Para Inspirar

Exercício dá ao idoso imunidade de jovem

O bom condicionamento protege e fortalece o sistema imunológico de idosos, que passa a funcionar como se fosse o de um jovem de 20 anos

22 de Janeiro de 2019


Mais uma vantagem da prática exercícios físicos regulares. O bom condicionamento protege e fortalece o sistema imunológico de idosos, que passa a funcionar como se fosse o de um jovem de 20 anos. O estudo foi publicado na revista Aging Cell, da Sociedade de Anatomia do Reino Unido e da Irlanda.

Os pesquisadores analisaram 125 ciclistas adultos muito ativos, com idades entre 55 e 79 anos. Fizeram exames de sangue para marcadores de células T, que são conhecidas por ajudar o sistema imunológico a combater infecções. Eles foram comparados com pessoas da mesma faixa etária que não se exercitaram regularmente, assim como adultos jovens entre 20 e 36 anos.

De volta aos 20 anos
. A atividade das células T foi maior nos adultos ativos do que nos homens e mulheres inativos. E, surpreendentemente, chegou ao mesmo nível de atividade das células dos adultos jovens na faixa dos 20 anos. “O sistema imunológico diminui anualmente de 2% a 3%, a partir dos 20 anos. É por isso que os idosos são mais suscetíveis a infecções, doenças inflamatórias como artrite reumatoide e ao câncer”, disse a autora do estudo Janet Lord, diretora do Instituto de Inflamação e Envelhecimento da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, à rede de notícias BBC.

“Como os ciclistas voltaram a ter a imunidade de um jovem, isso significa que eles aumentaram a proteção contra todos esses problemas.” Os pesquisadores escreveram no relatório que o envelhecimento é um processo complexo, que envolve muitos fatores, como genética, meio ambiente e estilo de vida.  

Segundo eles, a atividade física ou inatividade pode ser um fator importante na maneira como envelhecemos e que o sistema imunológico pode funcionar muito bem, apesar da idade. O futuro. Janet pretende continuar os estudos com os ciclistas. “Nosso objetivo, dessa vez, será testar a função imunológica, principalmente a resposta à vacinação, como prova clínica do impacto benéfico da atividade física na terceira idade.”

Leia o artigo original aqui.

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Como a meditação altera o formato do cérebro?

Os benefícios da meditação são muitos, mas você sabia que ela pode alterar áreas importantes do seu cérebro?

24 de Janeiro de 2022


Que a meditação é poderosa, já sabemos. Para além de te acalmar, ela pode te ajudar a melhorar a percepção sobre a aparência de uma pessoa, a viver mais e retardar o envelhecimento e, claro, melhorar a memória e a atenção de uma pessoa


Mas estudos recentes mostram que meditar, mesmo que por um curto período por dia, mas de forma frequente, pode alterar até mesmo a anatomia do nosso cérebro. A neurocientista Sara Lazar, do Hospital Geral de Massachusetts e da Harvard Medical School, nos Estados Unidos, é uma prova disso. 


Ao perceber os benefícios da meditação sobre si mesma, que começou a praticar após sofrer uma lesão, ela passou a observar em outros praticantes, com mais tempo de estrada do que ela. Como revelou a revista Época, os resultados do estudo conduzido por ela com pessoas que meditavam há pelo menos 5 anos, mostraram que houve um aumento em suas massas cinzentas em várias áreas do cérebro, incluindo o córtex auditivo e sensorial. 


De acordo com a neurocientista, a meditação Mindfulness - aquela que fala sobre a atenção plena - faz com que o indivíduo diminua a velocidade e tome consciência do momento presente, incluindo as sensações físicas, como a respiração e os sons ao redor. 


Memória para que te quero?


Outra descoberta importante foi também relacionada ao aumento de massa cinzenta nos praticantes, mas dessa vez, em áreas relacionadas à tomada de decisões e memória. O curioso é que justamente essa área é a que tende a diminuir com a idade. Mas nos indivíduos com mais de 50 anos e que meditavam com frequência, sua massa cinzenta correspondia a de uma pessoa com 25 anos. 


Quando o cérebro do francês Matthieu Ricard, phD em genética celular e monge desde os 26 anos, foi estudado, novas revelações foram descobertas. Foram colocados 256 sensores em sua cabeça para medir sua atividade neural com um aparelho de ressonância magnética. Durante a medição, tanto Matthieu quanto outros voluntários praticavam a meditação da compaixão.


Quando comparado aos voluntários que não possuíam a mesma experiência que ele, os resultados eram impressionantes. O cérebro de Ricard produzia uma quantidade anormal de ondas gama, que são oscilações eletromagnéticas produzidas quando neurônios trabalham em sincronia, todas ligadas à consciência, memória, aprendizado e atenção. E o mais incrível de tudo: nunca haviam sido registradas ondas gama tão fortes na literatura neurocientífica.


Foi detectada também uma forte atividade no lobo frontal esquerdo que, de acordo com os pesquisadores, fazia com que Ricard se sentisse mais feliz do que a média da humanidade e tivesse menos pensamentos negativos. Para ele, a meditação é um treino, e a felicidade, o resultado sistemático de bons pensamentos, princípios e desejos.


Pesquisa nacional


Aqui no Brasil, o Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo, também realizou sua própria pesquisa. Os cientistas fizeram exames de neuroimagem em 39 voluntários, dentre eles, meditadores frequentes e não meditadores. Foi comprovado cientificamente que, os que possuíam ao menos 3 anos de experiência com a prática, apresentavam mais eficiência em tarefas que exigiam atenção.  


A pesquisa também mostrou que existia uma diferença física na cabeça dos meditadores experientes: eles possuíam mais massa cinzenta em áreas corticais, relacionadas à atenção e ao raciocínio. Pense em um músico que precisa sincronizar voz, toque, mente. Essa tarefa, impossível para muitos, torna-se automática para eles depois de um tempo. O mesmo acontece com a busca pelo foco dos meditantes: é mais eficaz e automática com o tempo de prática da meditação. 


Há inúmeros outros estudos possíveis de serem citados que revelam os benefícios da meditação. Ela é poderosa para retardar processos degenerativos como Alzheimer e Parkinson, ela ajuda a ter uma melhor noite de sono e mais produtividade no trabalho e pode aumentar seus sentimentos de gratidão e reduzir significamente o seu estresse.


Em uma prática tão simples, onde há vários modelos a serem exercitados, não necessitando de um espaço físico  específico para realizá-la, só fica a critério do praticante se manter firme e torná-la uma realidade constante em sua vida. Que tal começar com esses 3 passos simples que ensinamos por aqui? Aproveite o começo do ano e mude seus hábitos!

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