A trégua dentro de nós

Você provavelmente está lendo essa crônica pelo celular.

27 de Novembro de 2023


Você provavelmente está lendo essa crônica pelo celular. E você também provavelmente chegou a essa crônica depois de enfrentar um sem-número de notícias no seu feed, manchetes estampadas, fotos às vezes tão explícitas que a própria plataforma censura e te convida a pensar se você realmente quer ver aquilo.  

A fotografia foi revolucionária em todos os aspectos: pudemos imprimir na história para sempre os rostos, lugares e até mesmo os horrores cometidos por nossos semelhantes, para nunca esquecer aquilo que não se deve repetir. Mas, em tempos de redes sociais, esses registros se tornam uma guerra à parte, na palma da sua mão. A verdadeira chuva de registros, por vezes tão duros, turva a nossa visão e suscitam sentimentos tão duros quanto. 

As imagens, em bandos, dispostas em grades perfeitas e filtros vibrantes, nos sufocam com ideais de corpos e de rotinas, ao mesmo tempo que nos sufocam com o extremo oposto: vidas perdidas aos montes, seja lá qual for o motivo. Nos tiram do momento presente em busca do clique ideal, mas também nos mantêm presos aos acontecimentos mais recentes, um por minuto, sem tempo para submergir.  

Viver os tempos modernos é navegar por esses mares em constante tempestade, uma maré forte que nos puxa para as profundezas e exige força para vencer o que parece ser uma ressaca infinita. O primeiro mal a ser combatido: a mentira e a desinformação. O segundo: a desconfiança que o primeiro tópico nos causa. O terceiro: o estresse emocional que o excesso de informações imprime em nossa mente. O último: a culpa sentida por querer se afastar.  

Não podemos fechar os olhos diante de um mundo que parece se dissolver entre nossos dedos e esse é um fato consumado. Mas, se for preciso parar para respirar nessa jornada, acredite: será um ato importante de coragem. Não é possível retomar o fôlego que nossos tempos exigem sem esse intervalo. Saramago nos lembra: é impossível ver a ilha sem sair da ilha. 

O distanciamento é necessário para que você possa, inclusive, enxergar com uma dimensão maior e identificar como você pode ser útil. Se não há trégua do lado de lá, que haja aqui, dentro de nós.  

 

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Para Inspirar

Passar 2 horas na natureza faz bem à saúde

Pesquisadores dizem que simplesmente sentar e aproveitar a paz tem benefícios mentais e físicos

13 de Junho de 2019


Passar duas horas por semana em meio à natureza aumenta a saúde e o bem-estar, sugere uma pesquisa , mesmo que você simplesmente sente e desfrute da sensação de paz. Os benefícios para a saúde física e mental fornecidos pelo tempo gasto em parques, montanhas ou praia são bem conhecidos, mas a nova pesquisa é o primeiro grande estudo a revelar quanto tempo é necessário para produzir o efeito.

Se a descoberta for confirmada por trabalhos futuros, passar duas horas por semana na natureza poderia se juntar às recomendações oficiais de saúde de ingerir cinco porções de frutas e vegetais por dia e de praticar 150 minutos de exercício por semana.

A pesquisa

Pesquisadores utilizaram entrevistas com 20.000 pessoas na Inglaterra sobre sua atividade na semana anterior. Daqueles que gastaram pouco ou nenhum tempo na natureza, um quarto relatou problemas de saúde e quase metade disse que não estava satisfeito com sua vida, uma medida padrão de bem-estar. Em contraste, apenas um sétimo daqueles que passaram pelo menos duas horas na natureza disseram que sua saúde era ruim, enquanto um terço não estava satisfeito com sua vida.

Os benefícios foram os mesmos para jovens e idosos, ricos e pobres, moradores de zonas urbanas e rurais. Eles também se aplicam àqueles com doenças e incapacidades de longo prazo, disse ao jornal The Guardian o líder da pesquisa, Mathew White, da Universidade de Exeter Medical School.

“Curtir a natureza parecia ser bom para quase todo mundo. E a pessoa não precisa praticar um exercício físico. Ela pode ficar apenas sentada em um banco”, afirmou. Os pesquisadores também ficaram surpresos que não importava se as duas horas na natureza eram feitas de uma só vez ou em uma série de visitas mais curtas, ou se as pessoas iam para um parque urbano, florestas ou praia.

Os dados mostraram que duas horas foi o limite para impactos positivos: gastar muito mais do que isso em ambientes naturais não parecia oferecer nenhum benefício adicional. O estudo não tentou descobrir por que estar na natureza era tão benéfico, mas White sugeriu que a sensação de tranquilidade promovida pelo ambiente natural pode ser a chave.

Fonte: Damian Carrington, para The Guardian
Síntese: Equipe Plenae
Leia o artigo completo aqui.

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