Coloque em prática
Conheça a metodologia que buscou inspiração nos movimentos dos animais para que os seres humanos possam se exercitar de forma mais lúdica e completa
9 de Agosto de 2023
Somos da natureza. Viemos dela e a ela pertencemos. Por vezes, esquecemos desse fato e acreditamos que somos uma entidade diferente, algo separado, que o que é natural está ali e nós estamos aqui, em outro lugar. Mas isso não é verdade e correntes como a antroposofia, que te contamos aqui, e até o estoicismo, que também já te trouxemos, existem para nos lembrar desse fato constantemente.
A novidade agora é que há um estilo de exercício físico que se baseou justamente nos animais e seus movimentos para treinar todas as habilidades que o corpo tem em um só treino. É o treino U Natural, método criado por um brasileiro, Raphael Romano, filho do renomado Álvaro Romano, ambos educadores físicos.

Álvaro iniciou essa jornada há muitos anos com a Ginástica Natural, que trouxe o conceito de trabalhar com o peso do próprio corpo, sem a necessidade de aparelhos de musculação. Essa técnica ganhou muitos adeptos, sobretudo com lutadores de UFC, inclusive no exterior, desenvolvendo os movimentos a partir da necessidade dentro das lutas.
Essa Ginástica Natural foi a precursora do que hoje é a U Natural, mais focada em treinamentos para atletas e trazendo muitos movimentos relacionados aos dos animais que vivem na natureza.
Desenvolvida depois de muitas pesquisas, a metodologia busca treinar de forma completa o peso do corpo inteiro. Ela ainda trabalha todas as valências físicas de uma vez só: força, potência, mobilidade, flexibilidade e coordenação, além de técnicas de respiração também.
“Normalmente treinamos em tatames, reproduzindo o movimento dos animais como sapo, macaco, minhoca, etc. Por treinar todas as habilidades juntas e de forma tão diferente, a aula acaba sendo bem dinâmica, porque um exercício vai se juntando a outro sem pausa, é diferente de fazer 10 repetições de agachamento, por exemplo. Além disso, pessoas de todas as idades podem praticar”, explica a treinadora e terapeuta na academia Paraíso Ativo, Amanda Panisson Benazzi.
Os exercícios e sequências são desenvolvidos de forma específica para cada componente do método, de forma que todos possam ser mesclados e executados com o seu próprio peso corporal. Isso torna a sua prática completa e funcional. “A gente cria alguns combos pro aluno fazer e depois descansar e é possível dosar e adaptar para cada pessoa e necessidade”, explica Amanda.
Talvez seja por isso que atletas vêm se interessando cada vez mais pela técnica, especialmente alguns surfistas renomados como Filipe Toledo, que tem utilizado a metodologia na preparação para seus campeonatos. “Abriu esses caminhos para a galera do surf, do skate, que precisa muito dessa mobilidade, e agora já está pegando bastante a parte de campeonato e profissionalização”, diz Benazzi.
O esporte e o lúdicoSabemos que algumas pessoas têm mais dificuldade do que outras para se exercitar. Mas, um dos segredos do sucesso para iniciar a sua jornada nos exercícios físicos e realmente não largá-los é buscar aquele que funciona para você. A boa notícia é que há uma infinidade de opções por aí que subvertem a lógica do velho e estereotipado treino na academia: corrida, dança, boxe, entre muitos outros.
Foi nessa busca que Amanda acabou encontrando o U Natural. “Desde a minha formação na faculdade, as pessoas me procuravam para fazer atividade física. Só que era um público que normalmente já não gostava muito de se exercitar e que precisa de alguém o tempo todo em cima. Então eu fui buscando formas de estimulá-las, me perguntando ‘como eu vou fazer pra essa pessoa que não curte exercício físico aprender a gostar? Como vou fazer ela entender que isso vai deixá-la de bom humor e fazer bem para mente e corpo?’”.
Outra angústia de Amanda era desvincular a ideia de que exercitar-se só tem sentido se você possui um objetivo estético. “Lógico que isso faz parte também, mas isso é muito secundário, o principal é esse bem-estar que o exercício traz. Então eu comecei a buscar essa forma que faria com que eles encarassem as práticas de forma prazerosa e não como uma obrigação”, relembra.
Por isso mesmo, iniciativas como os esportes na areia que vem ganhando espaço na cidade são incentivados, porque trazem a atividade física de maneira lúdica e divertida, além de incentivarem a coletividade, o senso de equipe e as relações sociais.
“Todo esporte é muito bem-vindo na vida das pessoas, pois trazem motivação, autoconfiança, bom-humor. Esses novos também são uma forma de reunir os amigos para movimentar o corpo, não só para comer e beber. Só vale ressaltar que é importante respeitar seus limites, porque tem gente que nunca praticou nada e aí resolve no final de semana ficar várias horas praticando, o que pode gerar lesões ou outros problemas”, conclui ela.
Agora é sua vez de encontrar uma atividade física para chamar de sua!
Coloque em prática
Os exercícios de respiração do yoga são potentes aliados para equilibrar corpo e mente, e reduzir males como ansiedade e pânicos
10 de Dezembro de 2020
No terceiro episódio da terceira temporada do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir, nos emocionamos com o relato da apresentadora Angélica e a superação dos seus vários traumas vividos ao longo de sua jornada.
Ela, que já conheceu de perto a Síndrome do Pânico, revela que na primeira vez que sofreu com isso, precisou de medicação, mas na segunda, já mais velha e mais madura, conseguiu superar por meio da ajuda da fitoterapia e também do yoga. E foi nesse ambiente que ela conheceu os pranayamas , que são os exercícios de respiração envolvidos na prática e que prometem trazer mais equilíbrio para o praticante.
Revelamos aqui nesta matéria
como a maioria de nós acaba, com o passar dos anos, “esquecendo” como se respira corretamente. Ensinamos também, com a consultoria de um especialista, alguns exercícios respiratórios simples que podem trazer mais vitalidade para nossos dias.
Apesar de ser vital para a nossa saúde, a respiração passa a entrar no piloto automático - como tantas outras atividades do nosso corpo. O problema é que, assim como seus benefícios quando ela é feita de maneira correta e ordenada, ela também pode trazer malefícios quando feita de maneira errada.
Para ele, “nós corrompemos facilmente o nosso código natural de respiração. Se seguíssemos a respiração desde nascença, estaríamos fazendo corretamente, pois nascemos praticando ela como deve ser”. Mas qual seria a abordagem milenar do Yoga para tratar desse assunto?
No sânscrito, “prana” seria a nossa fonte de energia vital. Parte-se do princípio de que todos nós a possuímos, mas nem todos nós a exercitamos. Já o sufixo “ayama” significa expansão na mesma língua. Pranayama seria então o exercício dessa região com o objetivo de mantê-la em constante expansão e atividade.
Sabe-se que essa prática é milenar, pois nasce junto com o yoga - igualmente milenar - onde já se acreditava no poder de influência que a respiração exerceria no restante do nosso corpo, sobretudo no que diz respeito a nossa bioenergia, ou seja, a energia produzida naturalmente por uma matéria orgânica - nesse caso, o corpo humano.
Por meio de movimentos respiratórios conscientes, estruturados e sobretudo ritmados, o praticante conseguiria oxigenar melhor os seus tecidos e revestimentos internos e, assim, melhorar seus respectivos desempenhos. Além disso, essa oxigenação é de suma importância para a região do córtex pré-frontal, região responsável pela nossa tomada de decisão.
Ainda na região cerebral, respirar fundo e da maneira correta - expandindo o abdômen na inspiração e o contraindo na expiração, como uma bexiga - já é o suficiente para reduzir a ansiedade e a sensação de angústia que pode acometer o indivíduo pontualmente, pois ambos os sentimentos podem prejudicar a troca de oxigênio entre as células cerebrais.
Quando praticado com frequência, o pranayama pode trazer benefícios para doenças como a hipertensão, e com isso evitar AVCs ou infartos, por exemplo, além de doenças de ordem emocional, como depressões e síndromes do pânico - como é o caso de Angélica.
Controlar a respiração é também conhecer suas quatro divisões mais importantes, como explica este artigo : inspiração (puraka), expiração (rechaka), retenção cheia (kumbhaka - ou antara kumbhaka) e a retenção vazia (shunyaka - ou bahya kumbhaka). Uma vez dominada a respiração e os sentidos, o caminho para a meditação (dhyana).
Há diversos exercícios possíveis, tanto na internet
como neste link
, como nas escolas especializadas na prática e também na nossa matéria sobre respiração. Mas o importante é lembrar-se sempre de ter consciência do processo respiratório sempre que possível, pois o perigo mora justamente no fator piloto automático.
Muitas vezes, o melhor que você pode fazer por si mesmo, para seu corpo e principalmente para sua mente, é respirar fundo. E você, tem prestado atenção na sua respiração?
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