Para Inspirar

Afinal, de que forma mente e corpo estão conectados?

Essa relação há muito tempo falada tem explicação científica e pode ser mais profunda do que você imagina

12 de Setembro de 2023


A relação entre corpo e mente é famosa não só aqui no Plenae, mas em diversos artigos pela internet e até mesmo em consultórios médicos. Não é de hoje que se conhece a influência de um sobre o outro: a medicina oriental, por exemplo, já pregava a respeito há milhares de anos, assim como a medicina ayurvédica

Sabemos que, de fato, quando nosso corpo adoece, nossa mente pode adoecer junto. E o contrário também acontece: são as chamadas doenças psicossomáticas, o resultado de uma junção de emoções que acabam virando sintoma e que te contamos mais aqui. Mas, um recente estudo tem demonstrado que essa relação é mais profunda do que podemos imaginar. Vamos te contar um pouco melhor sobre o assunto a seguir!

O pensamento do movimento

Uma nova pesquisa, publicada na revista científica Nature, veio para validar ainda mais o conceito de que a mente e o corpo estão inerentemente ligados. Segundo esse estudo, as redes responsáveis pelo pensamento e pelo planejamento estão estruturalmente conectadas à partes do cérebro que afetam o movimento. 

Essa conexão influencia diversas funções corporais involuntárias, até mesmo as mais primordiais como pressão arterial e batimentos cardíacos. Apesar de, como mencionamos anteriormente, a relação entre corpo-mente seja mencionada há tempos, essas descobertas são promissoras pois trazem de fato uma evidência científica sobre essa hipótese.

Para identificar esse mecanismo, os pesquisadores envolvidos examinaram sete adultos por meio da ressonância magnética cerebral em momentos diversos, enquanto descansavam ou realizavam tarefas. Cruzando esses dados, eles desenharam “mapas cerebrais” para cada um dos participantes. 

Logo em seguida, esses mapas foram comparados com um conjunto de dados maior, contendo imagens cerebrais de aproximadamente 50.000 pessoas. Segundo Evan M. Gordon, professor assistente de radiologia no Instituto de Radiologia Mallinckrodt da Faculdade de Medicina e autor principal do estudo, foi nessa comparação a virada de chave. 

“Encontramos o lugar onde a parte altamente ativa e orientada para objetivos do tipo ‘vai, vai, vai’ da sua mente se conecta às partes do cérebro que controlam a respiração e a frequência cardíaca. Se você acalmar um, isso certamente terá efeitos de feedback sobre o outro”, explica ao periódico Medical News Today. 

Em contrapartida, eles descobriram ainda que as áreas do cérebro que não se tornavam ativas durante um movimento, tornavam-se ativas quando a pessoa pensava em se mover. Ou seja, o pensamento se demonstrou ainda mais poderoso do que a efetivação do mesmo. 

O cérebro na prática

Essa descoberta contribui ainda para um outro processo: a linguagem e a atividade motora. Isso porque nossos comportamentos precisam estar ligados aos nossos processos cognitivos e emocionais. O estudo ainda nos mostra que nossos pensamentos e sentimentos afetam as partes motoras do cérebro que o preparam para ações sem realmente estarmos envolvidos nelas efetivamente.

“A implicação novamente é que nossos pensamentos e sentimentos estão ligados à maneira como pensamos sobre movimentos e comportamentos. Da mesma forma, nossas ações estão ligadas aos nossos pensamentos e sentimentos. Esta informação demonstra a interação recíproca que temos com o nosso ambiente e entre os nossos pensamentos, sentimentos e ações”, diz. 

Segundo Keiland Cooper, pesquisador doutor em ciências cognitivas e neurociências na Universidade da Califórnia, também ao Medical News Today, “quando pensamos em movimento, nosso cérebro ativa uma rede de áreas que estão envolvidas no planejamento, execução e controle do movimento. No entanto, nem todas estas áreas estão ativas quando realmente nos movemos. Algumas áreas do cérebro estão envolvidas no planejamento do movimento”, explicou.

Um outro estudo decodificou para onde os participantes se moveriam antes de realmente se moverem e, em alguns casos, antes de pensarem em se mover. Isso pode ocorrer porque nosso cérebro cria um modelo mental do movimento para nos ajudar a planejar e nos preparar para o movimento. 

Outra possibilidade é que estas áreas estejam envolvidas na avaliação das consequências do movimento. Isso nos ajudaria, por exemplo, a tomar decisões sobre nos mover ou não, os resultados que esse movimento nos acarretaria e como fazê-lo com segurança. 

Provavelmente, essas áreas estão relacionadas a regiões cerebrais responsáveis pela atenção, motivação e emoção. Dessa forma, você poderia usar ao seu favor, quase como “controlando” os seus pensamentos e vendo isso aplicado na prática em seus movimentos. Curioso, não? O corpo humano é mais instigante do que se pode imaginar.

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Quais são os benefícios do mar?

Destino favorito nas férias para grande parte dos brasileiros, não é exagero dizer que o mar acalma e faz bem para a saúde.

16 de Outubro de 2022


Não é nenhuma novidade que o contato com a natureza é extremamente benéfico para os seres humanos, como já te contamos aqui. Trilhas, florestas, acampamentos: é sempre bom olhar para as nossas raízes e entender que fazemos parte do mundo, não que estamos à parte dele.

O mar não podia ser diferente. O local de origem de toda a vida na Terra ainda exerce um fascínio enorme sobre muitas pessoas, e com razão. Afinal, não é água com açúcar que acalma, é água com sal. E o mistério é tanto que há uma máxima científica que estabelece: conhecemos mais do espaço sideral do que dos nossos oceanos. O fundo do mar abriga, sim, muitas incógnitas.

Para além de tantos poemas, livros, quadros e filmes sobre o mar, existe algum benefício real de dar um mergulho na água salgada da praia? A resposta pode parecer óbvia, mas sim, sentimos as benesses cada vez que entramos, pé ante pé e com medo da hora que a água gélida chega ao umbigo, toda aquela imensidão azul.

Benefícios do mar

Um deles é sobre a pele. Os minerais presentes na água do mar ajudam a combater os sintomas da psoríase e até a acne. Mas dermatologistas recomendam o banho de chuveiro ao deixar a praia para evitar problemas com o ressecamento e até possíveis alergias que o sal do mar pode causar. 

Soluções contendo água e sal são muito usadas pela indústria farmacêutica como descongestionante nasal. Pois bem, o mar nada mais é que uma dessas num nível exorbitante. Não resolve problemas como a sinusite ou a rinite, mas alivia tanto quanto qualquer remédio.

O próprio ato de ir à praia é visto como universalmente relaxante. O chamado blue space, ou espaço azul, a combinação mesmerizante entre as cores do céu e o do mar, tem o poder de nos colocar num estado comparado ao da meditação. A criatividade aflora, a tranquilidade prevalece e, assim, até a saúde mental é beneficiada.

É possível, também, a prática de atividades esportivas no mar, com todos os benefícios conhecidos e reservados a elas. O nado, por exemplo, é bem diferente daquele feito em piscinas, mas tão benéfico quanto. O preparo e as condições são diferentes e devem ser levados em conta, porém, os benefícios para o corpo e a mente permanecem parecidos.

No quesito do esporte, existe um que só pode ser praticado no mar: o surf. Estreante nas últimas Olimpíadas, em Tóquio, a modalidade é conhecida e amada por pessoas de todo mundo com suas pranchas e cabelos parafinados. Além das descargas de endorfina tão pertinentes a qualquer atividade física, o surf aumenta a resistência e principalmente o equilíbrio, oferecendo, também, a oportunidade de conhecer mais sobre o mar.

Mas se tal conhecimento é o objetivo principal, o mergulho é imbatível. Sempre com os equipamentos corretos e acompanhamento da devida instrução, claro, mas é uma ótima chance de se ter uma janela para toda essa vida submersa naquilo que ocupa 70% do planeta. Além disso, o mergulho pode ser benéfico para sua resistência, resiliência e expandir sua capacidade pulmonar. 

Outras atividades como o stand up paddle ou o windsurf, apesar de exigirem outros objetos e outro tipo de preparo, podem ser muito divertidas e também uma forma de se conectar com o mar. E a diversão, por si só, já traz benefícios como liberação de hormônios relacionados ao bem-estar.

A natureza é nossa mãe e o mar nossa primeira casa. Por mais que, enquanto espécie, tentamos negar esses fatos, os efeitos que tanto uma quanto a outra ainda exercem sobre nós são muito potentes, podendo até mudar toda a vida de alguém. A praia por si só parece sempre convidativa e acolhedora. Então, da próxima vez que estiver em uma, faça um favor a si: tome um banho de mar e deixe que todos os problemas vão embora com a maré.

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