Para Inspirar

Evento Plenae: A importância das relações para longevidade

Existe uma grande diferença entre ter amigos que interagem pessoalmente com você e aqueles que conversam a distância. O cara a cara libera ocitocina que reduz o cortisol (biomarcador de estresse) e libera dopamina.

29 de Junho de 2018


As mulheres vivem oito anos a mais do que os homens, em média. A psicóloga canadense Susan Pinker tinha a certeza que descobrir o porquê desse fato seria a chave para aumentar a longevidade humana. Então, pegou o avião com a filha e foi para uma das Zonas Azuis – regiões com a maior população de centenários do globo –, a Sardenha, na Itália. Lá, homens e mulheres surpreendentemente têm a mesma expectativa de vida. A Sardenha é uma ilha localizada ao sul da Córsega e ao norte da Tunísia. Tem 1,6 milhão de habitantes, um pouco mais que a população de Campinas no interior de São Paulo. A economia é baseada na pecuária e no turismo. As casas são pequenas, construídas próximas e em ruas estreitas. Como toda vila antiga, seu centro abriga uma praça e uma catedral. Na época em que foi construída, a coalizão da população era um fator de proteção contra invasores. A primeira coisa que Susan descobriu foi que a longevidade não era apenas um fator genético (25%), mas que estava mais ligada aos hábitos de vida (75%). Ela também percebeu que a arquitetura adensada também propiciava que as pessoas estivessem sempre se encontrando. “Quando eu saía à rua, sentia as pessoas me observando das janelas. Em uma comunidade pequena como essa, os estranhos são observados com um certo cuidado”, conta Susan. O passo seguinte foi entrevistar alguns centenários. Entre eles, Giovanni Corrias, um senhor “rabugento” que dependia da cadeira de rodas para se movimentar. “Quando perguntei o que ele fazia para viver tanto, respondeu: ‘Ninguém precisa saber o meu segredo’”, conta Susan. Mesmo com o gênio ruim, a sobrinha o chamava de “meu tesouro”. A pesquisadora perguntou a ela se não era difícil ficar com um idoso por tanto tempo. Enfim, isso a impedia de sair quando quisesse. “Você não entendeu nada”, respondeu a sobrinha. “Para mim é um privilégio.” Os indivíduos que envelhecem nessa região estão sempre cercados de pessoas, ao contrário de outros lugares. Recebem visitas constantemente. E, culturalmente, são o centro da casa.

A partir dessa pesquisa de área e de resultados globais de outros pesquisadores, Susan fez um ranking dos fatores que mais influenciam a longevidade:
  1. Interação Social
  2. Relações próximas (os melhores amigos)
  3. Parar de fumar
  4. Parar de beber
  5. Vacina contra a gripe
  6. Reabilitação cardíaca
  7. Exercícios
  8. Índice de Massa corporal
  9. Hipertensão
  10. Ar puro
Susan avisa que existe uma grande diferença entre ter amigos que interagem pessoalmente com você e aqueles que conversam a distância. O cara a cara libera ocitocina que reduz o cortisol (biomarcador de estresse) e libera dopamina. “As pessoas não percebem isso. Mas são essas substâncias que promovem a sensação de prazer”, explica a psicóloga. “Alguns símios têm o hábito de catar piolho uns dos outros. É uma forma de interação comum entre eles. O costume, ao contrário do que se poderia se pensar, não aumentava a transmissão de piolhos, segundo uma pesquisa recente. Apenas traz felicidade.” Para o homem, a interação social também só ajuda.


Compartilhar:


Para Inspirar

Nem a raiva diminuiu os efeitos positivos da felicidade

Os efeitos das boas e más emoções sobre a saúde e a longevidade ainda é objeto de muitas pesquisas científicas.

3 de Maio de 2018


Os efeitos das boas e más emoções sobre a saúde e a longevidade ainda é objeto de muitas pesquisas científicas. A raiva, o desprezo e a tristeza são capazes de trazer malefícios ao organismo? E a felicidade, a autoconfiança e a disposição influenciam de fato positivamente? Um estudo de mais de duas décadas, realizado por pesquisadores da Universidade de Bordeaux, na França, mostra que os sentimentos positivos estão associados, sim, à longevidade e os negativos não parecem ser um fator de risco à vida. Os pesquisadores Kamel Gana, Guillaume Broc, Yaël Saada, Hélène Amieva e Bruno Quintard examinaram as relações entre os componentes do bem-estar subjetivo – que mede o índice de satisfação da vida, uma mistura de sentimentos positivos e negativos – e a mortalidade por todas as causas em adultos mais velhos. A análise de tempo de sobrevivência foi aplicada aos dados de um grupo de 3.777 homens e mulheres, entre 62 e 101 anos, que foram avaliados dez vezes durante 22 anos. Fatores de pouca ou nenhuma variação (idade, sexo, linha basal da satisfação com a vida, diabetes e dosagem de colesterol) e fatores com muita variação (emoções positivas, emoções negativas, demência, autonomia e estado de saúde auto-avaliada) foram incluídos sequencialmente nas análises. Quando agregados ao modelo estabelecido pelos pesquisadores, apenas as emoções positivas mostraram associação com a longevidade em 95% dos entrevistados. Os benefícios persistiram mesmo quando interagiram com os negativos e ajustados com as condições médicas anteriores, estado funcional e auto-avaliação. As emoções positivas provaram ser um fator de proteção independente das variações negativas. Vejo o estudo completo aqui .

Fonte: Science Direct Síntese: Equipe Plenae

Compartilhar:


Inscreva-se na nossa Newsletter!

Inscreva-se na nossa Newsletter!


Seu encontro marcado todo mês com muito bem-estar e qualidade de vida!

Grau Plenae

Para empresas
Utilizamos cookies com base em nossos interesses legítimos, para melhorar o desempenho do site, analisar como você interage com ele, personalizar o conteúdo que você recebe e medir a eficácia de nossos anúncios. Caso queira saber mais sobre os cookies que utilizamos, por favor acesse nossa Política de Privacidade.
Quero Saber Mais