Para Inspirar

Dia da Consciência Negra: por dentro dos termos dessa luta

Mais do que o que falar e o que não falar, é preciso saber o que a população negra reivindica e quais são os termos dessa luta. Reunimos alguns para você aqui!

20 de Novembro de 2023


Estamos em novembro, mês dedicado a pensar ainda mais sobre a população preta e suas lutas. Sabemos que essa consciência deve expandir para todos os dias e não só no dia 20, é claro. Mas, por que não aproveitar a chance de refletirmos ainda mais? Por aqui, já falamos sobre alguns atletas negros para nos inspirar, falamos sobre o movimento do afroempreendedorismo, 7 formas de apoiar a causa preta noseu dia a dia, um pouco sobre viés inconsciente e muitos participantes pretos em nosso podcast!

Agora, decidimos criamos um glossário que pode ser bastante pertinente. Mais do que falar sobre as palavras proibidas e ofensivas, que tal conhecer aquelas que representam as lutas dessa, que é a maioria da população –
segundo dados mais recentes do IBGE -, mas infelizmente ainda é vítima de tanta violência? A seguir, separamos algumas para você conhecer!

A

Apropriação cultural

É o ato de se apropriar de elementos de outra cultura da qual você não é parte e desconsiderar, por exemplo, os seus significados e as tradições que há por trás de um símbolo. Isso pode ser feito por um indivíduo ou até pela indústria. 

B

Branquitude

É o termo usado para designar a identidade branca e faz parte de uma construção social, ou seja, não passa de uma ideia. É essa identidade racial branca que permite que o sujeito branco se coloque em uma posição de poder, privilegiada e superior, e que promove a construção social e a reprodução da discriminação racial.

C

Colorismo

É quando um sujeito discrimina outro a partir da cor da pele – e não só do conceito de raça. Ele é ainda pior para negros de pele escura, pois quanto mais clara sua pele, menos “negro” ele pode ser considerado. Isso é também um entrave para a identidade racial, ou seja, o negro de pele clara pode ter dificuldade em se enxergar como negro, mas também não é tratado como branco na sociedade. 

D

Desigualdade racial

É toda situação injustificada de diferenciação de acesso e fruição de bens, serviços e oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude de raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica, segundo o Estatuto da Igualdade Racial, Lei 12.228 de 20 de julho de 2010).

E

Etnia

Nome dado a um conjunto de línguas, comportamentos, cultura e características físicas compartilhadas por um determinado grupo de pessoas. 

F

Feminismo negro

Ele é como o feminismo, ou seja, um movimento social que defende a equidade e o respeito às mulheres. Porém, esse segmento traz como protagonistas principais as mulheres negras e suas particularidades, pois há direitos específicos que precisam ser reivindicados levando essa parcela da população em conta e há lutas que mulheres brancas desconhecem, pois são maiores do que a ideia de gênero.

I

Interseccionalidade

Relacionada também ao tópico anterior, a interseccionalidade é o encontro entre dois pontos. Nesse contexto, ela diz respeito às diferentes opressões da sociedade e o fato delas não atuarem sozinhas. Ou seja, há alguns tipos de exclusões e desigualdades que não podem ser examinadas de forma isolada, pois se relacionam com outros tipos de exclusões e suas interações potencializam a opressão.

N

Negritude

Apesar de ter o mesmo sufixo de branquitude, a negritude é um movimento de caráter político, ideológico e cultural, e que busca o oposto de seu antagônico: a valorização e exaltação dos valores culturais dos povos negros afrodescendentes.

Políticas de afirmação

São políticas públicas e sociais que buscam reconhecer e exaltar as diversidades existentes entre a população negra e não-negra. Seu objetivo maior é minimizar as distâncias socioeconômicas e culturais entre esses dois polos e garantir a equidade de oportunidades para todos para um dia eliminar de vez os efeitos da discriminação contra grupos de minoria.


Q

Quilombola

Nome dado ao grupo de escravos refugiados em quilombos e seus descendentes, cujos antepassados fugiram de seus cativeiros e formaram os vilarejos chamados de quilombos. Esses descendentes hoje possuem direitos específicos, segundo decreto de novembro de 2003: “são grupos étnico-raciais segundo critérios de auto atribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida. (Decreto nº 4.887)

R

Raça/etnia

É um conceito social, já que do ponto de vista biológico, somos parte da mesma raça (a humana). Ele foi criado historicamente com uma finalidade sociopolítica de discriminação, criando agrupamentos humanos a partir de suas características comuns – a cor da pele, por exemplo. Mas ele é sempre determinado pelas relações de poder existentes em uma sociedade isso varia de uma para a outra: negro, branco ou mestiço, por exemplo, não é igual no Brasil e na Inglaterra. Enquanto por aqui nos baseamos em marca (aparência ou fenótipo) em relação a negros, étnico (em relação a indígenas) e outros, e em outros países pode ser de origem (ascendência) inclusive para negros.

Pronto! Agora você já sabe algumas palavras extremamente importantes para somar a essa luta. Sempre que não souber, pesquise: não há problema em não saber, mas há problema em não buscar esse conhecimento. Essa é uma luta que exige união para que ela enfim acabe e a equidade possa reinar entre todos nós.

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O que a Sardenha pode nos ensinar sobre longevidade

Respeito pelos mais velhos, prática de exercícios e uma vida de trabalho relaxada promovem bem-estar

10 de Junho de 2019


Quando o explorador, pesquisador e autor Dan Buettner começou a investigar o conceito de Zonas Azuis - as cinco regiões do mundo onde as pessoas vivem mais tempo - , ele foi capturado pela Sardenha , uma ilha italiana no Mar Mediterrâneo. Na Sardenha, há tantos centenários quanto centenárias, uma raridade que chamou a atenção de Buettner. "Esta região é diferente, porque é onde os homens vivem mais tempo", disse Buettner à NBC News Better . “Para cada homem centenário nos EUA, há cinco mulheres centenárias. Na Sardenha, a proporção é de um para um.” Como em todas as Zonas Azuis, Buettner afirma que não há uma causa determinante, mas vários fatores que, como um todo, contribuem para a longevidade. Inclusão etária Ao contrário de muitos países do Ocidente, onde os idosos vivem segregados da sociedade, na Sardenha eles são integrados. As pessoas mais velhas são admiradas por sua sabedoria e colocadas para trabalhar, se possível, como todas as outras pessoas da família. "Seria uma vergonha para a família ter pais idosos em uma casa de repouso. Então, quando as pessoas mais velhas estão em casa, elas cuidam do jardim, limpam a casa, cozinham ou olham as crianças", diz Buettner. Sebastian Piras, fotógrafo e cineasta da Sardenha que mora em Nova York, mas mantém uma casa na ilha e a visita com frequência, diz que os membros mais velhos costumam morar com seus filhos adultos. “Geralmente haverá duas ou três gerações morando na mesma casa”, diz Piras. "A conexão familiar é forte e existe um esforço em manter a família unida.” Vinho rico em antioxidantes Nos últimos anos, Piras observou que os hábitos alimentares estão se expandindo na Sardenha. Isto parece ser o resultado de a região se tornar mais acessível a pessoas de fora, assim como o fluxo de imigrantes trazendo seus próprios estilos para a cozinha. Mas um ingrediente básico persevera: o vinho cannonau, que Buettner aponta, é particularmente rico em antioxidantes. Dieta e exercício Buettner diz que a culinária da Sardenha é essencialmente camponesa. "A comida é composta por feijão, verduras e grãos integrais", afirma. “Eles também comem muito pão e queijo, principalmente Pecorino.” Para Buettner, no entanto, a dieta é responsável por "talvez apenas 25 por cento" do quadro de longevidade na Sardenha. Um componente maior que contribui para a vida longa da população pode ser a quantidade de exercício que as pessoas praticam todos os dias. Por causa da natureza íngreme e montanhosa da paisagem, e do "estilo de vida pastoral" ativo, como diz Buettner, "eles estão recebendo exercícios de baixa intensidade e média intensidade o tempo todo. Há dezenas de períodos de esforço físico ao longo do dia e as pessoas não estão dirigindo na maior parte do tempo; eles estão andando. Almoço rico Na Sardenha, o almoço é a maior refeição do dia, composta por três pratos, possivelmente com salada, massa caseira e queijo pecorino. Trata-se de uma refeição rica, seguida de uma soneca. Muitas pessoas não precisam voltar ao escritório depois do almoço. O jantar é a refeição mais leve do dia, tipicamente servido no fim da noite, enquanto o café da manhã se toma cedo e muitas vezes é bem doce. Baixo estresse Trabalho com baixa carga de estresse é outro ingrediente da longevidade da Sardenha, segundo Buettner, especialmente para os homens. Os homens são tradicionalmente os chefes de família na Sardenha, enquanto as mulheres gerenciam a casa, as crianças, as refeições e as finanças "Essas pessoas não estão sentadas em um escritório durante todo o dia e, em seguida, tentando chegar à academia", diz Buettner. “Elas têm uma vida de trabalho relaxada e, geralmente, se você lhes perguntar as prioridades, você ouvirá repetidas vezes que a família é a número um. E não há opção para a solidão.” Fonte: Nicole Spector, para NBC News Better Síntese: Equipe Plenae Leia o artigo completo aqui .

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