendo a segunda principal religião.
Zoroastrismo, Masdeísmo ou Parsismo: esses são os possíveis nomes que podem se dar à uma mesma crença, baseada nos ensinamentos do profeta Zoroastro, que viveu no primeiro milênio antes de Cristo no Irã.
Essa crença é pautada sobretudo na velha dualidade de muitas religiões: o bem e o mal. Portanto, seus seguidores acreditam na existência de um paraíso, em ressurreição, em juízo final e na vinda de um messias que iria salvar a humanidade.
Como essa corrente antecedeu a maior parte das religiões que hoje conhecemos, pode-se dizer que ela serviu então de influência para Judaísmo, Cristianismo, Islamismo, entre outras que também são monoteístas.
E por falar em um único Deus, o do Zoroastrismo seria o Deus Ahura Mazda, responsável por mediar as forças do caos e vencer a luta das divindades contra Arimã (o representante do “mal”).
Hoje em dia, há poucos seguidores no mundo - cerca de 150 mil seguidores - e estão concentrados principalmente na Índia e no Irã. Mas ela um dia foi tão forte e popular, a ponto de causar desafetos e até uma corrente contrária, o Mazdakismo.
Fundado pelo profeta Mazdak, a corrente visava uma diminuição das formalidades religiosas, do acúmulo de riqueza e o fim do clero. Para eles, as outras religiões - sobretudo o Zoroastrismo - oprimia o povo persa e causava muita pobreza. Você confere mais informações
aqui
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Surgido na Índia há 2500 anos, o Jainismo, assim como outras religiões já citadas anteriormente, possui elementos do Hinduísmo e do Budismo. Para eles, não há um Deus criador e todo poderoso, mas sim nossos ciclos de renascimento pessoais, onde só cabe a nó mesmos buscar atingir a perfeição e elevação espiritual.
Há também os chamados “Doze Votos”, que nos ensinam a como se livrar do karma durante a vida. Neles, constam lições como “não praticar violência” ou “não consumir produtos de origem animal” como passos simples para a evolução.
Ela é uma das religiões mai antigas do mundo e tem, até hoje, cerca de 4 milhões de seguidores, além de vários templos na Índia e alguns poucos na Europa e na América do Norte.
Apesar das semelhanças com óbvias com o Budismo, ela se mantém original, pois nunca possuiu um “líder missionário” como o Buda, por exemplo. Até mesmo a origem do seu nome é original: ela possui origens no verbo sânscrito jin, que significa "conquistador". E é isso que se espera de seus seguidores: conquistar a libertação do mundo por meio dos estágios e com a força das paixões.
Os jainas, como são chamados, reconhecem “jiva”, ou seja, alma, em todas as pessoas, animais, plantas e manifestações da natureza como cachoeiras. Para eles, tudo isso teria valor igual e estariam interligados “na teia de existência por elos “kármicos”.
Em 1992, um movimento religioso chamado Falun Gong surgiu na China, criado por Li Hongzhi. E ele possui muitas semelhanças tanto com o Jainismo quanto com o Budismo, Taoísmo e até folclore chinês.
Para eles, um dos passos para se obter a tão sonhada renovação mental e espiritual é por meio da meditação. Em 1999, quando a corrente já contava com 10 milhões de seguidores, o governo chinês passou a perseguir Falun Gong, que fugiu para os Estados Unidos, e ainda conta com o apoio de milhares de fiéis.
Perceba como a espiritualidade é sempre uma manifestação fervorosa, que faz parte da trajetória pessoal de cada ser humano. Para o Plenae, não importa qual é a sua corrente espiritual, o que importa é que a linha de chegada seja sempre a evolução espiritual e a procura em estar sempre ao lado do bem. E você, como reconhece a sua própria fé?
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