Para Inspirar

Aline Bertolozzi em "Viver cura"

Inspire-se com o episódio de Propósito da décima oitava temporada do Podcast Plenae - Histórias para Refletir!

1 de Dezembro de 2024



Leia a transcrição completa do episódio abaixo:

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Aline Bertolozzi: Quando eu coloquei os pezinhos do Léo na areia pela primeira vez e a onda do mar bateu em nossas pernas, eu falei no ouvido dele: “Filho, lembra que eu te contava na UTI como era a praia? Lembra que eu falava como a vida era boa?”. Ele abriu o maior sorriso. 

[trilha sonora]
  

Geyze Diniz: Aline Bertolozzi lutou pela sobrevivência de seu filho, Léo, desde a barriga. Léo ainda precisa de aparelhos para viver, o que o manteve dentro de quatro paredes por muito tempo. Percebendo os benefícios de viver a vida “lá fora”, a família de Aline criou a ‘Outcare’, uma mochila que permite incluir socialmente pessoas eletrodependentes e seus cuidadores. Eu sou Geyze Diniz e esse é o Podcast Plenae. Ouça e reconecte-se. 


[trilha sonora]
  

Aline Bertolozzi: No primeiro ultrassom da gravidez, estava tudo normal. Então, eu e meu marido programamos fazer uma viagem pro exterior pra fazer o enxoval do Léo nos Estados Unidos. A gente já até sabia que era um menino, mas me deu algo que eu não sei explicar. Eu fiquei pensando: e se o exame tivesse errado? E se fosse uma menina? Não sei por que. 

 

Foi então que eu pedi pro médico repetir o ultrassom antes da viagem. E aí, com 17 semanas de gestação, o resultado mostrou que o nosso bebê tinha várias alterações sérias.  A gente começou a investigar todas as possíveis síndromes e doenças que poderiam ter causado aquelas deformações. E um dos exames mostrou que ele tinha uma síndrome raríssima, chamada Síndrome de Chaos.

O
Chaos, ele é só uma má formação nas vias aéreas do bebê. Ele é uma obstrução em dos aneizinhos que a gente tem na traqueia. Apesar de parecer simples, os médicos me explicaram que a qualquer momento eu teria um aborto, porque um feto com essa síndrome não chega a nascer com vida. O coração do Léo estava esmagado por um acúmulo de líquido e ia parar de bater. 

Naquele momento, os médicos me deram duas escolhas. Eu podia entrar na Justiça e conseguir uma autorização pra um aborto legal. Ou eu podia fazer de tudo pro Léo sobreviver o máximo de tempo possível. Eu não tive dúvida. Eu escolhi deixar a minha vida em função da vida do Léo. 

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Os médicos que me acompanhavam naquele momento me disseram que havia um médico especialista em medicina fetal e que talvez ele pudesse nos acompanhar. Havia sido ele quem tinha feito a primeira cirurgia do mundo de traqueostomia intraútero. E talvez, se meu filho fizesse essa cirurgia, ele teria uma única chance de sobreviver. Essa cirurgia inédita aconteceu só 15 dias antes da gente receber o nosso diagnóstico. Eu achei tão curioso duas grávidas terem a mesma síndrome raríssima na mesma época, no mesmo lugar com os mesmos médicos. 

A gente procurou esse médico de medicina fetal e ele falou que não podia fazer a nossa cirurgia. Ele explicou que precisava esperar o outro bebê nascer pra saber se tinha dado certo. Ele não queria fazer duas cirurgias experimentais uma atrás da outra. Mas eu implorava pra ele me operar. Eu insisti tanto, que ele falou pra gente fazer uma reunião com a equipe médica pra então decidir se ele faria essa cirurgia ou não.

Só que, no dia do exame, não deu pra ver nada. O Léo estava virado de cabeça pra baixo, ele estava bem encolhido e não se mexiaO médico, que era super experiente, tentou diversas formas, diversas manobras pra mudar o Léo de posição, mas ele não conseguiu. E aí, o médico, meio desapontado me disse: “Filha, vai para o quarto hoje. Amanhã, às 9 horas da manhã, a gente faz uma reunião com os médicos”. 


[trilha sonora] 

Eu queria muito ter o Léo. Eu nunca tive problema em aceitar que ele seria uma criança com deficiência. A minha única dificuldade era entender o porquê ele não ia nascer. Mas eu não queria ser egoísta e pensar só em mim. E naquela noite, eu rezei muito e eu pedi muito pro Léo: “Filho, se você quer uma chance de nascer, me dê um sinal. E pela primeira vez, em toda gravidez, eu senti minha barriga mexer. O Léo nunca tinha se mexido, porque o coraçãozinho dele não tinha forças pra mais nada.

No dia seguinte, a gente voltou
pra sala de ultrassom. E quando o médico colocou o aparelho na minha barriga, na hora ele falou: “Eu não acredito. O Léo virou. Ele na posição que eu precisava”. E então ele disse: “Léo, agora só falta você levantar o pescoço”. E o Léo levantou o pescoço e ficou parado. 
O médico se emocionou e na hora ele afastou a cadeira, sem nem perguntar a opinião dos outros médicos, e disse: Eu opero esse bebê”.

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E foi assim que, com 24 semanas de gestação, nós nos tornamos a segunda família no mundo a passar pela traqueostomia intraútero.  

[trilha sonora] 

A cirurgia foi um sucesso. No dia seguinte, o corpinho do Léo já estava todo normal. O problema foi que eu peguei uma infecção, e o parto do Léo aconteceu com 25 semanas. E ele nasceu com pouco mais de 5 meses de gestação, pesando apenas 630 gramas. Da sala de parto, ele foi levado direto pra UTI neonatal. Estava indo tudo bem, mas com 1 mês de vida ele foi acometido por uma infecção no intestino e precisou ser levado às pressas para uma cirurgia.

Os médicos saíram
super desanimados do centro cirúrgico e liberaram a minha família pra se despedir dele na UTI.
 Até então, só eu e o meu marido podíamos estar com o Léo. Eu não queria aceitar que o Léo que tinha lutado tanto pra sobreviver estava indo embora, eu me neguei a dizer que seria uma despedida. Então eu falei pra minha família que agora eles podiam finalmente conhecer o Léo. Eu queria que o clima na incubadora fosse de alegria e não de tristeza. 

[trilha sonora]

O Léo sobreviveu às primeiras 24 horas depois da cirurgia. Dois dias se passaram, três dias, uma semana… Os médicos nem sabiam explicar muito bem o que estava acontecendo, que ele continuava vivo. Eu sempre buscava alguma coisa positiva pra contar pro Léo. Teve um dia que uma moça que tava limpando a janela da UTI, ela esqueceu uma frestinha aberta e um raio de sol batia na incubadora do Léo. Então, eu abri a incubadora dele e falei: “Filho, você não vai acreditar. O dia lindo. Um dia nós vamos sair daqui e eu vou te levar na praia”. 

E aí todos os dias eu passei a contar pro Léo como era a praia, como era a areia, como era o vento. Os médicos, nessa época, começaram a duvidar da minha sanidade. Achavam que eu não estava entendendo a gravidade da situação. Teve uma que me falou assim: “Aline, você não está sendo egoísta? Se ele sobreviver, ele vai ser um vegetal, qual a condição você quer esse filho?”. E eu falei: “Doutora, hoje ele vivo? Então vamos pensar no hoje, porque se ele vai morrer, nem adianta imaginar o futuro”. 
 

No meio desse caos, teve um dia em que os médicos finalmente deram uma notícia boa: os exames estão estáveis. A gente ficou muito feliz só de saber que o Léo não tinha piorado. E aí meu marido decidiu ir embora do hospital um pouco mais cedo, pra assistir o jogo do São Paulo na TV. Só que, na esquina de casa, ele foi assaltado e levou um tiro no pescoço. 

A bala
atravessou a traqueia, a laringe, a faringe e queimou as cordas vocais. Foram 10 dias em coma e os médicos disseram que a condição dele era muito grave. Se ele sobrevivesse, ele ia ficar tetraplégico, porque o tiro trincou os ossos das duas vértebras. Talvez nunca mais ele falasse e ainda tivesse sequelas neurológicas.
 

A minha reação foi a mesma que eu tive quanto eu tive o diagnóstico do Léo: façam tudo que a medicina puder pra salvar a vida dele. Se eu tivesse que empurrar duas cadeiras de rodas, pra mim tava tudo bem. Eu só queria os meus meninos vivos, não importava em qual condição. 

[trilha sonora]

Nesse período, eu nem voltava mais pra casa. Eu ficava indo de um hospital pro outro, dormindo em qualquer poltrona, comendo qualquer comida. Eu repeti a mesma estratégia que eu usava com o Léo. Quando eu visitava o Léo eu falava: “Filho, o papai morrendo de saudade de você. O papai ficou muito feliz que você melhorou”.

Ia
visitar o Rodrigo e falava: “Ro, você não vai acreditar, o Léo lindo, ele engordou. Ele morrendo de saudade de você. Fica tranquilo e descansa, que com a gente tudo bem”. 
É óbvio que nos corredores e dentro do táxi eu chorava, mas eu só passava mensagem positiva pros dois. 

[trilha sonora]

Dez dias depois do assalto, os médicos tiraram meu marido do coma induzido. Todos os médicos ficaram surpresos porque ele acordou falando. Ele contou que tinha tido um sonho, que sonhou com a gente, nós estávamos no aeroporto, o Léo estava grandinho, e tinha muitas pessoas dando tchau para a gente E não foi só isso. No primeiro dia, o meu marido se levantou e tomou banho de pé.

A neuro que acompanhou o caso falou
pra gente: “Eu não sei qual é a religião de vocês. Mas a medicina não explica o que aconteceu aqui”.
 O meu marido não ficou com nenhuma sequela do tiro. Ele teve alta 14 dias depois do assalto e no décimo quinto dia já estava de volta pro trabalho. O sonho que o meu marido teve em coma e a recuperação dele deixaram bem claro pra nós que a gente tinha uma missão a cumprir. Só que, enquanto isso, a situação do Léo continuava grave.  

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Ele teve um sangramento na retina por nascer prematuro e acabou ficando cego. Ele teve uma hemorragia cerebral que o deixou com paralisia cerebral. Depois de 6 meses nessa UTI Neonatal, nós transferimos ele de hospital. E depois de 11 meses pudemos levar o Léo para a casa de home careCom 1 ano e 8 meses, meu filho só tinha passado alguns meses em casa, em home care. E a minha vida girava em torno dos cuidados dele.

Até que um dia, ele teve uma febre e a gente levou ele pro hospital sem saber o que ele tinha. E ele então foi diagnosticado com uma infecção generalizada e foi levado às pressas pra a UTI. Foram 4 meses e diversas complicações. E foi um dia, eu falei pra médica: “Doutora, eu sei que a situação do Léo é grave. Mas, se ele for morrer, eu queria que ele morresse na minha casa”. 

A médica concordou e a gente optou por um sistema inédito no Brasil que é a desospitalização sem home
care. Eu e meu marido fomos treinados pela equipe do hospital pra fazer todos os cuidados que o Léo precisava.
 Chegamos em casa e o Léo teve uma piora da parte respiratória, A médica aconselhou que a gente levasse o Léo de volta pro hospital, mas eu pedi pra ela: “Doutora, me dá 24 horas. Se em 24 horas o Léo não melhorar, eu levo ele de volta pra UTI”. Ela ficou na dúvida, mas acabou aceitando o meu pedido. 

Eu estava sozinha em casa nessa hora. Olhei pro Léo e pensei: o que que a gente vai fazer com essas 24 horas? Então, eu decidi levar ele no parquinho do prédio. Eu amarrei o respirador, a bomba de infusão, o oxímetro, o oxigênio. Coloquei algumas malas nas minhas costas, montei uma UTI naquele carrinho e desci no parquinho. E foi então, que o Léo ouviu vozes de crianças e ele abriu o maior sorriso. E depois desse dia, o Léo nunca mais teve nenhuma internação hospitalar prolongada. Já faz 8 anos que ele em casa. 

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Naquele dia, eu descobri que viver cura e decidi fazer tudo diferente a partir dali. Eu diminuí as terapias do Léo e parei de buscar mais médicos e mais especialistas. A gente começou a passear, primeiro bem perto de casa, e depois um pouco mais longe. Um ano depois, nós precisávamos fazer uma viagem pro Rie a gente levou o Léo pra passar 48 horas na cidade. 

Quando a gente chegou no Rio de Janeiro, decidimos subir o Cristo Redentor. Lá em cima a gente precisou aspirar a traqueia do Léo, um procedimento que necessita de energia elétrica, mas o segurança proibiu que a gente usasse a tomada. A gente precisou descer correndo para o carro para usar a bateria e voltamos para o hotel indignados. 

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Eu falei pro meu marido, a gente não pode ficar dependente de pessoas e tomadas, nem todos serão bons e disponíveis em ajudar, e se a gente pegasse uma bateria de caminhão, será que a gente não conseguiria fazer uma adaptação? Aí o meu marido, que estudou engenharia elétrica, falou que a gente podia pegar simplesmente uma bateria de moto, colocar numa mala e não depender de mais tomadas. 

E eu achei a ideia incrível.

Quando a gente chegou em casa, o meu marido arranjou a bateria, a minha mãe costurou uns velcros na mala pra prender e o meu irmão comprou as peças que faltavam para montar a nossa mochila. Depois disso, a gente não dependia mais de energia elétrica. Nós fomos pro parque, nós fomos pra praia e voltamos a aceitar convites pra eventos sociais, pra show, pra estádio de futebol...

Eu contei essa história no Facebook e as minhas seguidoras apelidaram a mala de “mochila do amor”. Com aquela mala, nós podíamos fazer o que queríamos, o nosso problema estava bem resolvido, mas eu sabia que não éramos as únicas pessoas naquela situação. Tem no mínimo 300 mil pessoas eletrodependentes no Brasil. São adultos e crianças com ou sem deficiência presos a aparelhos. E pra cada uma dessas pessoas, existem famílias inteiras trancadas em casa, doentes e/ou deprimidas.
  

Um dos meus posts sobre isso na rede social viralizou, e uma agência de publicidade me convidou pra transformar a mochila em um produto. Eu chamei a médica que cuida do Léo e assim nasceu a Outcare, um projeto para incluir socialmente as pessoas eletrodependentes e seus cuidadores. A gente passou um ano testando o protótipo da Outcare. A gente tomou chuva, sol, foi pra praia e até fizemos uma viagem de motorhome nos Estados Unidos.

Em dezembro de 2023, 50 famílias receberam uma mochila, doadas pelo Hospital Samaritano. O hospital
acompanhando essas crianças em um estudo clínico pra ver e avaliar o impacto na qualidade de vida antes e depois da Outcare.
 O nosso projeto es só começando e a gente já ganhou 20 prêmios internacionais. Em 2024, nós fomos o único case brasileiro entre os finalistas do Festival de Publicidade de Cannes, na categoria farmacêutica.

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O meu objetivo é que mais empresas abracem essa ideia e que a OutCare chegue também ao SUS, pra que todas as famílias com pessoas eletrodependentes, com ou sem dinheiro, possam conquistar autonomia e a liberdade, e voltar a sorrir. Assim como a minha.
 

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Geyze
Diniz
: Nossas histórias não acabam por aqui. Confira mais dos nossos conteúdos em plenae.com e em nosso perfil no Instagram @portalplenae. 

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Para Inspirar

Tecnologia e maturidade: como elas podem caminhar juntas?

Velhos inimigos, mas novos amigos: como as novas tecnologias podem ser parceiras dos idosos e mitigar efeitos ruins da terceira idade como a solidão

2 de Outubro de 2022


Nunca vivemos tanto. A expectativa de vida mundial deu um salto gigantesco no século 20, principalmente com o avanço da medicina e das condições sanitárias de vida como um todo. No Brasil, as pessoas viviam, em média, 30 anos em 1900. Hoje, vivem 75. É mais que o dobro.

Como lidar com essa nova realidade? Além da óbvia questão dos cuidados com a saúde, existe também a preocupação com a solidão, por exemplo, que nem sempre se torna solitude, como explicamos neste artigo. Problemas modernos requerem soluções modernas. Recorremos, então, como costumamos fazer, à tecnologia.

Porém, esta também avançou com uma celeridade de fazer inveja a qualquer supersônico, até mais impressionantemente que a própria expectativa das nossas vidas. O advento da internet transformou o mundo de maneira profunda e irreversível. Como incluir essas pessoas no mundo dos computadores se elas nasceram no da televisão e do rádio?

A sensação de se tornar uma pessoa defasada em diversos aspectos passa muito pelo social, principalmente se há a perda da independência, algo bem comum de acontecer quanto mais se avança na estrada da vida. Como a humanidade sempre faz, surgem inovações que buscam ao menos mitigar esse problema. 


Os novos caminhos


É o caso do ElliQ, um robô criado por uma empresa israelense que serve de companhia a quem mais precisa. Ele atua aliviando a solidão e conectando a tecnologia com quem não entende o funcionamento dos celulares e afins.

Ter um companheiro robótico pode parecer distópico, saído direto do Exterminador do Futuro. Mas a chance de termos uma Skynet que domina o mundo e inicia uma era de máquinas ainda é nula. O ElliQ sequer tem pernas, trata-se mais de uma Alexa que empatiza com quem mais precisa.

Ela mesma, aliás, já é utilizada para esse fim. Por ser regido pela voz, elimina dois dos maiores problemas que existem ao se usar um celular, por exemplo: a dificuldade de enxergar as letras e a presença de idiomas estrangeiros, principalmente o inglês.

Tais aparelhos oferecem uma intuitividade que falta às telas. Mesmo quando ainda não existiam ou não eram tão prevalentes, a quantidade de pessoas idosas que se conectavam saltou de 8 para 19% entre 2012 e 2016. Em 2020, quando a voz já era cada vez mais utilizada para controlar esses robôs que querem ser nossos amigos, esse número já chegava a 24,7%. Quase um a cada quatro. E só tende a crescer.


Preocupações

Tornar tudo mais fácil de se utilizar e mais acessível também elimina uma grande reclamação de quem já está na terceira idade: o fato de ter que pedir ajuda para aprender. Muitas vezes, a própria família demonstra uma falta de paciência que só faz a pessoa se sentir um estorvo na vida de outrem. Se avós já costumam pedir ajuda com a televisão, uma tecnologia de quase um século, que dirá com a internet.

Por isso que já existem políticas públicas, como o Programa Melhor Idade do estado do Espírito Santo, que visam ensinar quem já tanto viu e viveu a se inserir com mais facilidade no mundo tecnológico. As próprias casas de repouso, um conceito que por si só ainda causa arrepios em muita gente, têm se preocupado cada vez mais com esse aspecto, tratando a tecnologia como uma aliada em vez de um obstáculo.

Além dessa preocupação com a solidão e a empatia, que atravessam o campo da saúde mental, existe também uma preocupação mais óbvia com a saúde física. Nisso, entram também os smartwatches. Muito comuns entre a juventude hoje, eles já realizam atividades básicas como monitoramento dos batimentos cardíacos e pressão arterial. E startups estão trabalhando em algo mais focado para pessoas idosas: simples e intuitivos, podem realizar chamadas de emergência, lembram de remédios a serem tomados, entre outras funções etariamente adequadas.

Assim, esse estágio da vida que tanto medo causa em tantas pessoas por causa dessas conotações negativas como a solidão e a dependência, tão associadas à palavra e à própria idade, já é uma realidade da sociedade humana do século 21. Cabe a nós, em conjunto, encontrarmos maneiras criativas de lidar com ela e transformá-la em algo agradável. Até que se fechem as cortinas, o espetáculo continua. E, como diz outro ditado, tão óbvio quanto verdadeiro, só não envelhece quem morre cedo.

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