Coloque em prática
Quais são os caminhos necessários no Brasil para adotar uma criança com responsabilidade afetiva e legal
22 de Dezembro de 2024
No quarto episódio da décima oitava temporada do Podcast Plenae, nos emocionamos com a história de Geninho Goes e Eduardo Domingos, o casal que representou o pilar Relações ao contar sobre a adoção de sua primeira filha e, posteriormente, dos seus 4 irmãos. A família, que antes eram só os dois, cresceu exponencialmente em formato, quantidade de pessoas e, claro, em amor.
Pensando nisso, resolvemos criar um guia para quem pensa em iniciar essa jornada linda, que é sim repleta de desafios, mas também de muito afeto e aprendizados que é a adoção. Leia mais a seguir!
Primeiramente, é importante reforçar que qualquer pessoa maior de 18 anos de idade pode adotar, independentemente de sexo, estado civil ou classe social. Contanto que haja a vontade e, claro, a responsabilidade que o ato requer, está apto para entrar na fila.
O que você deve fazer é ir até a Vara de Infância e Juventude mais próxima de sua residência para iniciar esse processo que, vale dizer, é completamente gratuito. Nesse local, alguns documentos serão solicitados, como explica o artigo do Conselho Nacional de Justiça. São eles:
1) Cópias autenticadas: da Certidão de nascimento ou casamento, ou declaração relativa ao período de união estável;
2) Cópias da Cédula de identidade e da Inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF);
3) Comprovante de renda e de residência;
4) Atestados de sanidade física e mental;
5) Certidão negativa de distribuição cível;
6) Certidão de antecedentes criminais.
Esses documentos estão previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, mas é possível que seu estado solicite outros documentos. Por isso, é importante entrar em contato com a unidade judiciária e conferir a documentação. Além disso, esses documentos serão autuados pelo cartório e serão remetidos ao Ministério Público para análise, e nessa etapa, o promotor de justiça poderá requerer documentações complementares.
Agora também é possível fazer um pré-cadastro antes de comparecer à Vara da Infância, como explica o Tribunal de Justiça de São Paulo. Após o preenchimento do pré cadastro e munido do número de protocolo e dos documentos necessários, aí sim você pode procurar a Vara da Infância e Juventude da sua região.
Agora que a parte das documentações iniciais foi feita, o processo começa a se aprofundar. O seu pedido será registrado e você receberá uma numeração. É preciso aguardar o cartório ou o setor técnico entrar em contato para fornecer o número de seu processo de habilitação e agendar data para seu comparecimento à Vara para uma entrevista inicial.
É essa entrevista que dará início às avaliações técnicas, como o estudo social e psicológico, além das orientações quanto ao curso preparatório obrigatório. O curso é requisito legal, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e é fundamental, pois é ele quem vai esclarecer dúvidas ponto de vista jurídico quanto psicossocial, preparar os pretendentes para superar possíveis dificuldades que possam haver durante a convivência inicial com a criança/adolescente, orientar e estimular à adoção interracial, de crianças ou de adolescentes com necessidades específicas de saúde, entre outros assuntos.
É nessa etapa também que haverá a avaliação da equipe interprofissional, quando os postulantes serão avaliados por uma equipe técnica multidisciplinar do Poder Judiciário para se conhecer as motivações e expectativas dos candidatos à adoção. Sua realidade sociofamiliar também será avaliada, para entender se esse candidato está de fato apto a receber a criança/adolescente na condição de filho, identificando qual lugar ela ocupará na dinâmica familiar.
Estudo psicossocial feito, certificação de participação em programa de preparação para adoção concluído e o parecer do Ministério Público entregue, é hora do juiz proferir sua decisão, validando ou não o pedido de habilitação à adoção. São variados os motivos para seu nome não ser aprovado, caso isso aconteça, busque saber o porquê: estilo de vida incompatível com criação de uma criança ou razões equivocadas (para aplacar a solidão; para superar a perda de um ente querido; superar crise conjugal etc.) podem inviabilizar uma adoção, por exemplo. E você pode se adequar e começar o processo novamente, não há problemas nisso.
Agora, caso você tenha sido aprovado, sua habilitação à adoção é válida por três anos, podendo ser renovada pelo mesmo período. Nesse momento, você e sua família são inseridos no SNA - Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento - e estarão aptos para adotar em todo o território nacional. A ordem de classificação no cadastro é respeitada, ou seja, há uma hierarquia cronológica a ser respeitada.
Todas as suas informações do perfil dos pretendentes com o perfil das crianças são cruzadas e a Vara da Infância e Juventude fica responsável por entrar em contato para informar sobre a possibilidade de aproximação com o jovem adotado para iniciar o estágio de convivência depois de seu histórico de vida ter sido apresentado e o interesse da família demonstrado.
O estágio de convivência é monitorado pela Justiça e pela equipe técnica e é permitido visitar o abrigo onde ela/ele mora. A família é autorizada a dar os primeiros pequenos passeios para que todas as partes se conheçam melhor. Caso essa aproximação seja bem-sucedida, o postulante iniciará o estágio de convivência de fato.
A criança ou o adolescente passa a morar com a família por um período de 90 dias e podendo ser prorrogável pelo mesmo período. Novamente, sempre acompanhados e orientados pela equipe técnica do Poder Judiciário. Esse momento é chamado de guarda provisória da criança/adolescente e, contado do dia seguinte à data do término do estágio de convivência, os pretendentes terão 15 dias para propor a ação de adoção.
O juiz responsável pelo processo irá verificar as condições de adaptação e vinculação socioafetiva da criança/adolescente e de toda a família para decidir se essa família é enfim uma família. Sendo as condições favoráveis, o magistrado profere a sentença de adoção e determina a confecção do novo registro de nascimento, já com o sobrenome da nova família.
É nesse momento tão lindo e tão mágico que essa criança/adolescente passa a ter todos os direitos de um filho e a fazer parte legal desse núcleo. A família ainda poderá sempre contar com a ajuda do Estado e das assistentes sociais que te acompanharam ao longo do processo e que, de tempos em tempos, irão conferir como anda essa família. O que virá depois é uma história a ser escrita por várias mãos e com muito afeto envolvido!
Coloque em prática
Saiba de que maneira você pode evitar danos a essa estrutura delicada e complexa do organismo
15 de Maio de 2019
Você já deve ter lido dicas para fortalecer o seu sistema imunológico. Para se sentir saudável e viver bem, no entanto, é mais importante equilibrar o sistema imune do que turbiná-lo. Saiba de que maneira você pode evitar danos a essa estrutura delicada.
O que é o sistema imunológico?
Vivemos imersos em um mar de organismos. Bactérias, vírus, parasitas e outras formas de vida grandes e pequenas pavimentam o nosso entorno, cobrem nossa pele, compartilham nosso intestino. A maioria deles não faz nenhum mal. O trabalho do sistema imunológico é nos manter saudáveis em meio a esse ambiente desafiador e complexo.
É um equívoco comum que o sistema imunológico entra em guerra com todo organismo estranho. Em vez disso, ele monitora, avalia e julga possíveis ameaças. Se um invasor é considerado perigoso, o sistema imunológico tem um trabalho restrito: destruir a ameaça enquanto causa o menor dano colateral possível.
Essa resposta chama-se "inflamação", e ela pode se manifestar como nariz entupido, dor de garganta, dor de barriga, febre, fadiga ou dor de cabeça.
Muitas moléculas do sistema imune são projetadas para enviar um sinal de que ele deve se retirar e pausar um ataque. Sem elas, o estado de inflamação que ajuda a destruir as ameaças detonaria o seu corpo.
Como você pode apoiar seu sistema imunológico?
Dormir bem
A falta de sono leva à morte prematura por males como câncer e doenças cardíacas, e as razões têm tudo a ver com o sistema imunológico, avisa a Clínica Mayo. Um amplo estudo, publicado em 2009, que resumiu descobertas de mais de uma dezena de projetos de pesquisa, incluiu evidências de que as pessoas precisam, em média, de sete horas de sono por noite. Dormir abaixo disso representa um risco para uma série de condições associadas à morte prematura.
Praticar exercícios
O exercício alivia o estresse, desenvolve mais células T (cruciais para o sistema imunológico) e evita a obesidade, ajudando a manter o sistema imune em equilíbrio. Quando você fica doente, no entanto, a mesma atividade física pode fazer a balança inclinar-se em favor da inflamação.
Meditar
A meditação da atenção plena, também chamada de mindfulness, tem um efeito calmante que, por sua vez, pode diminuir a ilusão de que você está sendo perseguido por um leão ou urso. Logo, essa prática pode inibir inflamações e equilibrar a sua imunidade.
Comer alimentos naturais
Outra maneira de ajudar seu corpo a manter a homeostase é comer alimentos naturais em vez de alimentos processados. Comida de verdade fornece ao organismo nutrientes familiares a ele. Logo, o sistema imunológico tem menos probabilidade de reagir, ou reagir de forma exagerada, a esses alimentos.
Limpe com moderação
O sistema imunológico evoluiu no período em que vivíamos na miséria, com doenças abundantes e sem mecanismos para higienizar nossa comida, água e casas. Hoje, temos todos os tipos de ferramentas para limpar nossos ambientes, de sabonetes a desinfetantes antibacterianos.
Com toda essa higiene, não apenas purificamos patógenos, mas também muitos micróbios não ameaçadores que ajudam a treinar o sistema imunológico sem causar nenhum dano a nós.
O resultado? Um aumento acentuado de alergias alimentares e de pele nos países industrializados.
Alergias são basicamente o sistema imunológico criando inflamação em resposta a algo que não causa uma grande ameaça. Isso acontece, sugere a ciência, porque as pessoas crescem em ambientes tão higienizados que os sistemas imunológicos não se ajustam adequadamente ao mundo natural. Alguns encontros com vírus e bactérias hoje podem prevenir uma alergia amanhã.
Fonte: Matt Richtel, para
The New York Times
Síntese: Equipe Plenae
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