Para Inspirar

Boris Casoy em "Ficar sem fazer nada é abrir a porta para a depressão"

A oitava temporada do Podcast Plenae está no ar! Confira a história do jornalista Boris Casoy. Aperte o play e inspire-se!

12 de Junho de 2022


Leia a transcrição completa do episódio abaixo:


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Boris Casoy: Aos 80 anos, a minha vida se modificou. Eu tive que sair da RedeTV, devido a pandemia, e eu acabei seguindo por um caminho que eu já tinha imaginado percorrer, de fazer o Jornal do Boris na internet. Mais recentemente, fui contratado como comentarista da CNN.

A minha manhã estava totalmente ocupada, mas a tarde e a noite estavam livres, e eu acho que ter dois períodos do dia pra fazer nada é muito tempo vazio. Aí eu resolvi prestar vestibular e estudar veterinária, um desejo que eu tinha há muito tempo, materializado por um amor e uma grande curiosidade pelos animais. 


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Geyze Diniz: Qual é a idade limite para se realizar sonhos? Não existe idade quando o sonho é um propósito. Boris Casoy tem uma carreira consolidada na TV há mais de 50 anos, mas ainda é um calouro nos bancos da faculdade de veterinária. Conheça a história que fez Boris Casoy voltar para as salas de aula, aos 80 anos, para realizar um sonho. Ouça no final do episódio as reflexões do rabino, escritor e dramaturgo Nilton Bonder para te ajudar a se conectar com a história e com você mesmo. Eu sou Geyze Diniz e esse é o Podcast Plenae. Ouça e reconecte-se.


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Boris Casoy: Até os 9 anos de idade, eu praticamente não andei. Eu e a minha irmã gêmea tivemos poliomielite, uma doença para a qual não havia vacina naquela época, foi em 1942. A minha família tinha boa condição financeira e a minha mãe nos levou para os Estados Unidos, onde fomos operados. O problema foi remediado e eu fiquei com poucas sequelas, mas eu praticamente perdi a minha infância.


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Naquela época, a psicologia era uma coisa associada à loucura, então, como não era hábito, eu não tive nenhum auxílio psicológico para lidar com a minha paralisia. Nada, absolutamente nada. Quando entrei na adolescência, a partir dos 13, 14 anos, eu me tornei um garoto problema. Eu fazia o que eu queria, era birrento, era briguento e não estudava muito bem. Na minha cabeça, eu estava recuperando o tempo perdido, fazendo tudo que eu não tinha podido fazer antes. 


Eu não era malvado, malvaaaaado, mas era agitado e não me adaptava às restrições da época. Saía de casa sem autorização da minha mãe, pegava a bicicleta e ia longe. A bicicleta equivalia a um par de asas. Jogava futebol na rua, o que na época era algo MUITO grave, perseguido pela polícia, porque a vizinhança reclamava. A minha mãe achava que era coisa de moleque da rua, uma expressão muito forte naquela época, muito cerca, muito próximo de um marginal. 


Ao mesmo tempo, dentro daquela desobediência que levava a marca da pólio, curiosamente foi brotando dentro de mim um interesse pelos mistérios do universo, pela busca da presença divina. E esse interesse se materializava na contemplação da natureza e numa estima muito grande por animais. A gente não tinha nenhum bicho em casa, porque a minha mãe não era grande apreciadora da companhia deles. Ela acreditava que os animais transmitiam doenças, um tabu antigo. Ela gostava de bichos, achava que eles tinham que ser bem tratados, mas longe de casa. 


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Só depois de adulto eu fui ter animais de estimação, cachorro, gato, coelho. Eu gosto de todos os bichos e me esforcei e me esforço para compreendê-los melhor. Na minha casa eu tenho um quintal grande e não deixo matar nenhum bicho. Teia de aranha eu nem desmancho. Se você entrar em alguns cantos, vai achar que ninguém limpa a minha casa. Eu não trato a aranha como um animal doméstico, mas eu a respeito. Respeito e admiro. Cobra eu também nunca mato, eu espanto, mesmo as venenosas. E como há cobras venenosas neste planeta. Eu só procuro evitar animais que são prejudiciais ao ser humano, tipo pernilongo, barata, etc, aí não tem jeito. 


A companhia dos bichos me dá uma grande satisfação. Hoje eu tenho dois cachorros, a Neguinha, que é pretinha, adotada. Ela é uma princesa, inteligente e muito boazinha. Quando troveja, ela pede pra ficar comigo e dorme no meu quarto. Há uns meses, adotei outro cachorrinho que um amigo meu encontrou perdido na rua, é o Bimbo, um vira-lata caramelo. Ele chegou esquelético, sujo, mancando de uma pata e agora ele está lindo e nós estamos tratando as feridas dele. Ele é muito matreiro, é muito moleque, e já se adaptou muito bem na casa. 


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Foi desse amor pelos bichos que veio o interesse de estudar veterinária, numa fase da vida em que eu tinha muito tempo livre. Ainda estou no começo do curso, então as disciplinas, que são básicas, são as mais difíceis. Pelo menos é isso que me dizem. Duas delas são particularmente desafiadoras para mim, química e biologia, porque eu sempre fui um aluno mais voltado para as ciências humanas. Cursei o clássico, como se chamava um pedaço do curso médio, quando eu era adolescente.

Biologia tem sido muito mais fácil de me adaptar, eu busco material de estudo na internet e em livros. Me interessei pelo corpo humano também e fui pesquisar o assunto por curiosidade. Já química não me desperta nenhum interesse. Eu sei que ela é necessária, mas não é algo que eu vá lidar diretamente no dia a dia. Essa matéria eu só estudo pra passar de ano mesmo. 


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Por causa da pandemia, as aulas têm sido online, nessa experiência nova de educação pela internet. Claro que não é como voltar aos bancos escolares integralmente, inclusive toda uma relação com os outros alunos e com os professores. Eu estou lidando com imagens, não com as pessoas. Sinto falta desse contato olho no olho e, evidentemente,  só conheço a turma de maneira virtual, mas por enquanto tenho que me conformar, tem que ser assim.


Eu estudo no turno da noite, que vai das 19h até às 22h. No começo, por causa da notoriedade, a minha presença causou um pouco de surpresa na turma, mas o pessoal aparentemente já está se acostumando, inclusive os professores. Quando a gente puder ter as aulas presenciais, acho que vai haver um momento de curiosidade, mas depois eles vão acabar percebendo que eu não sou nenhum ET.


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Eu não sou o primeiro da classe, sou apenas um estudante mediano. A vantagem é que eu estudo porque eu gosto, pra satisfazer as minhas curiosidades, não pra exercer uma profissão. Se eu fosse trabalhar como veterinário, o que vai ser meio difícil, a minha predileção estaria com os animais silvestres. O bicho doméstico exige cuidados, enquanto o selvagem se vira e sobrevive por meios próprios. Por isso eu tenho uma grande admiração por eles. 


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O curso está me dando uma grande satisfação pessoal, ocupando o meu tempo e me trazendo novos desafios. Eu sei que, se eu ficar parado, eu me encaminho para um processo depressivo. Uns anos atrás, eu comecei a sentir um vazio que surgia, especialmente, aos sábados e domingos. Procurei meu médico e descobri que eu não tinha nada de patológico, mas era o que ele chamou de melancolia que, sim, poderia evoluir para uma depressão. 


O ser humano é sociável e, por isso, se isolar é remar contra a natureza. A gente não foi feito pra ficar parado. Eu comecei a trabalhar aos 15 anos, como narrador esportivo numa emissora de rádio, e nunca mais parei, nunca mais. Fui editor-chefe da Folha de São Paulo duas vezes, somando 8 anos. É uma função muito, muito pesada, que eu desempenhava com grande vontade.

Depois, foram mais de 30 anos como âncora de telejornais, numa rotina puxada, mas da qual eu sempre gostei. Sempre tive prazer. Aliás, eu nunca trabalhei com uma atividade que eu não gostasse. Que eu não gostasse muito. Pra mim, trabalhar não é muito distante de lazer, mas com responsabilidade. 


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Mesmo depois que eu parei de apresentar um jornal diário, eu não fiquei parado. Me tornei um youtuber e, mais recentemente, um comentarista da CNN. Foi uma surpresa o convite. Eu acho que a pessoa, se ela tem uma mínima condição física e mental para seguir uma atividade profissional, ela deve, precisa, tem de continuar. Eu não suportaria psicologicamente ficar sem fazer nada. Quando você tem uma profissão da qual você gosta, sente falta do exercício dela.

E também eu tenho o conceito de que essa aposentadoria de você ficar de chinelo, na praia, passeando, ou deitado numa rede, é uma espécie de morte em vida. O trabalho me dá prazer e implica um monte de coisas tipo relações pessoais, compromissos e objetivos. É preciso ter objetivos, é preciso ter um desafio. Se alguém não tem onde trabalhar, pode se voluntariar em alguma instituição. A pessoa vai se sentir mais feliz e realizada, vai dormir sabendo que trabalhou para ajudar o próximo. Isso não é só bom, é espetacular. 


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Eu acho que aquele cara que fica só com seus pensamentos abre um portal para a depressão. A gente precisa ter uma atividade, repito, um desafio no nosso dia a dia. Entre ser cauteloso e encarar um desafio, eu sempre, na minha vida toda, optei pelo desafio e vou continuar assim, vou continuar com essa opção. Não quero dizer que eu vá jogar dinheiro pela janela, mas, claro, assumir as opções possíveis sem assumir riscos. 


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A velhice por enquanto não me fez ter uma vida mais recolhida, mais calma, não. O que eu sinto e lamento é a decadência física, que chegou muito recentemente e de maneira acelerada. É inevitável. O corpo não responde com a mesma presteza. Eu ando mais devagarzinho, tenho medo de cair, medo de escorregar no banheiro, tomo mais cuidado pra descer as escadas. Mas eu sei que esse processo é um processo normal e sabia que algum dia ele viria, por isso, faço exercícios e tento manter uma alimentação adequada pra atrasar um pouco mais essa perda física.


A minha mente é a mesma e a memória aparente está boa, pelo menos por enquanto. Tenho os mesmos esquecimentos que eu sempre tive, como a dificuldade de reter nomes, mas não apareceu nada, nada de novo. Olha, ter uma atividade profissional ajuda a manter a minha cabeça e a minha memória em ordem. Eu tomei uma decisão de que, enquanto eu puder fazer alguma coisa, vou fazer. E eu recomendo o mesmo pra quem entra nos 60, 70 anos. A cabeça boa, na minha opinião, faz o corpo sadio, e o corpo sadio faz a cabeça boa. 


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Nilton Bonder: Muito linda a iniciativa do Boris, não só de iniciar este novo projeto, mas de torná-lo público, abrindo a possibilidade pra tantas pessoas, de imaginar reinvenções e mudanças em nossa realidade longeva. Os humanos ganharam cerca de 20 anos em média em sua expectativa de vida e há espaços existenciais novos a serem cobertos.

A aposentadoria, como o Boris aponta, era um grande sabático com prazo de validade, mas não é o mesmo em nossos dias. O ser humano pode fazer terapias ocupacionais por um tempo, mas não por décadas. E o ser humano precisa  sentido e propósito, condições para não estar condenado a viver de forma torturante e humilhante. 


Várias universidades mundo afora já ofereceram programas de reinvenção de carreiras, motivadas não por desagrado, mas porque as pessoas, de alguma forma, se graduam de certa função. Sempre digo que as coisas não necessariamente terminam, trabalhos ou relações, mas nos graduamos delas. E se a memória e a destreza não são as mesmas do primeiro vestibular, a experiência e a vivência neste segundo lhe conferem outra qualidade.

As sequelas da pólio e as sequelas dos desgastes do viver, sim, põe mais sobre o corpo do que sobre a mente, e como Boris diz, há sim que se cuidar mas para não cair e levar tombos, mas para a cabeça é o contrário, ela nunca foi tão potente em entendimento sobre o viver e a vida. Dar espaço para aventuras radicais não é contraindicado, muito pelo contrário. 


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Geyze Diniz: Nossas histórias não acabam por aqui. Confira mais dos nossos conteúdos em plenae.com e em nosso perfil no Instagram @portalplenae.


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O que é o Mapa do Nascimento e quais são seus benefícios?

O processo é individual e pode ser esclarecedor para questões tanto estruturais quanto do agora. Conheça um pouco mais sobre o assunto!

21 de Dezembro de 2022


O autoconhecimento é um processo lento, que demanda imersões intensas e muito comprometimento. Contudo, não há um único caminho possível para alcançar essa etapa tão importante para a experiência humana com qualidade. Uma vez dominado, o autoconhecimento abre portas para que você encaminhe sua vida com mais assertividade para onde se quer chegar, além de trazer mais equilíbrio para seus dias.

Um dos muitos possíveis caminhos para isso é fazer um Mapa do Nascimento. 

“Os fundamentos desta metodologia estão na constatação de que todo problema pode ser resolvido na sua origem, pela raiz”, diz Adriano Calhau, especialista em Psicologia Perinatal e criador do Mapa do Nascimento, um processo que consiste em buscar autoconhecimento pelo seu próprio nascimento. 

“O trabalho do Mapa do Nascimento primeiramente é um diagnóstico de como essas circunstâncias iniciais da vida programaram em nós uma espécie de roteiro que tendemos a repetir e atrair para sempre. Estudar as circunstâncias do nosso nascimento nos possibilita identificar a dor raiz e os ciclos viciosos criados pelo sistema de defesa do ego para evitar a todo custo sentir novamente essa dor. É um mapa da nossa primeira impressão, que depois no período da infância, contribui para a criação das nossas principais crenças sobre nós e também sobre o que é a vida”, continua. 

Quando nascemos, estamos inermes, ou seja, “aquele que não tem armas ou meios de defesa”, segundo o dicionário. Essa “inermia” que sentimos nos primeiros minutos de vida é justamente o foco dos estudiosos do Mapa do Nascimento. “Nós fazemos a leitura da primeira impressão, da programação primária. Os atendimentos individuais comigo são feitos a partir de um questionário aberto, que contém aproximadamente 30 questões. Nele, a pessoa descreve fatos e circunstâncias de como aconteceram sua concepção, gestação, parto e as primeiras horas”, diz. 

A quem se destina 

É a partir dessas informações que é possível compreender as causas de muitos sentimentos e sensações que as pessoas muitas vezes carregam dentro de si, segundo ele. A maioria desses sentimentos e repetições estão ligados ao nosso período primário da relação, aquela que é feita somente com mãe e pai. Entre os sentimentos mais comuns estão:

  • Sentimentos de não merecimento

  • Dificuldade de criar relacionamentos íntimos

  • Dificuldade de conexão com os pais

  • Dificuldades em se aceitar 

  • Não se sentir pleno na vida (não queria estar nesse mundo)

  • Sentimentos de solidão, abandono e vazio da vida

A partir dessas sensações, partimos para ação, e muitas delas são bastante nocivas. As pessoas que apresentam os sentimentos mencionados acima costumam agir com:

  • Medo do futuro e preocupação

  • Dificuldade de fazer as coisas sozinho ou de receber ajuda

  • Procrastinação e estagnação

  • Padrões persistentes de ansiedade

  • Medos profundos e paralisantes (claustrofobia, morte, medo do escuro, medo de não dar conta da vida)

“Existe essa padronização e percepção geral, mas é apenas com a leitura individual do Mapa do Nascimento e algumas sessões da Terapia do Nascimento, que é possível conhecer a fundo as causas e particularidades de cada um e iniciar um processo de ressignificação, focando nas forças e aprendizados”, diz. Segundo Adrix, há diferentes públicos alvo possíveis. São eles:

  • Pessoas traumatizadas no início da vida com concepção não desejada, gravidez conturbada, prematuros, cesariana ou parto difícil;

  • Pais e mães que querem conhecer melhor seus filhos e descobrir como ajudá-los a superar desafios;

  • Mulheres que querem engravidar ou que tem muito medo de engravidar;

  • Grávidas que querem conhecer melhor o processo de nascimento para ter uma boa gravidez e parto;

  • Todos aqueles que querem conhecer melhor a si mesmo e já tentaram muitos tipos de terapias, mas não conseguiram encontrar as principais causas de sua dor e sofrimento.

A ciência na jogada “Por algum motivo, muitos profissionais da saúde não se dedicam a estudar os impactos do nascimento na vida das pessoas. O justificado motivo científico seria o fato de que a mielina (substância que protege os neurônios) ainda não está formada. Constantemente, isso é utilizado para justificar o fato de não haver lembranças sobre o nascimento”, conta Adrix. Porém, há sim alguns estudos feitos na área. A própria concepção de “inermia”, que mencionamos lá no começo, foi cunhada pelo psicanalista David Zimerman, em sua obra mais famosa, “Fundamentos Psicanalíticos: teoria, técnica e clínica”. Para ele, a palavra “trauma” vem do grego e significa algum tipo de ferida infligida precocemente ao psiquismo da criança e que pode levá-la a um estado de desamparo. Além disso, os conceitos de trauma e de desamparo aparecem com significados equivalentes e a repercussão dos traumas no psiquismo da criança é proporcional à precocidade de seu estado de inermia (a falta de defensividade). Ou seja, esses traumas psicológicos ficam representados no ego da criança, de modo que acontecimentos posteriores, aparentemente banais, podem evocar essas representações traumáticas, trazendo desamparo, pânico desproporcional ao que aconteceu e intensa angústia. Vale dizer que todos os traumas estão ligados - de uma forma ou de outra - a violência cometida contra o ser humano. “No ano 2000, o neurocientista austríaco Eric Kandel recebeu o prêmio Nobel de Medicina por ter estudado o mecanismo de memória em um caracol. Ou seja, ficou comprovado de que sequer é preciso ter um córtex cerebral para que se tenha memória. Durante a última década, descobertas revolucionárias na área da neurociência e da psicologia também abalaram teorias antigas a respeito das primeiras fases do desenvolvimento, demolindo nossas mais respeitáveis tradições sobre como somos formados e também para a  criação de filhos”, explica o especialista.  Universidades como Yale, Princeton e Rockefeller tiveram seus estudos sobre o tema alcançados internacionalmente. Todas elas revelaram que, a partir do momento da concepção, o cérebro da criança é conectado ao seu meio ambiente, e essa interação não é apenas um aspecto do desenvolvimento do cérebro, como se pensava, mas sim, um requisito absoluto que faz parte do processo desde os primeiros dias no útero. “Até recentemente, a maioria dos psicólogos concordava que, antes dos três anos de idade, a experiência tem uma influência limitada sobre a inteligência, as emoções e a estrutura do cérebro. Porém, as últimas descobertas da neurociência provam que essas ideias são incorretas. O cérebro é sensível à experiência ao longo de toda a vida, mas são as experiências tidas durante os períodos críticos da vida pré-natal e imediatamente seguinte ao parto que organizam o cérebro”, diz.  Nosso cérebro e, por extensão, nossa personalidade, emerge dessa interação complexa entre os genes com que nascemos e as experiências que temos. Ou seja, a genética entra sim no balaio do que nos compõe, mas não é a única determinante. Todo processo biológico deixa uma impressão psicológica e todo evento psicológico modifica a arquitetura do cérebro. “É sabido que o nosso DNA é 50% da mãe e outros 50% do pai, mas a ciência nos últimos anos descobriu algo tão importante como os nossos genes que se chama Epigenética. Esse novo estudo comprova a influência do ambiente sobre os genes, no momento em que eles são transmitidos. Por isso é tão importante conhecer qual foi o ‘terreno’ e qual foi a ‘intenção’ de como a nossa semente foi plantada. Agora sabemos o que sempre nos pareceu verdade intuitivamente – que a separação entre psique e corpo, ou natureza e educação, é impossível”, completa.

Em resumo, são as primeiras experiências que determinam em grande parte a arquitetura do cérebro e a natureza e extensão das faculdades mentais dos adultos. E a Psicologia Pré e Perinatal já está de olho nisso. Ela, que começou dar seus primeiros passos na década de 70, e incorpora pesquisa e experiência clínica em áreas de ponta, como epigenética, embriologia, saúde mental infantil, apego, trauma precoce, neurociências do desenvolvimento, estudos da consciência e outras novas ciências - e recentemente foi assunto da importante revista americana - a Time Magazine - com a capa "Como os 9 meses moldam o resto da sua vida".
Sua base defende que todo feto possui a capacidade de transformar experiências em “memórias”; essa memória é arquivada na mente inconsciente do feto, mesmo que ela ainda esteja em desenvolvimento; e todos esses registros farão parte de sua bagagem inconsciente para o resto da vida do ser e exercerão influência sobre a sua personalidade, sobre sua conduta e sobre seu comportamento.


Depois do diagnóstico Para realizar o Mapa do Nascimento, ainda não há uma formação específica, mas a psicologia, como você pode perceber, é um bom caminho para iniciar nessa trajetória. Após a sua consulta, o método Mapa do Nascimento possui etapas bem claras de ressignificação que são: 

  • Diagnóstico da dor original surgidas nas circunstâncias do seu nascimento

  • Compreender o surgimento das crenças raízes e também da forma de sentir, agir e reagir

  • Utilizar a dor original para descobrir dons e virtudes capazes de transformar as crenças em novas experiências

  • Ter uma visão clara do aprendizado essencial de Vida e qual o foco da ação correta.

“Isso pouco a pouco vai criar no sistema cerebral novos caminhos sinápticos e um novo modo de ver e agir diante do mundo”, conclui Adrix. Uma dica de ouro é, após o diagnóstico, absorver aquelas informações - lembrando que nenhum campo de estudo no mundo é uma verdade absoluta e incontestável - e levar para a sua terapia. Com a ajuda de um especialista, você conseguirá lidar melhor com aquelas informações e aplicá-las em seu comportamento de maneira efetiva. Bom mergulho!

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