Coloque em prática

Por que você deveria adotar a bicicleta como meio de transporte?

O veículo que em algum momento de sua vida pode ter oferecido somente lazer, hoje pode ser uma alternativa para a sua mobilidade, entre outros benefícios

7 de Junho de 2024


Todo mundo tem uma lembrança que envolva bicicleta e infância. Seja a primeira vez que andou sem rodinhas, ou lembrar daquela bicicleta que dividia com o irmão, uma cicatriz que ficou das primeiras quedas e até mesmo ter desejado uma bicicleta, mas nunca ter tido uma efetivamente. 


O fato é que as bikes são verdadeiros sonhos de consumo quando somos crianças e o objetivo final é sempre o mesmo: o lazer. Queremos as duas rodas para andar para lá e para cá, para adquirirmos velocidade, chegarmos mais longe, descermos rampas e competirmos. 

Acontece que, na vida adulta, a bicicleta pode ficar para escanteio ou então representar um esforço físico muito alto, algo relacionado a academias e aulas de spinning. E nessas, muitos se esquecem de que ela é, antes de mais nada, um meio de transporte utilizado há décadas - e que usá-la dessa forma pode ser positivo por muitos fatores. Nesse artigo, te contaremos um pouco mais a respeito!

A história da bicicleta


Falar de como a bicicleta nasceu é viajar no tempo por estradas fascinantes, em um longo processo de desenvolvimento ao longo dos séculos. Foi ainda no século 19 que surgiram os primeiros modelos, diretamente da Alemanha - conhecida por ter criado as “primeiras coisas” de muitas outras utilidades. 

O ano era 1817 e o inventor Karl Drais apresentava ao mundo a sua draisiana, também conhecida como "máquina de correr" ou "cavalo de pau”. Ela foi o primeiro veículo de duas rodas com uma direção utilizável, como conta o jornal alemão DW, apesar de não possuir pedais e ser impulsionada pelos pés do usuário tocando o chão.

Ali surgia a “avó” da bicicleta, que já nessa época atingia a velocidade de 15 quilômetros por hora, permitindo que Drais percorresse 50 quilômetros em quatro horas para fins de demonstração. Isso foi impressionante, visto que ela já se apresentava quatro vezes mais rápida que o meio usual de transporte na época - o correio puxado a cavalos.

Mas, engana-se quem pensa que o sucesso foi imediato: o interesse pela sua industrialização foi baixo e apenas 50 anos depois o veículo começou a se popularizar, com alguns enriquecimentos técnicos que melhoraram sua performance e deixaram aquela estrutura dura, com rodas de madeira e peças de aço, um pouco mais confortáveis.


Na década de 1880, os primeiros avanços mais significativos começaram a surgir. A Bicicleta de Segurança, que nasceu em 1880, trouxe o design com duas rodas de tamanho igual e um sistema de transmissão por corrente, muito parecido com o que temos hoje e tornando o uso do veículo mais seguro e acessível.


Em 1888, a invenção da roda pneumática, criada pelo médico inglês John Boyd Dunlop, modernizou ainda mais e deixou a alemã “draisiana” para trás de vez. Ela recebeu o nome de "penny-farthing" (ou "bicicleta ordinária") e possuía uma roda dianteira maior que a traseira, tornando ela mais veloz mas, também, mais instável e perigosa.


Vale dizer que antes de chegar o modelo mais moderno, houve um modelo intermediário em 1860: o velocípede, ou "bone shaker" (sacudidor de ossos). Ele possuía pedais fixados diretamente à roda dianteira e foi o primeiro a ganhar popularidade, apesar de ser bastante desconfortável pois ainda mantinha as rodas de madeira e pneus de metal.

Os vários usos de uma bicicleta


Com a modernização, veio a popularização e as bicicletas tomaram toda a parte. Começaram a surgir variações específicas desenvolvidas para corrida, transporte urbano, montanhismo e outras atividades, introduzindo materiais mais leves e firmes, como alumínio e fibra de carbono, além de melhorias nos sistemas de freio, tornando-a mais segura.

E então, chegou o século XXI. E com ele, a urgência de buscar saídas mais limpas para a mobilidade, já que o meio ambiente tornou-se tema central. As bikes elétricas, também chamadas de e-bikes, ganharam popularidade oferecendo assistência de motor elétrico tornando o pedalar mais fácil, o que é particularmente positivo para terrenos difíceis ou para usuários que precisam de um impulso extra.

Essa ideia de coletividade e de ter esse veículo como algo maior também impulsionou a criação de sistemas de compartilhamento em muitas cidades ao redor do mundo. Pode parecer pouco, mas foi essa medida que ajudou a promover o uso da bicicleta como uma solução prática e ecológica de transporte urbano.

O uso de tecnologias inteligentes, como rastreamento por GPS, integração com smartphones e sistemas de segurança avançados, seguem transformando a experiência do ciclismo em algo muito maior do que somente se divertir indo pra lá e pra cá ou descendo rampas.

A bicicleta como símbolo cultural e social


Como dito anteriormente, as bicicletas têm desempenhado um papel crucial na mobilidade pessoal, e traz independência em regiões onde o transporte motorizado é inacessível ou impraticável, como extremos rurais, por exemplo. Ela também foi associada desde o final do século XIX como um símbolo de emancipação feminina, já que ela representava a liberdade e a igualdade e permitia que as mulheres pudessem se locomover mais rapidamente enquanto os carros ainda não eram permitidos para elas.

Hoje em dia, ela é uma das grandes representações de uma alternativa mais sustentável para o planeta, contribuindo para a redução da poluição e do congestionamento urbano. Ela ainda oferece também menos custos para quem não pode pagar por um carro, por exemplo, além de promover a saúde pública, já que ela não deixa de ser também um exercício físico.

Alguns outros benefícios ficam por conta:

  • Controle de peso e consequente redução do risco de doenças
  • Redução do estresse e melhora do humor
  • Benefícios fiscais, já que em alguns lugares, há incentivos e subsídios para quem utiliza a bicicleta como meio de transporte
  • Ajuda a evitar trânsitos e é mais fácil de estacionar
  • Contribuem para a diminuição não só da poluição do ar, mas também a sonora
  • Permite que você olhe ao seu redor enquanto pedala e aproveite a paisagem
  • Cidades com mais ciclistas tendem a ter ar mais limpo e ambientes urbanos mais agradáveis e seguros
  • Fomentar um senso de comunidade e conectividade entre as pessoas, além de criar “grupos” e tribos de ciclistas, promovendo interações sociais mais frequentes 
  • Até mesmo em sua fabricação e manutenção, elas requerem menos recursos naturais do que a produção e manutenção de carros.

    Por tudo isso, a história da bicicleta é uma narrativa de inovação, adaptação e impacto significativo no coletivo e mostra que as adaptações são possíveis e bem-vindas em uma sociedade que está em constante transformação.

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Cinco maneiras de evitar a ansiedade causada por notícias

É possível manter-se informado e, ao mesmo tempo, afastar o estresse que as notícias podem causar

3 de Junho de 2019


Somos constantemente bombardeados com notícias reais e falsas (também chamadas de fake news ), que nos causam ansiedade e estresse. Especialistas compartilham dicas sobre como evitar essa fonte de desconforto. 1. Limite o tempo gasto lendo notícias Mais da metade dos americanos pesquisados ​​pela Associação Americana de Psicologia em 2017 disseram que o ambiente político era uma fonte significativa de estresse. “As pessoas são bombardeadas por todo tipo de informação. Você pode se sentir como um alvo de dardos, sendo atingido por pequenos fragmentos de notícias”, diz o psicanalista Brett Kahr. Uma maneira de reduzir o impacto do ciclo de informações é limitar o tempo gasto lendo ou assistindo às notícias no seu celular. 2. Desative notificações por push Se o desejo de rolar a tela do celular é muito forte, desligue suas notificações em push de aplicativos e sites de notícias. Um estudo de 2016 descobriu que essas notificações "exerceram uma influência negativa na função cognitiva" por meio da interrupção das tarefas diárias, enquanto outro de 2015 afirmou que a ferramenta "pode ​​criar estresse devido à sobrecarga de informação". 3. Leia boas novas O acadêmico Hans Rosling se refere à “circunstância” como um meio de manter as notícias do mundo em perspectiva. Se nos concentrarmos no cenário mais amplo, como a proporção de pessoas que vivem em extrema pobreza divididas pela metade nos últimos 20 anos, talvez seja mais fácil permanecer otimista. Rosling chama isso de "compreensão como uma fonte de paz mental". Ele diz: "Quando você ouvir algo terrível, acalme-se perguntando: se houvesse uma melhora positiva, eu teria ouvido falar sobre isso?" 4. Escolha fontes confiáveis A mídia social ajuda a disseminar notícias falsas. Eric Carlsson, professor de estudos de mídia e comunicação, diz: “Tem havido uma crise de conhecimento e verdade devido a notícias falsas, muitas das quais estão espalhadas nas mídias sociais”. Busque notícias em publicações confiáveis. 5. Não leia o noticiário antes de dormir O uso de telas antes de dormir atrapalha o relógio interno e interrompe o sono. Portanto, ler notícias no celular ou no tablet antes de dormir pode tornar suas manhãs mais ansiosas e cansativas. “As rotinas de autocuidado à noite são importantes”, diz o psicoterapeuta Graham Music. Fonte: Ammar Kalia, para The Guardian Síntese: Equipe Plenae Leia o artigo completo aqui .

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