Coloque em prática

Qual é a diferença entre empatia e simpatia?

Apesar de serem parecidas e até rimarem, os dois sentimentos divergem quanto aos seus porquês. Entenda mais a seguir.

18 de Janeiro de 2022


De tempos em tempos, alguns jargões parecem cair no gosto popular, por diferentes razões. Um deles, atualmente, é a palavra “empatia”. Em conversas de bar, nas redes sociais e até em campanhas publicitárias, diversos lugares e pessoas estão, cada vez mais, reforçando a importância desse conceito. Mas o que é essa tal empatia? E em que ela diverge de uma velha conhecida, a simpatia?


Nós já te explicamos aqui neste artigo como nasce a empatia e se é possível aprendê-la. Mas, quando analisamos as duas palavras, percebemos que ambas têm sua formação etimológica com base no termo grego “Pathos”, que significa emoção. Ou seja, apesar de estar na moda, a empatia já era usada até mesmo por Aristóteles, mas com uma conotação um pouco diferente. 


Para o filósofo, ela nada mais era do que a capacidade humana de projetar suas emoções num objeto. É o que nos permite interpretar uma obra artística, por exemplo. “Empatheia”, do grego, era sobre paixão. Não é difícil, então, perceber que esse conceito passou a abranger também outros humanos, não só objetos. No dicionário, empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro. 


Empatia X Simpatia


Mas isso não é a mesma coisa que simpatia? Não exatamente. Apesar de também ter suas origens na Grécia Antiga, simpatia, também segundo o dicionário em português, quer dizer a atração que algo ou alguém é capaz de provocar em outras pessoas. A diferença conceitual pode parecer ínfima, mas é significativa. 


Já de acordo com o dicionário norte-americano Merriam-Webster, ambas as palavras até podem ser usadas como sinônimos em alguns casos, porém, há uma diferença fundamental: a empatia é sobre compreender a outra pessoa, enquanto a simpatia é sobre compartilhar um sentimento com ela.


Isso quer dizer que quando você divide alguma sensação com alguém, quando há simpatia pela ação ou emoção do outro, é bem fácil existir essa compreensão empática, aproximando as duas palavras. É possível, no entanto, existir a empatia sem existir a simpatia.


Daí que vem o apelo, tão clamado por todas as partes na sociedade ocidental moderna. Não é sobre concordar plenamente com as ações de uma pessoa, mas sim sobre entender que ela também é um ser humano com vontades, motivações, ideias e pensamentos próprios que a levam a agir daquela maneira.


De acordo com Yuval Noah Harari, autor dos best-sellers Sapiens e Homo Deus, o ser humano só conseguiu se tornar uma espécie tão numerosa, poderosa e viver em comunidades tão extensas graças à cooperação. A empatia é fundamental nisso. Novamente, é aristotélico: projetamos nossa humanidade em quem nos cerca (em vez de um objeto, dessa vez) e, assim, temos uma maior compreensão e harmonia entre nós. 


Perceba que não necessariamente a simpatia está envolvida. Empatia é muito mais sobre tratar as pessoas com a dignidade e respeito que nós, enquanto seres humanos, esperamos. Não precisa haver uma concordância ou afeição às ideias ou características de alguém para isso. E é possível, inclusive, aumentá-la, como explicamos aqui neste artigo e também o portal UOL.


Empatia na modernidade


Em tempos de “cancelamento”, conceito explicado aqui, é importante ressaltar que a empatia também não é sobre passar a mão na cabeça de quem toma atitudes questionáveis. De novo, entender e concordar não são a mesma coisa. A compreensão pode ser válida sem ser, bem, simpática.


Num contexto sociopolítico que se mostra cada vez mais rachado e dividido de maneira polarizada, os pedidos de mais empatia assumem a forma de uma disseminação de união, amor e entendimento mútuo entre os seres humanos, mesmo com ideias e ideais divergentes.


Há de se tomar cuidado para não cair no que o filósofo austríaco Karl Popper batizou como “Paradoxo da Tolerância”, explicado pelo jornal Folha de São Paulo: é preciso impor limites à tolerância (e, por extensão, à empatia) para que ela não abranja discursos de ódio e de violência contra minorias. Senão, a própria liberdade da sociedade será expurgada se esse tipo de ideal prevalecer.

Mesmo assim, a empatia é como um músculo e deve ser exercitada. Livrar-se de preconceitos e pré-julgamentos é um importante passo na hora de entender as falas e ações alheias, algo necessário para uma convivência harmoniosa em tempos tão estranhos.

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Coloque em prática

Quatro exercícios de respiração para relaxar em 5 minutos

Uma das técnicas usadas no yoga para acalmar a mente o corpo são os chamados pranayamas, ou exercícios de respiração.

12 de Dezembro de 2018


Uma das técnicas usadas no yoga para acalmar a mente o corpo são os chamados pranayamas, ou exercícios de respiração. Eles costumam ser utilizados durante a realização das posturas, mas também podem ser facilmente incorporados no dia a dia para diminuir a ansiedade e gerenciar o estresse.

Conheça quatro exercícios que podem ser praticados por qualquer pessoa.

Respiração da abelha
“Esse é um dos exercícios que considero mais potentes para mudar qualquer tipo de vibração”, afirma Carolina Zoli, professora de hatha yoga da Casa Jaya, em São Paulo. A prática tem esse nome por imitar o som de uma abelha (Bhramari, em sânscrito). Inspire livremente pelas narinas e solte o ar vibrando o som na garganta durante toda a expiração. Continue em um ritmo confortável por 5 a 10 minutos. “A técnica pode trazer benefícios relacionados a insônia, ansiedade e estresse”, diz Zoli.

Respiração Lunar
Também conhecida como Chandra Bhedana, acalma o corpo e a mente inquieta. Sentado em uma posição confortável, tampe a narina direita com os dedos indicador e médio. Inspire pela narina esquerda e inverta a posição dos dedos, tampando agora a narina esquerda. Solte o ar pela narina direita. Faça três ciclos por 3 a 5 minutos. “Não faça esse exercício se estiver se sentindo letárgico ou sonolento”, recomenda Carolina Zoli.

Respiração na barriga
Esse pranayama simples diminui a ansiedade e combate a depressão, segundo Tarika Palmieri, professora de inner rioga do Espaço Kurma, em São Paulo. Sente-se em uma posição confortável ou deite-se com os joelhos flexionados. Feche os olhos e observe a respiração.  Coloque as palmas das mãos abaixo do umbigo, relaxe os braços, a cervical e o maxilar. Inspire profundamente pela boca e sinta o ar chegar até a barriga, expandindo o abdômen. Na expiração, o abdômen se contrai naturalmente. Continue de maneira contínua e suave, sem forçar a respiração, por 5 a 10 minutos. “Por estética ou tensão, os adultos tendem a contrair o abdômen e respirar na parte de cima do peito. Mas isso não é natural”, aponta Palmieri. “Observe um bebê dormindo e perceba que a barriga dele sobe e desce conforme ele inspira e expira.”

Respiração profunda no coração
Trata-se de um exercício semelhante ao da barriga, mas com ênfase na região do coração. Sentado ou deitado em uma posição de relaxamento, coloque a palma da mão direita sobre o coração. A outra mão pode ficar descansada no colo ou no joelho. Feche os olhos, inspire e sinta a caixa torácica expandindo. Expire e perceba que a região relaxa. Repita por 3 a 10 minutos. “Tanto essa respiração quanto a anterior trazem a pessoa para o momento presente e diminuem a ansiedade e a depressão”, diz Palmieri.


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