Coloque em prática
Termo utilizado por pesquisadores de Harvard apontam para eventos cotidianos que têm relação com as nossas interações diárias
21 de Agosto de 2020
Fim de mais um dia de trabalho. Você desliga o computador, se desloca até a sua casa e aguarda ansiosamente pela sensação de pleno descanso e conforto, seguida de uma noite longa de sono sem interrupções. Mas nem sempre essa é a realidade. Por que isso acontece?
Porque você, provavelmente, está esgotado. E esse esgotamento é, muitas vezes, proveniente não só de um grande episódio estressante, mas de pequenos estresses acumulados ao longo do dia, que te impedem de simplesmente desligar.
Como já diz o seu nome, microestresses são pequenos desequilíbrios ao longo do nosso dia que chegam até nós nem sempre por vias agressivas. Ou seja, o estereótipo de irritabilidade, fúria ou um grande embate é sim relevante, mas não faz parte desse termo que aqui estamos tratando.
O microestresse mora, sobretudo, na interação que temos com outros seres humanos, tanto dentro quanto fora do trabalho. E, não fosse o seu resultado catastrófico quando acumulado, ele poderia até mesmo passar despercebido.
Isso porque um ruído na comunicação entre duas pessoas, uma parte do trabalho que ficou por fazer, a velocidade de um outro alguém que não está sincronizada com a sua, um comportamento imprevisível de alguém acima de você, pessoas com uma energia negativa contagiosa, responsabilidades que surgem de repente - tudo isso pode ocasionar um microestresse sem necessariamente um rompante de fúria.
E aí, o que parecia um desafio momentâneo a ser solucionado ali, de forma rápida e prática, pode demandar muito mais de nós mesmos do que você imaginava. A situação pode até estar contida, mas ela deixou registros na sua psique.
Como já se sabe, o estresse te torna mais suscetível a desenvolver doenças crônicas, ou de natureza emocional. Estima-se que de 60% a 80% das idas ao médicos são resultado de queixas ocasionadas pelo estresse. Ele já é inclusive considerado um perigo para o local de trabalho, algo que pode não só reduzir o desempenho e a produtividade, mas gerar uma incapacitação e até afastamento de um funcionário.
Já no caso dos microestresses, o resultado mais comum é mesmo o esgotamento, que muitas vezes pode aparecer sem nenhum motivo, mas quando olhado mais de perto, deixa transparecer que houve uma sucessão de acontecimentos sem grande gravidade aparente, mas que levaram o indivíduo até ali.
Atualmente, vivenciamos um episódio de microestresse que pode afetar a todos nós: a pandemia. Por mais saudáveis que estejamos, sem nenhum familiar acometido pela covid-19, diariamente somos bombardeados com notícias difíceis de serem digeridas. Além disso, há uma tensão no ar em panoramas globais pela falta de perspectiva de melhoras.
A quantidade de novidades que o “novo normal” trouxe consigo pode ser também um microestresse. Adaptação ao home office, novas preocupações com o futuro, mudança e aprimoramento da rotina de higiene, saudades do contato humano. Tudo isso pode parecer passageiro, mas à longo prazo, gera sintomas no indivíduo.
Agora que você já sabe a provável natureza do seu cansaço, faça pequenas mudanças no seu dia a dia. Esteja mais atento ao seu redor e às situações que parecem inofensivas de cara. Lembre-se: a junção de todas elas resulta em uma versão sua mais esgotada e improdutiva. Sua vida deve ser feita de bons hábitos, entre eles, um cotidiano mais relaxado.
Coloque em prática
Transformar colegas de equipe em amigos para a vida pode ser possível e ainda pode ser também fonte de muitos benefícios. Leia mais sobre!
20 de Outubro de 2023
No quinto episódio do Podcast Plenae, nos
divertimos com a história dos dois inseparáveis amigos da cozinha e da vida:
Claude e Batista. Conhecidos por seus programas que misturam culinária e humor,
a dupla se conheceu por conta do trabalho, mas permaneceu por conta dos afetos
de modo que o ofício se tornasse um mero detalhe nessa dinâmica.
Não são raras histórias assim. Há, sim, competitividade e percalços nas relações profissionais que podem transformar o seu ambiente de trabalho em um lugar tóxico, como te ensinamos a identificar neste artigo. Mas isso não precisa ser regra. Há também a possibilidade de estreitar laços com aqueles que compartilham dos mesmos objetivos que você e, porque não, passam grande parte do dia ao seu lado.
Com o passar do tempo, fazer novos amigos pode ser
uma tarefa desafiadora, como comentamos nessa matéria. Os motivos são vários: falta de tempo e de
oportunidade, a perda da espontaneidade que temos quando somos mais novos,
interesses em comum diferentes, entre outros. No caso da “oportunidade”, o
nosso emprego pode ser uma delas, já que passamos tanto tempo por lá.
Aquele ditado “amigos, amigos, negócios à parte”
até tem o seu valor, mas pode reforçar essa ideia de que nossas relações estão
sempre fora do ambiente de trabalho. É claro que é importante saber separar as
obrigações da diversão e reservar um espaço para a seriedade, tão importante
para fazer a máquina girar.
Mas, não precisa ser assim tão duro e inflexível.
Inclusive, trazer o brincar para o trabalho é parte de um processo importante
de escuta ativa, como te contamos aqui neste Plenae Entrevista. E a escuta ativa é mecanismo importantíssimo para
um dia a dia mais empático, leve e, porque não, mais produtivo.
Além disso, a felicidade, como já dissemos por aqui, vem antes do sucesso - como um degrau, dos mais
importantes, vale dizer. Sabemos que as relações humanas são muito importantes
para o nosso bem-estar, portanto, está tudo conectado, analisando de forma
geral.
Outro ponto importante de ter boas relações no
trabalho não traz só distração, como algumas mentes mais conservadoras podem imaginar.
As boas relações podem reforçar a união da equipe, trazendo melhores resultados
e também mais motivação, produtividade e criatividade, como pontua a revista Forbes.
Ainda sobre a criatividade, tão difícil e desejada
e que falamos mais nesse artigo, ter mais mentes pensando - e pensando em
harmonia, o que é mais importante - é um ponto positivo para a resolução de
problemas. Portanto, fazer amigos no trabalho é benéfico até mesmo para
encontrar saídas que antes você podia estar tendo dificuldade de visualizar.
Segundo uma pesquisa do Instituto Gallup, ter pelo
menos um amigo no trabalho traz, além de uma maior satisfação geral, uma queda
na procura por outro, ou seja, uma maior retenção do colaborador ali naquela
empresa. Este artigo na Folha ainda pontua como as boas relações no trabalho
reduzem as chances de ter burnout, síndrome que te contamos neste artigo, e ainda ajuda a impulsionar a carreira.
No caso dos homens, um outro artigo, também da Folha, revela que ter essas conexões no emprego ajuda a combater a solidão, sentimento que se tornou uma verdadeira epidemia nos últimos tempos, como revelamos. Portanto, os benefícios podem ser ainda maiores e mais específicos do que imaginávamos.
Essa é a pergunta do milhão, é claro. Primeiro
porque fazer amigos, em qualquer lugar, pode ser tarefa desafiadora para alguns
e pode piorar com o tempo e com a idade, como dissemos anteriormente. Segundo
porque o ambiente de trabalho exige alguns limites e estabelecê-los pode ser
difícil.
O primeiro passo para evitar tudo isso é talvez o
mais simples e espontâneo de todos: só se aproxime daqueles que você percebe
uma clara conexão e identificação. Isso tornará tudo mais simples depois para
que você se sinta mais à vontade tanto para estreitar os laços como para estabelecer
algum limite porventura necessário.
Uma vez identificada essa pessoa - ou essas
pessoas, no plural -, é hora de ir atrás de forma intencional. Criar situações,
como um almoço, um simples café, um projeto juntos ou até um happy hour,
pode ser um bom caminho. Nesse artigo,
te demos ainda outras dicas, como permitir ser mais vulnerável, fazer perguntas
e até não colocar tanta pressão em cima disso.
Aqui, também falamos sobre aproximar conexões que já existem, mas que
ainda não são tão sólidas. Criar uma base de segurança ou aceitar que a
proximidade não tem um tamanho único para todas as suas relações são alguns dos
passos dados. O importante, no final das contas, é ser verdadeiro, estar
disponível e aberto e prestar atenção no outro. Você colherá os benefícios a
partir daí, acredite!
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