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Evento debate o futuro da longevidade no Brasil

O futuro da longevidade foi tema de um encontro que reuniu especialistas brasileiros e estrangeiros em São Paulo, no XIII Fórum da Longevidade da Bradesco Seguros

22 de Novembro de 2018


O futuro da longevidade foi tema de um encontro que reuniu especialistas em São Paulo. No XIII Fórum da Longevidade da Bradesco Seguros, palestrantes do Brasil e do exterior debateram sobre saúde, finanças, tecnologia e trabalho, entre outros assuntos relacionados à vida longeva. Na abertura do evento, o médico Alexandre Kalache , presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil, falou que hoje a vida está mais para uma maratona do que para uma corrida de 100 metros. Segundo ele, é preciso preparar-se para uma longa jornada, tendo flexibilidade e resiliência para se reinventar no percurso. Antigamente, apontou Kalache, o curso da vida era: aprender na infância, trabalhar, ter filhos e aposentar-se para curtir a velhice. Se vamos trabalhar mais por mais tempo, porém, por que não tirar um sabático aos 45 anos para decidir o que fazer na segunda metade da existência, perguntou o médico. Na sequência, a administradora de empresas e mestre em gerontologia Denise Mazzaferro falou sobre trabalho na velhice. Por causa da longevidade, as pessoas passarão a trabalhar por mais tempo – muitos por necessidade financeira, mas muitos também por vontade própria. Mazzaferro acredita que transições de carreira serão cada vez mais corriqueiras. “Todo mundo tem direito de experimentar novas habilidades, não apenas o jovem”, afirmou. Ciência e tecnologia A promessa da vida eterna foi o tema da palestra de Lygia da Veiga Pereira , pesquisadora e professora da Universidade de São Paulo (USP). Pereira explicou que os humanos são 99,8% idênticos no genoma – apenas 0,2% nos diferencia nas características individuais. O grande desafio da ciência genética é determinar quais dessas variações estão associadas a fatores como predisposição para doenças e respostas a medicamentos. “O estudo do genoma pode ajudar a criar novas oportunidades em saúde, terapias e métodos preventivos”, disse. De acordo com ela, uma pesquisa revelou que uma proteína do plasma do cordão umbilical humano é capaz de revitalizar o cérebro de camundongos. O trabalho segue em curso para descobrir se o efeito também se aplica à mente dos homens. O inglês Stephen Johnston, fundador da Aging 2.0, plataforma de inovação para melhoria da qualidade de vida de idosos, abordou a importância da tecnologia para quem vive mais. “A tecnologia é um presente incrível porque pode nos trazer sabedoria, colaboração e nos dá a oportunidade para fazer coisas melhores", disse. Como exemplos de inovação ele citou a plataforma de moradia compartilhada Nesterly , que conecta pessoas de diferentes gerações, e uma espécie de exoesqueleto discreto que ajuda na mobilidade dos idosos. “Queremos construir uma sociedade intergeracional e mudar a percepção negativa que muitas pessoas têm do envelhecimento”, afirmou. Quem vai cuidar de você? No painel sobre o futuro da saúde, a assistente social Marilia Berzins, especialista em gerontologia, provocou o público: “se você chegar à velhice, quem vai cuidar de você?”. De acordo com ela, o sistema político está fundamentado no modelo do familismo, isto é, em que o cuidado cabe aos parentes. “Essa família do imaginário não existe mais. Os núcleos estão menores e não têm renda para arcar com os custos do idoso”, apontou. Esse formato, segundo Berzins, reforça a desigualdade de gênero, uma vez que 95% das cuidadoras são mulheres. A saída é os homens se apropriarem da função de cuidar do outro, começando pelo próprio filho, para um dia poder cuidar da mãe e da mulher. No mesmo debate, Alexandre Kalache afirmou que há três epidemias atuais: solidão, obesidade e saúde mental. Em dez anos, a última será a principal causa de incapacidade e absenteísmo nas empresas, de acordo com ele. A geriatra Maisa Kairalla completou o painel, falando sobre a necessidade de se treinar profissionais de saúde para lidar com o envelhecimento, uma vez que não há geriatras suficientes no país para atender a população idosa. Dinheiro na poupança Poupar hoje para ter dinheiro amanhã. Essa foi a mensagem da jornalista especializada em finanças pessoais Mara Luquet. “O ponto de partida é aprender a fazer escolhas e transformar isso em um hábito da vida toda”, disse. “Educação financeira não é somente guardar, mas aprender que não se pode ter tudo.” Para a jornalista, é um erro comum esperar sobrar dinheiro para só então começar a guardar para o futuro. "Se você pensa assim, provavelmente não vai começar nunca", afirmou ela. Assim como Denise Mazzaferro, Luquet acredita que as pessoas não querem parar de trabalhar na velhice, mas desejam segurança financeira para ter liberdade de escolher o que fazer. Fotógrafo: Fábio Moreira Salles

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Boas relações familiares protegem a saúde, diz estudo

Relacionamentos com pais e irmãos têm maior impacto sobre a longevidade do que com o cônjuge, segundo pesquisa

2 de Dezembro de 2019


Se você perguntasse a pessoas em relacionamentos românticos qual indivíduo tem maior impacto sobre sua saúde e bem-estar, elas provavelmente apontariam para o parceiro. No entanto, uma nova pesquisa científica publicada no periódico Journal of Family Psychology revelou que os pais e irmãos causam maior peso na saúde de uma pessoa do que seu cônjuge. De acordo com o estudo, tensões familiares podem estar relacionadas a doenças. O oposto também é verdadeiro: o bom relacionamento com pais e irmãos está associado à longevidade. Os pesquisadores estudaram dados de 2.802 pessoas coletados entre 1995 e 2014, com perguntas sobre relações familiares e íntimas. Ao analisar a saúde dos participantes, descobriram que indivíduos com laços familiares tóxicos sofriam de mais doenças, enquanto relacionamentos íntimos - bons ou ruins - não demonstravam grande efeito sobre saúde das pessoas. Esses achados contradizem pesquisas anteriores, que apontaram o casamento como o tipo de relação humana com maior influência no bem-estar dos adultos. Segundo os cientistas, parceiros românticos podem mudar ao longo da vida, mas a família de origem, não. Isso não quer dizer que o cônjuge não tenha qualquer efeito sobre nossa saúde, mas o peso de nossos pais e irmãos parece ser muito mais poderoso. Os pesquisadores recomendam priorizar esses laços e procurar o apoio da terapia familiar, se necessário. "É importante cuidar da relação com a família, especialmente porque elas podem ter sérias consequências para a saúde física", afirmou a principal autora do estudo, Sarah Woods, professora assistente de medicina familiar e comunitária da Universidade do Texas, nos Estados Unidos. Fonte: Julia Ries, para Vice Síntese: Equipe Plenae Leia o artigo completo aqui .

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