Coloque em prática

Como acordar melhor?

Algumas dicas práticas do que fazer no dia anterior podem garantir um despertar melhor e com mais disposição no dia seguinte!

28 de Fevereiro de 2023


Que dormir é muito importante, você já sabe. Te contamos neste artigo a importância do repouso para a sua saúde, e em outro momento, também te contamos das fases diferentes que um único descanso pode ter. Até mesmo um Plenae Aprova inteiro foi dedicado a dicas de como melhorar essa atividade.

Mas, mais do que dormir bem, é preciso também acordar renovado, com energia e disposição - e essa já é outra tarefa que pode ser árdua para alguns. Uma pesquisa publicada na Revista Nature trouxe alguns insights que podem ser muito importantes para algumas pessoas. 

Foram analisados 833 gêmeos e adultos geneticamente não-relacionados e a conclusão foi que a eficácia com que um indivíduo desperta nas horas seguintes ao sono não é associados à sua genética, mas sim, a quatro fatores independentes: 

  • Sono, quantidade/qualidade na noite anterior

  • Atividade física no dia anterior

  • Café da manhã rico em carboidratos 

  • Resposta mais baixa de glicose no sangue após o café da manhã.

Além disso, o pico de alerta diário de um indivíduo está relacionado à qualidade do sono, ao estado emocional positivo e à sua idade. Juntos, esses achados revelam um conjunto de fatores não-genéticos associados ao estado de alerta diário, ou seja, é possível modificá-los.


O objetivo da pesquisa era identificar esses picos de alerta diários para entender como alcançá-los, e também fazer com que os participantes conseguissem fugir da “inércia do sono” - que é aquela incapacidade de realizar uma transição efetiva para um estado de alerta cognitivo funcional ao acordar do sono. 

Foco no café da manhã

Durante as duas semanas de estudo, os participantes consumiram várias refeições de café da manhã padronizadas, usando um relógio de pulso e um monitor contínuo de glicose. Os participantes também registraram sua ingestão de alimentos em um aplicativo.

Esse teste realizado é chamado de Teste de Respostas Personalizadas à Composição Dietética (ou “PREDICT1”) e trata-se de um estudo longitudinal feito por dois países: Reino Unido e Estados Unidos. Seu objetivo principal é prever as respostas metabólicas aos alimentos com base nas características do indivíduo, incluindo biomarcadores moleculares, fatores de estilo de vida e a composição nutricional dos alimentos.

Sua ordem consiste em uma visita clínica inicial seguida por um estudo domiciliar de duas semanas. Além de usarem o relógio de pulso para monitorar a atividade de sono durante a noite e atividade física durante o dia, e também do monitor contínuo de glicose, os participantes também registraram sua ingestão alimentar, saciedade, humor e exercícios no aplicativo de estudo durante o estudo. 

A média de todas as classificações iniciais de alerta matinal registradas pelos participantes nas primeiras três horas após o início da refeição padronizada do café da manhã foi usada para calcular uma pontuação diária de alerta matinal para cada participante.

Analisando seu estado de alerta após o café da manhã e nos períodos seguintes, evitando lanches ou atividades físicas nessas janelas de tempo para que a análise fosse precisa, os próprios participantes observaram um estado de alerta alto após a refeição. É importante ressaltar ainda que a cafeína não constou em nenhuma das opções de cardápio que os participantes ingeriram.

Mais especificamente, a refeição do café da manhã com alto teor de carboidratos foi associada a maior estado de alerta matinal em relação à refeição padronizada de referência que consiste em uma quantidade média de gordura e carboidrato (a "Média do Reino Unido". 

Por outro lado, uma refeição rica em proteínas foi associada a menor estado de alerta em comparação com a refeição citada anteriormente. Se você tem o hábito de pular o café da manhã, talvez seja hora de repensar. Além de ser provavelmente a refeição mais importante do nosso dia, é preciso estar atento às escolhas do seu prato. 

Hora de descansar

Outra conclusão do estudo foi a de que dormir mais do que a duração normal que você está acostumado foi associado a maior estado de alerta na manhã seguinte, assim como acordar mais tarde do que o próprio horário típico de despertar também foi associado a maior estado de alerta.

Um efeito semelhante foi observado para o início do sono: ir para a cama mais tarde do que o normal para um indivíduo específico foi associado a um maior estado de alerta matinal. Juntos, esse primeiro conjunto de dados demonstra que dormir mais e/ou mais tarde do que o normal está associado a maior estado de alerta na manhã seguinte.


É claro que, com o tempo, o seu corpo irá se adaptar e esse “mais tarde” irá se tornar o seu habitual. Mas é uma boa dica para quem precisa de um caminho mais imediato para estar alerta no dia seguinte. 


É de família?

Além dos fatores de estilo de vida modificáveis ​​(ou seja, sono, alimentação, atividade física), foi testado se o estado de alerta diurno está sob herdabilidade genética significativa usando modelagem genética de pares gêmeos. As estimativas de herdabilidade da felicidade e compensação do sono estavam aproximadamente na mesma faixa que o estado de alerta.

Por outro lado, outros parâmetros do sono, como duração, eficiência e início tiveram estimativas de herdabilidade mais altas indicando uma contribuição mais forte de fatores genéticos para essas características. Nesse caso, conclui-se que a genética oferece uma influência modesta sobre o ponto de ajuste do estado de alerta de um indivíduo ao longo do dia, mas pode influenciar na qualidade do sono.


Exercite-se… Mas quando?

Te contamos por aqui como a atividade física libera endorfina, a morfina natural do nosso corpo, e como isso pode ser benéfico em vários sentidos para você. Mas o estudo do qual estamos tratando neste artigo revelou ainda uma surpresa: a quantidade de atividade física que ocorreu no dia anterior também previu o estado de alerta matinal no dia seguinte. 

Portanto, níveis mais altos de atividade de movimento durante o dia (indicativo de atividade de movimento físico durante o dia), mas níveis mais baixos de atividade de movimento físico à noite, associados a um sono mais contínuo e menos interrompido , cada um previu um estado de alerta matinal superior.

Conclusões finais

  • Uma duração de sono maior do que o normal e a eficiência do sono para qualquer indivíduo predizem de forma única um estado de alerta superior (mais alto) no dia seguinte para esse indivíduo. 

  • Níveis mais altos de atividade física no dia anterior predizem um aumento no estado de alerta matinal do dia seguinte. 

  • A composição de macronutrientes do café da manhã e, independentemente dessa composição, a resposta única de glicose no sangue associada, cada um influencia seletivamente o estado de alerta matinal.]

  • A genética é relativa. Ao mesmo tempo em que ela pode influenciar na qualidade e duração do seu sono de costume, por outro lado, os níveis característicos de alerta entre os indivíduos foram melhor previstos pelo nível de humor positivo, idade e qualidade do sono  individual.

De forma geral, os resultados revelam um conjunto de fatores-chave associados ao estado de alerta que, em sua maioria, não são fixos. Em vez disso, a maioria dos fatores associados ao estado de alerta são modificáveis e, portanto, permissivos à intervenção comportamental. 

Essas descobertas podem ajudar a informar recomendações de saúde pública para reduzir a mortalidade não trivial, carga financeira e social causada pelo estado de alerta insuficiente. Voltamos para a estaca de onde tudo começa aqui no Plenae: a mudança mora nos seus hábitos!

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Coloque em prática

Que tal começar a correr? Conheça os benefícios da prática

A corrida pode ser o exercício físico acessível, relaxante e completo que você procurava. Saiba mais sobre as vantagens do esporte

21 de Abril de 2020


Você busca um exercício que seja eficaz e ao mesmo tempo divertido? Que não pese no seu bolso e nem na sua rotina? Então, suas desculpas acabaram: você deveria começar a correr. Isso porque os benefícios da prática são os mais variáveis possíveis, segundo esse compilado de pesquisas publicados pelo portal americano Runner’s World e pela revista Podium Runner . Conheça algumas vantagens dessa atividade e, ao final, confira algumas dicas de como começar a praticá-la ainda hoje.


SAÚDE MENTAL

Exercícios físicos, por si só, são capazes de liberar o já conhecido hormônio da serotonina. Esse hormônio é o responsável por regular nosso humor, sono, apetite e até nossa temperatura corporal. A corrida, é claro, não foge a essa regra. Um estudo realizado em 2012 pela publicação Medicine & Science in Sports & Exercise identificou que até mesmo 30 minutos caminhados em uma esteira, em intensidade moderada, já é capaz de melhorar o humor de pacientes que sofrem até mesmo depressão de alto grau. A sensação de suar também é um dos possíveis motivos para esse sentimento positivo. O suor traz consigo a mensagem do esforço, representa a recompensa final e é conhecido como “O Suor da Felicidade”, como cravou a revista Psychological Science . Ele é inclusive perceptível pelos que estão ao seu redor, que acabam se contagiando com essa sensação de alegria.


SAÚDE FÍSICA

Correr vai te ajudar a acelerar o seu metabolismo. Isso consequentemente vai te ajudar a queimar calorias indesejadas mais rápido. E você não precisa estar magro para correr, afinal, a atividade é livre e pode ser feita por qualquer um. A perda de peso ou o equilíbrio dele será uma consequência.


Ainda sobre metabolismo e o bom funcionamento do corpo, uma vasta revisão de 170 estudos epidemiológicos feitos pelo Journal of Nutrition, mostrou que exercícios feitos regularmente - como é o caso da corrida - reduzem os riscos do desenvolvimento de determinados tipos de câncer. Aos pacientes que já possuem a doença, a atividade, quando permitida pelo seu médico, pode trazer mais qualidade de vida ao paciente em tratamento. A corrida também é benéfica para o fortalecimento da sua massa óssea, ou seja, seus ossos num geral. Isso pode ajudar em possíveis problemas na coluna e até no joelho.


Mas o impacto das passadas não é prejudicial aos joelhos? Negativo, segundo pesquisador da Universidade de Boston, David Felson. Em entrevista a Rádio Pública Nacional, Felson diz não ter encontrado, ao longo de seu estudo, nenhuma relação com a corrida e a osteoartrite. Por fim, diferentes estudos apontam que o ato de correr regularmente é benéfico para trazer um melhor condicionamento cardiovascular, melhor composição corporal (menos gordura), menor colesterol, excelente controle de glicose e insulina, ossos mais fortes, melhor regulação hormonal e funcionamento neurológico positivo. Tá bom ou quer mais?

CONTATO COM A NATUREZA

Como já dissemos nessa matéria , o contato com a natureza é um interessante e potente aliado para a sua saúde física e mental. E a corrida geralmente é feita justamente assim, ao ar livre. Isso pode envolver natureza ou não, é claro. Se você morar em uma grande capital, o verde pode ser um pouco raro nas suas paisagens.

Mas isso pode depender um pouco de você também. Escolher parques como cenário da sua corrida pode tornar tudo mais leve, sua respiração fluirá melhor e você terá mais espaço e menos obstáculos. Além disso tudo, você estará em contato com a natureza, o que pode ser raro dependendo de sua rotina. Esse momento é único e valioso, onde diferentes benefícios estarão unidos em um só.

CONCENTRAÇÃO

Correr é um ato quase que de meditação , mantendo sua mente focada em um só objetivo: a reta final do seu trajeto. Músicas costumam ajudar no processo da concentração que a atividade exige, mas o estilo varia de corredor para corredor. O importante é se manter focado e ativo.

FAZER AMIGOS

Correr pode incrementar suas relações. Se inscrever em competições até mesmo fora de sua cidade, maratonas complexas e todo o preparo físico para elas - tudo isso fica melhor quando se tem companhia, e não só do seu preparador físico. A corrida pode ser um bom início para te tirar da zona de conforto e te levar a novos lugares e pessoas. Afinal, encontrar sempre os mesmos corredores no seu parque favorito pode vir a se tornar o começo de uma bela amizade, não acha?

LONGEVIDADE


O objetivo final do Portal Plenae pode ser atingido por meio da corrida. Um estudo guiado pelo Jornal Britânico de Esportes e Medicina descobriu que os corredores apresentam uma taxa de mortalidade de 25 a 30% menor em todas as causas analisadas do que os não corredores. Outra pesquisa , essa conduzida pela Ball State University , descobriu que um grupo de corredores e ciclistas de 75 anos, que se exercitam há aproximadamente 50 anos, possuía um perfil biológico mais próximo de estudantes de 25 anos do que os não praticantes de exercício. Não para por aí.

A amplamente conhecida Universidade de Stanford também se dedicou a estudar a longevidade, e um dos tópicos deste estudo foi a corrida. Eles compararam corredores locais, na casa dos 50 anos, com membros da comunidade de Stanford que não se exercitavam, mas que tinham os mesmos cuidados e acessos médicos de primeira linha. Vinte e um anos depois, a taxa de mortalidade era mais de 50% menor entre os corredores. Para a surpresa de todos os pesquisadores, os corredores estavam ficando mais jovens por mais tempo.


E aí, já está se sentindo inspirado e motivado a começar também a correr por aí? Então anote essas dicas que podem te ajudar!

  • Em primeiro lugar, é sempre imprescindível a opinião do seu médico de confiança. Você está apto a realizar esse exercício? Se sim, em qual intensidade? Essa “permissão” vai te trazer mais confiança e, claro, evitar possíveis problemas.
  • Médico liberou? Hora de escolher os tênis ideais para você! Em qualquer loja de esportes você encontrará uma gama imensa de opções. Não se deixe levar somente pelo visual deles. É importante que ele o tênis esteja justo na medida certa e seja específico para esse tipo de atividade. Esse link pode te ajudar nessa escolha!
  • Roupas também são parte importante desse processo. É preciso que elas sejam leves, mesmo nos dias frios. Essa leveza vai facilitar os seus movimentos, que serão em sua maioria, de impacto. Roupas muito pesadas podem até mesmo machucar a sua pele conforme o atrito inevitável do movimento.
  • Solta o som! Fones no estilo headphone são mais confortáveis para a corrida, pois ficam mais fixos do que os menores. E a playlist é por sua conta: pode ter músicas agitadas que te trarão gás, músicas relaxantes que manterão seu foco e até podcasts que te trarão conteúdos relevantes durante seus exercícios.
  • A escolha do local é também por sua conta. Há quem prefira correr na rua, mesmo com todos os obstáculos. Há quem prefira os parques, por conta de toda a natureza (lembra do item natureza?). Pode ser interessante você manter a frequência nesse mesmo local, assim consegue estabelecer metas precisas de superação, como dar uma volta a mais a cada dia de prática ou atingir determinada distância.
Agora é só começar a correr! Não esqueça de tirar uma foto da sua prática e compartilhar no instagram marcando o @portalplenae. Assim você vai incentiva toda a comunidade Plenae a seguir o seu exemplo também.

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