Coloque em prática

Como ter uma lista de "o que fazer antes de morrer" pode ajudar a encontrar propósito

Pode parecer uma “besteira”, mas essa lista ajuda a apontar para um norte e possui uma função muito maior

3 de Maio de 2024


No quinto episódio da décima quinta temporada do Podcast Plenae, nos emocionamos com a história de Simone Mozzilli, que de voluntária em um projeto que atendia pessoas com câncer, se viu paciente de um dia para o outro. O caso se torna ainda mais impressionante quando entendemos que ela só fez os exames e procedimentos que salvaram sua vida “sem querer”, depois da insistência de uma criança que se aproximou muito dela durante seus últimos meses de vida. 

Toda essa história, é claro, nos faz colocar tudo em perspectiva: o que realmente importa? Pelo que vale a pena lutar? E mais: como descobrir o meu propósito, a minha missão de vida? Para essa última resposta, chegamos a uma pista que pode ser interessante: fazer listas! Te contamos mais a seguir.


A importância das listas


Antes de falar sobre a lista de coisas para fazer antes de morrer, tema central de nosso artigo, vamos falar apenas sobre o benefício que há em fazer listas de todo tipo. Segundo artigo da BBC Brasil, nós só conseguimos manter em mente apenas quatro pensamentos simultaneamente. Portanto, como pontua o neurocientista Daniel Levitin, a lista já começa com um ponto positivo, pois nos ajuda a liberar espaço mental e evita que estejamos esquecendo (ou apenas sentindo) algo. 

Essa mesma lista ainda vai te trazer clareza do que é prioridade e o que pode esperar, o que é seu e o que é possível delegar. Isso traz mais agilidade para suas demandas e indiretamente reduzirá a sua ansiedade diante de uma entrega, por exemplo, pois você estará mais organizado para isso. 

No caso de listas mais específicas, como a de um supermercado, você além de economizar tempo, também economizará dinheiro, evitando as compras desnecessárias e indo ao estabelecimento com mais foco. Ela ainda ajuda prevenir erros, tanto nesse caso do supermercado, como em outros na vida. Afinal, ir dando “check” no que já foi não é só uma ferramenta para trazer bem-estar, mas também para sermos mais assertivos. 

Em uma clássica lista de “to do’s” para fazer no dia, por exemplo, você consegue manter o foco e se ater àquilo que importa, fazendo um melhor uso do seu tempo, e ainda consegue enfrentar aquela tarefa que vem sendo postergada há tempos. Percebe como só de ler todos esses ganhos, você já pode estar sentindo uma paz interior? Imagina colocando na prática.  

O lado subjetivo das listas


Há ainda o lado mais subjetivo das listas, que vão para além dessa organização prática. O mesmo artigo da BBC traz a pesquisa feita pelo psicólogo Jordan Peterson sobre definições de objetivos. Os resultados indicaram que estudantes têm desempenho notavelmente melhor quando seguem um processo que envolve refletir sobre seus hábitos e elaborar uma lista de metas para o futuro.

Seus achados conversam com as descobertas de um estudo de 2013, que apontou que funcionários conseguem aumentar sua produtividade em 10% ao traçarem objetivos específicos, desafiadores e realistas. Isso vale para aquelas metas pessoais de longo prazo, que podem ficar mais fáceis de serem cumpridas quando colocadas assim, de forma objetiva e visual. 


Em caso de falta de confiança ou baixa autoestima, uma lista também pode ajudar. Que tal anotar tudo que você já conquistou, mesmo aquilo que não era uma meta? Criar um diário da gratidão, como te contamos aqui, é uma forma também de listar aquilo pelo que você é grato e os benefícios são imensos para sua mente e até para sua espiritualidade.

A lista do propósito


Por fim, chegamos à lista de coisas para fazer antes de morrer, que pode te ajudar a criar um propósito maior para sua vida. Juntando todos os benefícios que citamos anteriormente e focando no propósito, os benefícios podem ser:


  1. Entender o que realmente faz sentido para você e o que não faz 

  2. As coisas que você faz bem e aquilo que você não faz

  3. O que você espera a curto, médio e longo prazo

  4. Criar caminhos mais plausíveis e possíveis para os objetivos

  5. As pessoas que podem te ajudar a alcançar seus objetivos 

  6. O que você já tentou e não gostou e no que você ainda não tentou

  1. O que falta para você alcançar os pequenos ou primeiros passos


    Entre outros benefícios que não são tão específicos, mas que podem ajudar você indiretamente. Mas é preciso estar atento porque muitas vezes a sua missão de vida pode estar na sua frente e você pode não estar enxergando. E até mesmo para fazer uma lista, é preciso foco e intenção. Esteja pleno, presente e disposto a essa jornada.

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    Coloque em prática

    Qual é a diferença entre empatia e simpatia?

    Apesar de serem parecidas e até rimarem, os dois sentimentos divergem quanto aos seus porquês. Entenda mais a seguir.

    18 de Janeiro de 2022


    De tempos em tempos, alguns jargões parecem cair no gosto popular, por diferentes razões. Um deles, atualmente, é a palavra “empatia”. Em conversas de bar, nas redes sociais e até em campanhas publicitárias, diversos lugares e pessoas estão, cada vez mais, reforçando a importância desse conceito. Mas o que é essa tal empatia? E em que ela diverge de uma velha conhecida, a simpatia?


    Nós já te explicamos aqui neste artigo como nasce a empatia e se é possível aprendê-la. Mas, quando analisamos as duas palavras, percebemos que ambas têm sua formação etimológica com base no termo grego “Pathos”, que significa emoção. Ou seja, apesar de estar na moda, a empatia já era usada até mesmo por Aristóteles, mas com uma conotação um pouco diferente. 


    Para o filósofo, ela nada mais era do que a capacidade humana de projetar suas emoções num objeto. É o que nos permite interpretar uma obra artística, por exemplo. “Empatheia”, do grego, era sobre paixão. Não é difícil, então, perceber que esse conceito passou a abranger também outros humanos, não só objetos. No dicionário, empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro. 


    Empatia X Simpatia


    Mas isso não é a mesma coisa que simpatia? Não exatamente. Apesar de também ter suas origens na Grécia Antiga, simpatia, também segundo o dicionário em português, quer dizer a atração que algo ou alguém é capaz de provocar em outras pessoas. A diferença conceitual pode parecer ínfima, mas é significativa. 


    Já de acordo com o dicionário norte-americano Merriam-Webster, ambas as palavras até podem ser usadas como sinônimos em alguns casos, porém, há uma diferença fundamental: a empatia é sobre compreender a outra pessoa, enquanto a simpatia é sobre compartilhar um sentimento com ela.


    Isso quer dizer que quando você divide alguma sensação com alguém, quando há simpatia pela ação ou emoção do outro, é bem fácil existir essa compreensão empática, aproximando as duas palavras. É possível, no entanto, existir a empatia sem existir a simpatia.


    Daí que vem o apelo, tão clamado por todas as partes na sociedade ocidental moderna. Não é sobre concordar plenamente com as ações de uma pessoa, mas sim sobre entender que ela também é um ser humano com vontades, motivações, ideias e pensamentos próprios que a levam a agir daquela maneira.


    De acordo com Yuval Noah Harari, autor dos best-sellers Sapiens e Homo Deus, o ser humano só conseguiu se tornar uma espécie tão numerosa, poderosa e viver em comunidades tão extensas graças à cooperação. A empatia é fundamental nisso. Novamente, é aristotélico: projetamos nossa humanidade em quem nos cerca (em vez de um objeto, dessa vez) e, assim, temos uma maior compreensão e harmonia entre nós. 


    Perceba que não necessariamente a simpatia está envolvida. Empatia é muito mais sobre tratar as pessoas com a dignidade e respeito que nós, enquanto seres humanos, esperamos. Não precisa haver uma concordância ou afeição às ideias ou características de alguém para isso. E é possível, inclusive, aumentá-la, como explicamos aqui neste artigo e também o portal UOL.


    Empatia na modernidade


    Em tempos de “cancelamento”, conceito explicado aqui, é importante ressaltar que a empatia também não é sobre passar a mão na cabeça de quem toma atitudes questionáveis. De novo, entender e concordar não são a mesma coisa. A compreensão pode ser válida sem ser, bem, simpática.


    Num contexto sociopolítico que se mostra cada vez mais rachado e dividido de maneira polarizada, os pedidos de mais empatia assumem a forma de uma disseminação de união, amor e entendimento mútuo entre os seres humanos, mesmo com ideias e ideais divergentes.


    Há de se tomar cuidado para não cair no que o filósofo austríaco Karl Popper batizou como “Paradoxo da Tolerância”, explicado pelo jornal Folha de São Paulo: é preciso impor limites à tolerância (e, por extensão, à empatia) para que ela não abranja discursos de ódio e de violência contra minorias. Senão, a própria liberdade da sociedade será expurgada se esse tipo de ideal prevalecer.

    Mesmo assim, a empatia é como um músculo e deve ser exercitada. Livrar-se de preconceitos e pré-julgamentos é um importante passo na hora de entender as falas e ações alheias, algo necessário para uma convivência harmoniosa em tempos tão estranhos.

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