Coloque em prática
Está buscando formas de meditar mais, e não sabe como? Confira esses passos simples que podem te ajudar nessa prática tão importante e prazerosa
23 de Novembro de 2021
Começar um novo hábito, seja ele qual for, pode ser uma tarefa desafiadora. Mas, como já sabemos, um hábito demanda frequência, mais do que excelência. É preciso fazer sempre, todos os dias se possível, até que aquilo se torne natural para você, até mesmo necessário.
Já te ensinamos cinco passos para mudar seus hábitos neste artigo. Na verdade, já te ensinamos até mesmo dez passos! Além disso, dedicamos um mês inteiro à leitura do livro “Hábitos Atômicos”, que foi colocado à prova em nosso Plenae (a)prova de setembro.
Mas e a meditação, tema mais do que recorrente por aqui? Como fazer dessa prática tão benéfica um verdadeiro hábito? Diariamente, somos bombardeados com ofertas de cursos, aplicativos, sons. São todos válidos, é claro. Mas voltemos ao fator que abriu esse texto: o que vai denominar sua eficácia é a sua frequência. E, para que ela seja feita todo dia, é preciso descomplicá-la.
O porquê
Fundado pela escritora Arianna Huffington, o portal Thrive Global é um site recheado de dicas e pautas focadas em bem-estar e qualidade de vida - como nós, aqui do Plenae. Recentemente, em um artigo publicado por lá, o autor, palestrante e coach Kristoffer Carter separou três dicas práticas que podem te ajudar a criar uma rotina de meditação.
Ele é o fundador de “This Epic Life”, uma organização de treinamento para liderança consciente que, dentre seus objetivos, consta a criação de uma prática diária de meditação - que já ajudou milhares de pessoas. Para ele, a meditação é como uma chave para outros bons hábitos, e uma vez feita com consistência e frequência, as consequências positivas virão.
“Sentar-se consistentemente por apenas cinco minutos por dia - todos os dias, sem desculpas - irá potencialmente atualizar todos os nossos outros hábitos”, reflete o autor. Se os trinta e cinco minutos de silêncio por semana podem não parecer muito, é porque não são. Mas o segredo está em ser o tempo suficiente para fortalecer nossa força de vontade e disciplina, preparando o terreno para ir aumentando gradativamente, todos os dias.
“Nosso objetivo para a nossa prática de meditação é construir para um mínimo de quinze minutos todos os dias, sem desculpas. Uma hora e quarenta e cinco minutos por semana agora é mais tempo do que a maioria das pessoas gasta na igreja ou em conexão com sua intuição”, pontua o especialista.
Justamente por isso, não é incomum ver relatos positivos após a prática, apontando sempre para uma melhora na concentração, no controle das emoções e até do discernimento das coisas ao seu redor. Mas, o principal ponto é o fortalecimento da sua atenção.
"O objetivo da meditação não é a ausência de pensamento. Nosso objetivo é tomar consciência desses pensamentos, liberá-los e trazer nossa atenção de volta a um ponto de ancoragem. Nosso ponto de ancoragem pode ser nossa respiração, nosso batimento cardíaco ou um mantra”, diz.
Nossos pensamentos continuarão a flutuar na tela de nossa consciência, como ele descreve, e perceber a frequência com que isso ocorre pode te levar a uma exaustão sem porquê. Mas, lembre-se que, independente de quantas vezes for preciso “limpar” sua tela de pensamentos, a cada uma delas você vai se fortalecendo não só mentalmente, como seu músculo da meta-atenção.
O passo a passo
Fase 1: Ganhando a atenção
Comece com ciclos respiratórios simples de 4-7-8. Isso significa simplesmente inspirar profundamente pelo nariz contando até 4, manter a posição contando até 7 e expirar completa e lentamente pela boca contando até 8.
Sente-se ereto e expulse todo o ar de seus pulmões. Quer esteja sentado em uma cadeira ou de pernas cruzadas uma almofada no chão, relaxe o corpo. Imagine sua postura ajustando-se em linhas retas (queixo e ombros paralelos ao chão, assim como suas coxas se estiver sentado em uma cadeira).
Coloque a mão no abdômen para ajudar a sentir a profundidade da respiração.
Respire pelo nariz por 4 segundos, expandindo o tórax e os pulmões, e leve até a base do abdômen. Sinta sua mão se mover ao inspirar profundamente.
Segure e conte até 7 um pouco mais rápido, mas certifique-se de manter a contagem uniforme.
Expire pela boca por 8 segundos. Fazer um som profundo de "ah" ou "om" ao expirar também o ajudará a relaxar.
É essa atividade que irá tomar os minutos iniciais de sua sessão, com o objetivo de trazer a sua atenção para o presente e oxigenar bem o seu corpo.
Fase 2: Retendo e recuperando sua atenção
A maior parte da sua sessão de meditação será nesta fase, quando acontece o verdadeiro trabalho de fortalecer sua atenção. Os iniciantes geralmente começam observando a respiração ou examinando diferentes partes do corpo para voltar sua atenção.
Com a ajuda de mantras, sua mente e ego irão concentrar sua atenção, por mais tedioso que pareça. Observe o pensamento. Largue-o. Redirecione-o de volta para a respiração ou para o seu mantra. Recupere sua atenção. Seu poder. Quantas vezes forem necessárias.
Fase 3: Direcione sua atenção
Depois de ganhar sua própria atenção e retê-la, é hora de direcioná-la - ato que podemos ficar tentados a fazer ainda na fase 2, mas que demanda mais foco.
Nas práticas meditativas guiadas, geralmente este é o ponto em que o meditador faz o trabalho pesado de limpar a cabeça e transferir o foco das preocupações materiais para um estado superior de consciência.
Aproveite o brilho do seu esforço. Estabeleça intenções, ore ou cante. Direcione sua atenção recém-liberada para oferecer profunda gratidão por todos os aspectos de sua vida. Saboreie e maximize os sentimentos de unidade que você acabou de criar.
Agora que você já tem os três passos, que tal colocá-los em prática? Conte em nosso Instagram como foi a sua experiência. E lembre-se: é preciso separar cinco minutos, todos os dias, pois é a frequência que fará diferença no final. Não deixe a rotina engolir esse momento que é só seu! Aproveite.
Coloque em prática
Entrevistamos especialistas na prática que promete trazer ainda mais benefícios do que os já conhecidos pelos praticantes de Yoga
17 de Janeiro de 2024
Que yoga faz bem, você já deve saber. A prática milenar nasceu na Índia e ganha cada dia mais adeptos. Seu objetivo é trabalhar corpo e mente por meio dos tempos de permanência nas posturas e exercícios de respiração.
Os praticantes de yoga costumam ainda meditar, seja em aula ou no seu dia a dia, e essa é outra prática que traz ainda mais benefícios e que falamos diversas vezes por aqui.
Mas a novidade na área é o hot yoga, o novo queridinho dos praticantes mais ligados em bem-estar e, claro, alta performance. Neste artigo, conversamos com especialistas e uma praticantes para te contar um pouco mais sobre a técnica. Leia mais a seguir!
“O Hot Yoga foi criado em 1970, nos Estados Unidos por Bikram Choudhury e foi ganhando espaço no Ocidente. Hoje em dia ele faz muito sucesso aqui no Brasil. A grande diferença é que a prática é realizada dentro de uma sala aquecida a 40 graus”, explica Andréia Braga, coordenadora do Vidya Studio, uma das principais escolas especializadas na técnica em São Paulo.
“No Vidya, essa aula dura 60 minutos e começa com uma meditação, depois segue uma dinâmica intensa, sempre buscando conectar a respiração com o movimento em uma técnica chamada Vinyasa. Ao final, há o Savasana, que é um momento de relaxamento para concluir a prática”, conta.
“O calor ajuda a relaxar os músculos e as articulações. Isso permite um alongamento seguro e mais profundo. Saúde e energia são efeitos automáticos da prática regular. A Hot Yoga é como um posto de combustível: em vez de você gastar energia, você enche seu tanque. A pessoa sai da aula sentindo-se revigorada e não exausta”, explica Viktor Ortega, gerente e professor de Hot Yoga no estúdio em São Paulo que leva o mesmo nome.
Andreia Braga enfatiza que, por conta do calor, o maior diferencial é que o hot yoga potencializa todos os benefícios de uma prática fora do aquecimento. “Uma das grandes vantagens do hot yoga é que sua prática permite que você desenvolva sua flexibilidade de maneira mais fácil e segura. Isso ocorre porque o calor do ambiente aquece e relaxa os músculos do corpo. Como consequência, você vai perceber que entrar nas asanas (nome dado às posturas) será mais simples e mais rápido”, explica.
Além disso, a gerente e instrutora ressalta que a modalidade melhora a saúde das articulações e que o calor e os movimentos dessa prática também facilitam a irrigação do chamado líquido sinovial, que é responsável por lubrificar as articulações. “A prática aumenta a circulação sanguínea e linfática e o débito cardíaco, além de ajudar no foco e concentração no momento presente”, diz.
Outra diferença nessa modalidade é que não há níveis ou hierarquias, pois a ideia é que alunos de todos os níveis pratiquem juntos. “Essa modalidade se torna acessível a pessoas com diferentes níveis de prática e promove o maior gasto calórico, aumentando a queima de gordura”, conta. Viktor concorda. “Você aprende a trabalhar seu corpo na medida em que sua força e flexibilidade permitem”, diz.
Para Ortega, que é professor em um dos estúdios mais tradicionais de São Paulo, a modalidade vem ganhando força. “Muitas pessoas começaram a praticar yoga durante a pandemia e agora buscam novos desafios e aprendizados dentro da prática. Nessas, acabam encontrando o Hot Yoga”, diz. “Acredito também que saúde mental e física são temas que estarão cada vez mais em pauta e com a prática regular é possível notar uma melhora considerável em ambos os quesitos”.
É importante, contudo, que você pesquise bem a escola que irá se inscrever, pois é preciso ter uma certificação específica para ministrar as aulas. “Estamos em uma fase de grande expansão, sentimos em nossos estúdios cada vez mais pessoas adeptas e apaixonadas por essa modalidade”, conta Andreia.
A engenheira Pamella Christina é uma das adeptas do Hot Yoga e conta que conheceu por um mero acaso geográfico. “Conheci na verdade porque eu moro do lado de um estúdio. Eu já vinha procurando escolas de yoga e sem querer descobri esse estilo. O nome me atraiu, principalmente porque amo verão e calor”, lembra.
Para ela, além da temperatura, o grande diferencial está no fato de ser uma aula dinâmica. “No estúdio onde pratico, eles conectam as posturas com momentos da sua vida. O calor e os exercícios de respiração da aula me ajudaram muito a controlar a ansiedade, porque sou hiperativa. Para mim, pessoalmente falando, é um dos únicos momentos em que consigo realmente focar no agora, esvaziar a cabeça e não pensar em várias coisas ao mesmo tempo”, diz.
O processo de Viktor antes de se tornar instrutor foi parecido. “Sempre fui muito agitado e nunca consegui encontrar alguma atividade física que pudesse me ajudar com a ansiedade. Foi somente a partir da yoga que percebi a forma como enxergava a mim mesmo, minha vida e as pessoas ao meu redor”, confidencializa.
“A combinação dos asanas e o calor da sala me foram uma descoberta de ouro. Mesmo com a rotina de trabalho agitada eu sempre buscava praticar. Sabia que se eu fosse para a aula ao menos uma das 24 horas do dia seriam dedicadas a mim, beneficiando não só meu corpo mas também minha mente. Com isso, consegui regular minha pressão arterial e também escapei de uma cirurgia do joelho até meu fisioterapeuta teve que concordar”, conta.
Hoje, ele busca por meio de suas aulas trazer os mesmos sentimentos aos seus alunos. “Eu mostro que com honestidade, disciplina e dedicação, todos somos capazes de desenvolver força, equilíbrio, coragem e paz interior. Acredito que por meio da prática das posturas, da conexão com a respiração e da meditação podemos tornar nosso dia a dia muito melhor. Yoga é a oportunidade que o universo nos dá em olhar para dentro de si, buscar sua paz interior e ser livre”, conclui.
Se você está procurando por alguma atividade que possa realmente te trazer benefícios em 2024, busque por algo que você se envolva de corpo e alma. Esse é o segredo para não abandonar a prática - seja ela qual for. O importante é não desistir de encontrá-la!
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