Coloque em prática

Como saber se o seu cérebro precisa de pausa?

Que tal começar o ano percebendo mais os sinais do seu corpo e respeitando os seus limites? Trouxemos algumas dicas valiosas para isso!

3 de Janeiro de 2024


O ano novo começou e, com ele, pode surgir um misto de ânimo pelo que está por vir e também um certo cansaço ainda acumulado, a preguiça clássica pós-férias. Neste mês, também celebramos a campanha do Janeiro Branco, cujo objetivo é trazer ainda mais luz aos temas relacionados à saúde mental.


Então que tal iniciar esse ciclo percebendo mais os sinais do seu corpo e respeitando os seus limites? Acredite: o seu cérebro dá sinais importantes e visíveis de que precisa de uma pausa, e esses mesmo sinais podem se tornar até mesmo físicos. Mas é preciso estar atento, ok? Trouxemos algumas dicas valiosas para isso!

Entendo a pausa

Em primeiro lugar, se faz necessário reforçar o óbvio, mas que por vezes é esquecido na sociedade acelerada que vivemos: a pausa é parte imprescindível da produtividade. Um cérebro e um corpo cansados não conseguem comparecer às expectativas de demanda e começam a adoecer. Portanto, encarar o descanso como algo fundamental deve ser o primeiro passo dessa jornada. 

Para isso, é preciso respeitar as sete fases do descanso que te contamos neste artigo. E isso vale para aqueles cochilos no meio da tarde: ao mesmo tempo que eles podem ser revigorantes, eles também podem te deixar ainda mais cansado. É preciso respeitar o ciclo do seu sono e cochilar pouco ou muito, pois é o meio termo que te deixará cansado. Te demos mais dicas valiosas neste artigo.

Por fim, prestar atenção não é tanto uma ação, mas uma forma de processar informações, diz Marta Sabariego, professora-assistente do Mount Holyoke College que estuda a atenção, ao jornal The New York Times. Para criar conexões criativas, processo que também te explicamos por aqui, é preciso deixar os nossos pensamentos fazerem uma pausa. 

“A solução de problemas e a inovação geralmente exigem deixar sua mente vagar para pensar em possíveis soluções usando esta rede de modo padrão, no qual fica ativa quando sonhamos acordados. Para pensar criativamente, precisamos dar espaço para nossos pensamentos vagarem ao fazer uma pausa”, diz o artigo mencionado.

É o chamado ócio criativo, termo que nos aprofundamos neste artigo e que é responsável justamente por nos permitir pensar em possíveis soluções fora da caixa e visualizar respostas e caminhos que, quando estamos sobrecarregados, não conseguimos perceber, pois nos atemos somente em realizar tarefas pré-estabelecidas e executá-las sem pensarmos muito a respeito. Perde-se muito nesse processo de automação do nosso cérebro. 


Os sinais

Partimos então do princípio de que o descanso com qualidade é preciso ser contemplado e estar nas suas obrigações diárias sempre, todos os dias, independente de qualquer sinal, certo? Porém, sabemos que isso nem sempre acontece. Além disso, cada corpo e cada tipo de tarefa exige um tanto de pausa diferente, como continua explicando o artigo. 

“Se o seu trabalho exige que você seja multitarefa –o que pode aumentar o número de erros, reduzir a criatividade e causar fadiga–, é provável que você precise de pausas com maior frequência. Também depende do que você estiver fazendo. Você pode ficar concentrado durante 90 minutos ou mais fazendo o trabalho que considera desafiador e gratificante, mas precisar de pausas mais frequentes ao fazer tarefas domésticas ou entediantes.” 

Outro ponto importante é que não é só a falta de descanso adequado que pode acarretar em um cérebro cansado, como explica o Healthline, também pode te deixar exausto, ainda que você repouse e faça pausas.

  • Passar muito tempo todos os dias lidando com responsabilidades esmagadoras

  • Viver com sintomas de saúde mental ou uma doença crônica

  • Dedicar muita energia todos os dias para pensar em problemas, preocupações ou outras fontes de estresse

  • Passar por algum estresse financeiro

  • Insatisfação no trabalho 

  • Cuidar de um ente querido que está doente ou tem necessidades especiais 

O mínimo então é estarmos ao menos prestando atenção nos sinais que o nosso corpo está enviando em relação ao tema. De modo geral, “mental” costuma se referir a habilidades cognitivas, como pensamento, memória, tomada de decisões e resolução de problemas. “Emocional”, por outro lado, está mais ligado aos sentimentos, incluindo a sua capacidade de identificá-los, processá-los e expressá-los. 

Neste artigo, te trouxemos alguns sinais de que o seu corpo está estressado. Você pode sentir desde falta de ar, queda na imunidade e dores musculares até excesso de sudorese, alterações no estômago e no seu peso e uma possível bexiga hiperativa - sem contar os problemas de pele que também podem ser psicológicos, como te contamos aqui. 

Mas há outros sinais. Você pode notar exaustão emocional, como explica o Healthline, ao navegar por sentimentos difíceis, dolorosos ou indesejados, como: tristeza, tristeza, raiva, solidão, ansiedade - e até o luto, tema que trouxemos por aqui recentemente, e que pode tomar todo o corpo com sintomas.

A exaustão mental e emocional, por sua vez, pode fazer com que você se sinta desapegado, desmotivado, apático e preso. Os desafios que você está enfrentando podem parecer impossíveis de superar e você pode se sentir esgotado demais para continuar tentando, e esse esgotamento pode resultar em fadiga emocional e mental.

Outros sinais mentais e emocionais:

  • Sentimentos de depressão, incluindo um humor persistente de tristeza, desânimo e desesperança 

  • Sentimentos persistentes de ansiedade 

  • Dificuldade em se preocupar com qualquer coisa e uma sensação generalizada de desapego, cinismo ou pessimismo 

  • Raiva ou irritabilidade 

  • Dificuldade em processar e gerir emoções 

  • Sensação de pavor e um declínio visível na motivação e uma produtividade letárgica

  • Movimentos mais lentos nas respostas

  • Dificuldade de concentração, de lembrar informações, de organizar pensamentos ou de concluir o trabalho corretamente

O que fazer a respeito?

Agora que você já reconhece a importância do descanso e os seus sinais iminentes, é hora de pensar no que fazer. Não basta simplesmente dormir, por exemplo, pois às vezes isso pode ser insuficiente. Além disso, o sono é reservado para uma hora específica do dia, e a sua rotina precisa ter outros pontos de alívio. Muitas vezes, nem mesmo tirar férias pode te ajudar se, ao retornar, mudanças vitais não forem feitas. Quais são elas?

  • Estar próximo a natureza, pelo menos um pouco e com frequência. Que seja um parque ou até mesmo manter o seu jardim, o importante é ter o verde logo ali, pautados sempre no conceito de Biofilia que trouxemos aqui.

  • Evite o excesso de telas e mais do que isso, o excesso de mídias sociais, que podem te bombardear com informações e causar estresse mental.

  • Após realizar uma tarefa grande, pare e realize algo menor e de preferência com um cunho lúdico. Entregou um grande relatório? Respire e faça umas palavras cruzadas.

  • Alimente-se corretamente. A glicose é parte fundamental da sua energia, portanto, não negligencie os pequenos lanches ao longo do dia.

  • Exercite-se corretamente. Seja em uma academia no horário que couber na sua rotina, seja fazendo exercícios em casa pela manhã ou pelo dia. Não há horário ideal para malhar, o importante é fazê-lo, como dissemos por aqui.

  • E falando em se mexer, não esqueça dos alongamentos! Esses podem ser feitos rapidamente e mesmo no ambiente de trabalho. Estique-se e inspire-se nessas dicas que te trouxemos.

  • Se há algum ponto específico que esteja te estressando além do normal, é preciso identificá-lo e afastar-se desse gatilho. Caso contrário, a situação pode se tornar insustentável.

  • Por fim, não desconsidere manter um diário da gratidão, que pode abrir os seus olhos para pontos especiais da sua rotina antes esquecidos, e claro, falar com uma escuta capacitada. A terapia é sempre um caminho válido!

Pronto! Agora você já consegue iniciar o novo ciclo mais atento e mais forte a quem mais importa: você mesmo! Coloque como meta em 2024 estar no topo das suas prioridades e perceba os benefícios da sua atitude.

Compartilhar:


Coloque em prática

Como ter mais equilíbrio na vida com a fórmula MAP

Criada pelo neurologista Pedro Schestatsky em seu livro “Medicina do Amanhã”, a fórmula contempla Movimento, Alimento e Pensamento. Conheça mais!

18 de Março de 2021


Recentemente, você leu aqui no Plenae sobre a Medicina do Amanhã , conceito criado pelo neurologista Pedro Schestatsky, autor de livro do mesmo nome. É por meio dela e de seus valores que o especialista acredita ser o caminho para voltarmos a ter uma medicina mais humanizada e próxima ao paciente.

Ainda sobre o tema, Pedro criou o que chama de os 5 P 's da medicina, que seriam justamente esses caminhos para estreitar os laços entre paciente e médico, e tornar o tratamento mais efetivo. Assim, a medicina deveria ser mais: preditiva, preventiva, proativa, personalizada e parceira.

Dentro do terceiro “P”, o “proativo”, espera-se que o paciente seja ator fundamental no processo de diagnóstico e tratamento de seus próprios males. O que isso significa? Ao contrário do que muitos pensam, não se trata de automedicação, por exemplo, mas sim, uma postura justamente mais proativa dentro do contexto de consulta.

É preciso que o paciente seja dono de sua própria história, afinal, ele é quem sente os problemas ali relatados. E, se ele é protagonista desse cenário, é preciso que ele tenha voz ativa para sugerir caminhos, estudar o seu próprio caso e, claro, optar pelo tratamento que lhe convém.

Mais do que isso, esse “P” abre uma espécie de fenda para a fórmula MAP, também criada por Pedro, e que você conhecerá a seguir!

A fórmula MAP

Movimento, alimento e pensamento. Podemos começar a explicar a fórmula por meio do significado de cada uma de suas iniciais, o caminho mais óbvio e fácil. “Criei um programa de 7 semanas em que cada uma dessas letrinhas é contemplada, e eu vou aumentando progressivamente a intensidade delas de modo que, no final, ele esteja completo” explica o especialista.

O M, de movimento, são os números de passos, que é reconhecidamente um parâmetro de saúde como nos explica Pedro. “Dar menos de 5 mil passos é incompatível com a vida. Chegar aos 10 mil passos por dia teria que ser o norte de cada um de nós, terráqueos. Porque 10 mil passos significa prevenção efetiva de doença de Alzheimer, melhora da nossa flora intestinal e um bônus interessante - que são os 8 anos a mais de vida”, conta.

O programa começa com 5 mil passos por dia, e progressivamente vai aumentando 1000 passos por semana, que podem chegar em 10 mil em 5 semanas. Mas, lembrando que a medicina deve ser personalizada, ou seja, feita pensando na realidade de cada paciente, Schestatsky deixa as duas últimas semanas como uma espécie de “limite”, para que cada um faça em seu tempo.

Outro passo ainda dentro do “M” seria a prancha, exercício simples, possível de ser feito em qualquer lugar, e surpreendentemente muito eficaz. “Ela trabalha 90% dos nossos 664 músculos, então de novo, você pode fazer ele e ir aumentando o seu tempo de postura. Isso evita um fenômeno inexorável que é a sarcopenia, também conhecida como o Alzheimer do músculo, que a partir dos 40 anos começam a ficar esfarelados, cansados”, explica.

O “A”, de MAP, é alimentação. Mais especificamente, é uma dieta mediterrânea dividida em 7 grandes características, também chamada pelo seu criador de “7 pérolas”, que casam justamente com as 7 semanas do programa. “É preciso se reconectar com o seu próprio alimento e esses passos já trazem isso. As próprias 7 pérolas não são adaptadas a todos os pacientes, alguns fazem somente 5 ou até 1, o importante é estar atento a elas”.

  • Beber muita água, 2 litros por dia. O paciente que escolherá o horário que irá começar.
  • Se servir de pequenas porções, que é também reconhecidamente um dos maiores fatores do aumento de longevidade.
  • Evitar o uso de carboidratos nos extremos do dia, como manhã e noite. É preciso centralizá-los no almoço somente. E para isso o paciente deve saber o que é carboidrato.
  • Meio quilo de salada por dia. A salada é um prebiótico, alimento para as bactérias do nosso estômago e isso é benéfico para o cérebro.
  • Uso de fermentados naturais, que são ricos em bactérias probióticas, as mesmas mencionadas no passo anterior.
  • Optar por gorduras boas. “A salada, por sinal, pode ser o veículo dessa gordura, porque é uma salada “gorda” como eu gosto de chamar, repleta de azeite, ovos, castanhas e outras gorduras boas” diz Pedro.
  • Jejum à noite, definido por um intervalo entre 3h entre jantar e dormir. “Idealmente, claro, se você só conseguir 1h já está bom, mas 3h são ideais. Isso é um verdadeiro bálsamo para o nosso cérebro.

Por fim, o último passo da fórmula MAP seria o P, de pensamento. Na primeira semana, a pessoa pode já começar com 1 minuto ao acordar ou antes de dormir de uma respiração chamada de 5, que são 5 segundos respirando e 5 segundos expirando. “O foco é chegar em 7 minutos desse exercício. Isso faz com que reduza a pressão, o cortisol e ainda aumenta 30% a capacidade de oxigenação. É claro que dá pra ser feito muito mais tempo do que isso, mas é importante começar” explica Pedro.

Ele ainda lembra que, dentro de seu material, há outras formas mais completas, como a manutenção do sono e o manejo de pensamentos tóxicos. Mas esses seriam passos mais avançados, feitos com mais qualidade e eficácia depois que a sua respiração já está controlada. Afinal, respirar é o passo mais básico de nossa existência, mas por vezes, negligenciamos esse mecanismo tão simples e gratuito.

Que tal começar ainda hoje a colocar a fórmula MAP em prática? Aproveite esse tempo que pede por mais introspecção para reconectar-se com o que verdadeiramente importa: você.

Compartilhar:


Inscreva-se na nossa Newsletter!

Inscreva-se na nossa Newsletter!


Seu encontro marcado todo mês com muito bem-estar e qualidade de vida!

Grau Plenae

Para empresas
Utilizamos cookies com base em nossos interesses legítimos, para melhorar o desempenho do site, analisar como você interage com ele, personalizar o conteúdo que você recebe e medir a eficácia de nossos anúncios. Caso queira saber mais sobre os cookies que utilizamos, por favor acesse nossa Política de Privacidade.
Quero Saber Mais