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Por dentro do aromaverso

A tendência do momento é na realidade uma sabedoria antiga, mas que vem ganhando mais adeptos e mais estudos a respeito

5 de Setembro de 2023


Você pode até não saber, mas os cheiros não são parte dos nossos cinco sentidos essenciais de forma leviana. Vai muito além de somente sensações ou odores agradáveis: é graças ao cheiro que conseguimos nos salvar de situações perigosas, como vazamento de gás, que conseguimos distinguir comidas estragadas, dentre outras funções. 

Quando ficamos com esse sentido prejudicado, temos o que a ciência chama de anosmia, que é a perda total dessa capacidade. Sua perda parcial é chamada de hiposmia. Essas sensações ficaram bem constantes e ganharam mais notoriedade durante a pandemia da covid-19, já que esse era um dos sintomas clássicos de infecção das primeiras cepas. 

Os odores são tão importantes para a nossa espécie que exercem efeito até mesmo em nossas relações, segundo estudos. Sabe aquelas amizades em que o “santo bate” assim, de cara? Segundo pesquisadores, quando dois desconhecidos se dão bem de forma tão espontânea e imediata, é porque há uma semelhança de odor corporal entre ambos. 

Da mesma forma, o mecanismo dos odores atua na nossa reprodução. O chamado ferormônio é uma substância liberada em mamíferos e até insetos do sexo feminino que atrai de forma inconsciente um parceiro sexual. Ele funciona como uma mensagem de que aquela fêmea está fértil e pronta para acasalar. Nós, seres humanos, não fugimos a essa regra, mas esse odor age de forma muito sutil, não somos exatamente capazes de o sentir. 

Os cheiros gostosos - a aromaterapia

Agora que já falamos sobre esses cheiros, digamos, funcionais, ou seja, que possuem alguma função específica e não são necessariamente bons, é hora de falar sobre os odores agradáveis que também exercem alguma função no nosso corpo. 

A aromaterapia é uma terapia complementar que utiliza o aroma e as partículas liberadas pelos óleos essenciais para estimular diferentes partes do cérebro, como explica esse artigo. Apesar de não constar como terapia autorizada pelo Conselho Federal de Medicina, que alega carecer de mais comprovações científicas, a prática já é amplamente adotada - inclusive pelo nosso Sistema Único de Saúde, o SUS, nas chamadas Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS)

Sua função vai desde aliviar sintomas da ansiedade e depressão, até descongestionar nariz, auxiliar na concentração e aliviar dores musculares, alergias ou lesões. A aromaterapia é uma prática complementar, ou seja, ela não substitui um tratamento médico, mas sim, o auxilia e o otimiza. 

Além disso, é preciso consultar um especialista no assunto, afinal, cada odor possui a sua função específica, a sua dosagem, forma de aplicar - seja na pele, no travesseiro ou mesmo em um umidificador de ambientes - e alguns podem ser tóxicos em algum nível e gerar desde sintomas mais brandos, como dores de cabeça e náusea, até mesmo um nível de toxicidade maior que pode trazer problemas respiratórios mais sérios. 

Funções da aromaterapia

Como mencionamos anteriormente, a aromaterapia tem diferentes tipos de aplicações. As mais conhecidas são: 

  • Sintomas emocionais como ansiedade, depressão, estresse, agitação e irritabilidade;

  • Cansaço físico ou mental

  • Dificuldade de concentração

  • Falta de memória ou de energia

  • Insônia

  • Dor crônica, neuropatia periférica, dor nas articulações, dores de cabeça comuns, enxaqueca ou dor e tensão muscular

  • Reumatismo

  • Feridas, infecções na pele e acnes

  • Aumento da libido

  • Cólicas menstruais 

  • Má digestão e alívio de náuseas

  • Fortalecimento do sistema imunológico;

  • Gripes, resfriados e seus sintomas como tosse, nariz entupido ou escorrendo, dor de garganta, etc. 

  • Tratamentos de alívio nos efeitos colaterais da quimioterapia ou em cuidados paliativos. 

Há alguns óleos mais famosos do que outros, seja pelo seu agradável odor ou pela amplitude de tratamentos que ele oferece. É o caso do óleo de lavanda, talvez o mais famoso de todos eles, que pode oferecer alívio nos sintomas de insônia, cansaço, irritabilidade, entre outros. 

Óleos como o de bergamota, alecrim, jasmim, manjericão, erva-cidreira, sândalo, patchouli, Ilangue-ilangue, eucalipto, entre outros, também figuram nas indicações de especialistas e nas prateleiras de lojas de produtos naturais.

Cada um oferece os seus respectivos benefícios. Para o alívio de acne, candidíase, micose e outros problemas de pele, por exemplo, o óleo de melaleuca costuma ser o mais indicado. Para emagrecer, há óleos que ajudam a acelerar o metabolismo, melhorar a digestão e a disposição para se exercitar ou inibir a fome, por exemplo. Limão, canela, hortelã-pimenta, gengibre são alguns dos principais nomes. 

Óleos como eucalipto, lavanda, gengibre ou cúrcuma possuem propriedades anti-inflamatórias que ajudam a aliviar os sintomas do reumatismo e dores musculares em geral. Mas o de lavanda, como já dissemos, também ajuda na insônia, justamente por trazer esse relaxamento total para o corpo. 

O uso da aromaterapia de forma aplicada

Há vários meios para usufruir desses benefícios dos óleos essenciais. Você pode pingar no chão do seu banheiro e esperar que o vapor do banho traga o seu odor, ou no caso de insônia, pingar no seu travesseiro. Há até alguns travesseiros que já são específicos para isso, como o Zen Sleep, que oferece os aromas de lavanda, camomila, entre outros.

Você pode usá-los ainda em massagens, preso a um colar específico para isso, sprays ou aromatizador - e bastam sempre poucas gotas, de 2 a 3 no máximo. Mas, no fim, todos possuem a mesma finalidade: serem inalados. Portanto, o meio mais eficaz de usufruir dos óleos essenciais é inalando ele diretamente, pois dessa forma as moléculas conseguem chegar mais rapidamente e facilmente no sistema límbico do cérebro, criando alterações buscadas no funcionamento do corpo. 

Mas, aqui vão algumas dicas para fazer um bom uso:

  • Inicie com com inalações leves e depois vá aumentando o número de inalações e a intensidade. 

  • Essa inalação pode ser feita diretamente do frasco ou então, pingue uma gota em seu pulso e as realize.

  • Comece com as inalações curtas, de 3 a 7 respirações seguidas, várias vezes ao dia. 

  • Depois as médias, de 10 a 15 respirações seguidas. 

  • Enfim, chegue às longas, de 10 a 15 minutos de respirações seguidas, 2 a 3 vezes ao dia

  • Para fazer as inalações corretamente deve-se respirar o óleo diretamente do frasco, inspirando profundamente e depois segurando o ar por 2 a 3 segundos, antes de expirar, como explicam os especialistas. 

Por fim, a aromaterapia não deve ser nunca feita por crianças, mulheres grávidas ou em amamentação sem o acompanhamento de seu médico de confiança. Converse sempre com um especialista para gozar dos benefícios sem riscos!

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Coloque em prática

Dez passos simples para mudar seus hábitos

Conheça a estratégia dos micro-passos e comece ainda hoje a aplicá-los!

2 de Janeiro de 2020


Em 6 de abril de 2007, acordei em uma poça de meu próprio sangue. Fazia dois anos que eu estava construindo o The Huffington Post . Mãe divorciada de duas filhas adolescentes, eu acabara de voltar de uma semana levando minha filha mais velha a potenciais faculdades. Como ela insistiu que eu ficasse fora do meu Blackberry durante o dia, passaria todas as noites acordada trabalhando. E assim, na manhã seguinte ao retorno para casa, acordei exausta - e desmaiei. O resultado foi um osso quebrado no rosto, vários pontos no olho e o início de uma longa jornada. Nos dias que se seguiram, eu me encontrei em muitas salas de espera de médicos, que, ao que parece, são ótimos lugares para pensar sobre a vida. E é isso que eu fiz. Eu me fiz muitas perguntas, como: É assim que o sucesso realmente se parece? Essa é a vida que eu quero levar? A resposta foi não. E o diagnóstico que recebi de todos os médicos foi que eu tive um caso grave de burnout. Então, eu mergulhei no crescente corpo da ciência sobre a conexão entre bem-estar e desempenho, e como podemos realmente ser mais produtivos quando priorizamos nosso bem-estar e levamos tempo para desconectar e recarregar. Decidi fazer muitas mudanças na minha vida. Eu queria começar a dormir o suficiente. Eu queria começar a meditar novamente, o que aprendi a fazer quando criança. Queria mudar a maneira como trabalhei para ser mais produtiva, mais focada, mais enérgica e menos cansada e estressada. Mas fazer mudanças em nossas vidas e criar novos hábitos não é fácil, especialmente quando nos aproximamos da estação das resoluções: um estudo da Universidade de Scranton descobriu que 92% das pessoas não conseguem manter as resoluções de Ano Novo e outra descobriu que 80% já falharam na segunda semana de fevereiro. Por isso, na Thrive Global, empresa que fundei para ajudar as pessoas a melhorar seu bem-estar e desempenho, nosso sistema de mudança de comportamento é construído com a ideia de micro passos. Trata-se de estratégia simples que você pode adotar para fazer mudanças imediatas em sua vida. Aqui estão dez dos meus micro passos favoritos. Cada um deles pode servir como base para promover mudanças em sua vida. 1. Escolha um horário para desligar o celular Nossos telefones são repositórios de tudo o que precisamos guardar para nos permitir dormir: nossas listas de tarefas, caixas de entrada, projetos e problemas. Desconectar-se do mundo digital ajudará você a dormir melhor, recarregar mais profundamente e reconectar-se à sua sabedoria e criatividade. 2. Programe o alarme para tocar 30 minutos antes de dormir Se você pensa no sono como um compromisso, é muito mais provável que conceda o tempo que ele merece. Definir um alarme serve como lembrete para finalizar as tarefas antes de dormir. 3. Sente-se para comer Comer de pé pode nos fazer sentir como se estivéssemos sendo produtivos ou economizando tempo. Mas comer sem pensar nos leva a consumir mais calorias e pode causar inchaço e indigestão. 4. Movimente a reunião Em vez de ficar sentado em uma sala de conferências, tente caminhar com um colega durante uma reunião. É menos provável que você acesse seus dispositivos eletrônicos, e o movimento pode ajudar a estimular a criatividade. 5. Desative suas notificações Quanto mais nosso telefone vibra, mais nos condiciona a liberar cortisol, o hormônio do estresse. 6. Faça uma limpeza na tela inicial do seu telefone Reserve apenas alguns minutos para determinar quais aplicativos você realmente precisa acessar. Mantenha apenas ferramentas que agregam valor - não aplicativos projetados para consumir mais sua atenção. 7. Deixe-se aborrecer Da próxima vez que estiver na fila, no trânsito ou esperando alguém atrasado para uma reunião, aceite o momento, em vez de imediatamente olhar para o seu telefone. Momentos não estruturados podem fomentar criatividade, reflexão e conexão. 8. Reserve tempo para gerenciar o e-mail Estudos mostram que são necessários em média 25 minutos para retomar a atenção depois de uma interrupção. Portanto, reservar um tempo para o e-mail pode ajudar a evitar distrações da caixa de entrada. 9. Separe até 5 minutos por dia ou semana para se preocupar Anote ou reflita sobre suas preocupações. Não defina expectativas sobre como resolver suas preocupações ou gerar soluções. Os caminhos a serem seguidos podem surgir naturalmente. 10. Marque um horário para encerrar o dia, mesmo que não tenha concluído as tarefas Depois de lidar com as prioridades do dia, reconheça que em qualquer trabalho é quase impossível fazer tudo o que você poderia ter feito em 24 horas. Reserve um tempo para recarregar e retome o trabalho no dia seguinte. Fonte: Arianna Huffington, para The New York Times Síntese: Equipe Plenae Leia o artigo completo aqui .

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