Coloque em prática

7 maneiras de apoiar a causa preta no seu dia a dia

Mais do que não ser racista, é preciso ser anti racista. E isso inclui estar de olho nas oportunidades de apoiar causas raciais no seu dia a dia

2 de Junho de 2023


O debate racial tem ganhado cada vez mais força e o espaço que merece, afinal, é de fato um tema que merece ser discutido em todos os ambientes possíveis. Mas, infelizmente, as marcas do racismo ainda são visíveis: apesar de serem 54% da população brasileira, eles ainda recebem salários melhores - com equidade salarial prevista só para 2089 no Brasil, segundo a ONG Oxfam.

Outra pesquisa, essa feita pela empresa de treinamento e desenvolvimento, CEGOS, ouviu mais de 4 mil profissionais de RH em sete países (Brasil, França, Alemanha, Itália, Grã-Bretanha, Espanha e Portugal). A conclusão, como mostra o jornal da CNN, é que 75% das empresas brasileiras apontam o racismo como principal discriminação no ambiente de trabalho, seguido por opiniões políticas (42%) e aparência física (37%).

Diante desses dados, não é de se espantar que uma pessoa negra se sinta intimidada pelo mercado de trabalho e busque seus próprios caminhos para empreender. Neste artigo, te contamos mais sobre o movimento do afroempreendedorismo, que busca criar condições para que empreendedores pretos tenham mais espaço para começar suas próprias jornadas. 

O afroempreendedorismo é criado por negros, mas não destinado a eles apenas, ou seja, há empresas com diferentes propósitos envolvidos, não só raciais, mas há sempre a figura de uma pessoa preta por trás. É o caso de Fernanda Ribeiro, primeira participante da décima segunda temporada do Podcast Plenae. Representando o pilar Contexto, ela conta mais suas próprias dificuldades e como buscou caminhos para facilitar para outros que viessem depois dela.

Atrelado a esse movimento, existe ainda um outro: o Black Money. Seu objetivo é designar o dinheiro que circula justamente entre a população negra da sociedade, seja em comércio ou em serviços em geral. E a ideia é impulsionar cada vez mais esse mercado, buscando fomentá-lo e fortalecê-lo.  

Mas, como fazer isso, afinal? A seguir, te damos alguns passos de como apoiar a causa no seu dia a dia!

No trabalho

Começamos o artigo falando justamente sobre o mercado de trabalho. Uma das práticas para se ter no dia a dia, se você for líder, é estar atento à diversidade da sua equipe e evitar o viés inconsciente que te contamos aqui na hora de contratar. Mais do que contratar, ouça essas pessoas, chame elas para contribuírem com ideais e envolva toda a empresa. Promover palestras, enviar conteúdo interno e colocar o tema racial na agenda de todos os colaboradores é muito importante. 

Se você não for líder, você pode contribuir com essa sugestão para a sua gestão. Você também pode estar atento aos negros ao seu redor - e isso vale, é claro, para além do ambiente de trabalho. Acolha, converse, busque saber se eles estão confortáveis. 

Consumo

Na hora de ir às compras, que tal dar preferência para marcas de pessoas pretas? Não é uma obrigação, é claro, mas desenvolver essa atenção especial nos pequenos atos pode ajudar a fortalecer uma consciência individual e também coletiva. Além de, claro, ajudar financeiramente alguém que pode ter enfrentado mais dificuldades do que outras pessoas brancas para chegar até ali.

Financiar coletivos

Coletivos são organizações feitas por pessoas que dividem interesses e objetivos em comum. A grande característica é não ter tanto interesse econômico, portanto, é quase uma ONG, mas sem todas as burocracias e exigências como ter um CNPJ, por exemplo.

Há diversos coletivos que possuem um foco na causa preta. Eles estão sempre precisando de apoio financeiro, de trabalho voluntário ou de uma simples divulgação. É o trabalho desse tipo de organização que ajuda a trazer mais informação para a população e pressionar políticas públicas. 

Esta lista da revista GQ separou alguns nomes bem relevantes para você começar a apoiar ainda hoje!

Atenção aos termos

Desde palavras únicas até expressões que reforçam o preconceito, devem ser banidas imediatamente do nosso vocabulário. Parece detalhe, mas as palavras reforçam a violência e é em uma piada ou uma simples frase que, diariamente, o inconsciente coletivo vai criando força. 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibilizou em sua biblioteca digital uma cartilha com orientações para abolir ou substituir expressões com origem racista do vocabulário nacional, como conta o jornal Estado de Minas

A cartilha reúne expressões que têm origem no período escravagista do Brasil, frases com teor derrogatório a religiões de matriz africana e verbos. “Denegrir”, por exemplo, faz uma associação de pessoas negras a uma situação ruim, assim como “lista negra”, “dia de branco”, entre outras. 

Observe suas amizades

Olhe para o lado, para o seu círculo de amigos. Ele é plural? Ele é diverso? Quantos negros estão por ali? Em um país onde a maioria é ngra, será que não há nada de errado em não ter nenhum amigo negro sequer? Com isso, o erro não está em você enquanto pessoa, mas de repente, os lugares que você frequentou por toda a vida e se relacionou, não haviam negros ali. 

Buscar novos horizontes e se cercar de pessoas diferentes é extremamente benéfico para sua visão de mundo, sua empatia e, claro, suas relações. A criação de um laço vem sempre de um lugar espontâneo, mas você pode começar com a intenção de frequentar ambientes diferentes. 

Consuma cultura

Te trouxemos uma lista de atletas negros para você se inspirar e isso vale para a cultura, que é repleta de bons artistas negros. Mas você não precisa assistir somente filmes que falem de questões raciais - aliás, essa é outra maneira de combater o racismo: tirá-los desse lugar constante de luta e ensinamentos. 

Há muitos negros que querem simplesmente serem reconhecidos por outros temas e falar sobre outros assuntos, e quer um lugar mais plural e cheio de possibilidades do que a cultura? Assista filmes, séries, novelas, teatro ou qualquer peça audiovisual que coloquem negros em lugares de prestígio, não só como protagonistas, mas também em suas produções, direções, etc. 

Aumente seu repertório musical e coloque cantores e cantoras negras na sua playlist. E sua estante de livros, você já checou quantos negros você leu esse ano? Museus, lugares infelizmente muitas vezes conhecidos pelo seu elitismo, estão dando mais espaço para artistas negros ocuparem e exibirem suas obras. 

Conscientize 

Busque diálogo e consciência para si, mas não se esqueça de conscientizar e corrigir as pessoas ao seu redor que também estão aprendendo. Reconhecer o seu lugar de fala é importante para que a gente não busque se apropriar de dores que não são nossas, mas é também nosso papel usar de privilégios brancos para mudar esse cenário. Denuncie o racismo se você presenciar, corrija um termo ou uma atitude sem medo de ser repreendido, não minimize a dor do outro, entre outros.  


Para todo lugar que se olha, essa revolução tão importante e necessária está acontecendo. Mas, no âmbito individual, é preciso apurar os seus olhos e observar os seus próprios posicionamentos. Você pode ser parte da diferença que quer ver no mundo! 

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Coloque em prática

Exercícios que cabem na sua rotina

Existe uma hora melhor hora para se exercitar, segundo os especialistas? Investigamos essa que é uma das grandes dúvidas quando o assunto é exercício físico.

26 de Maio de 2020


Esqueça a pressão de se colocar o alarme ainda mais cedo do que o normal para malhar, ou a necessidade de chegar depois de um longo dia de trabalho e ainda encontrar vigor para se exercitar. Isso porque, segundo a educadora física e treinadora esportiva, Camila Hirsch, não existe uma hora ideal, que funcione para todos os indivíduos.

“Existem benefícios e malefícios em cada um dos horários, e existem as individualidades biológicas de cada ser humano, que devem ser levados em consideração” explica a professora. No caso de uma pessoa que é noturna, por exemplo, se propor a ir para a academia de manhã pode ser uma grande cilada, pois as chances dela boicotar esse treino e desligar o alarme todos os dias são grandes.

O mesmo vale para pessoas que não se sentem dispostas, ao final do dia, a encarar uma série de exercícios pesados. Isso pode, inclusive, prejudicar seu sono, já que atividades por si só produzem adrenalina. Mas, novamente, é uma questão individual. “Há quem treine bem às 19h da noite e consiga dormir às 23h tranquilamente, porque já conseguiu relaxar.

Mas outras pessoas podem preferir dormir às 22h, e podem apresentar mais dificuldades por conta do treino” explica Camila.
Para escolher o horário que melhor funciona para você, se atente aos indicadores de sucesso, ou seja, dicas de que os exercícios estão cabendo na sua rotina, naquele horário.

“O primeiro grande indicador é a frequência. Você está conseguindo mantê-la naquele horário em que se propôs a malhar, ou anda faltando muito por interferências externas?”. O segundo indicador é avaliar a sensação do pós-treino
versus seus afazeres. Decidiu se tornar um grande atleta noturno, mas isso está prejudicando seu sono? Ou esta chegando atrasado ao trabalho todo dia? Hora de rever as suas escolhas e se readaptar!

Por fim, o horário ideal também deve estar intrinsecamente ligado aos seus hábitos alimentares. “Depois de treinar, você deve se alimentar, e isso é extremamente pessoal de cada um. Há quem treine de manhã e, ao realizar a alimentação pós-exercícios, acaba prejudicando o seu almoço, por não sentir fome com tanta frequência” explica Camila.

O mesmo vale para pessoas que não costumam jantar tarde mas, por conta do treino, se vêm refeições reforçadas e, com isso, prejudicando seu sono.
Você também pode buscar exercícios específicos, que se encaixem individualmente em sua rotina. Aqui, é importante ressaltar que não existem hierarquias, ou seja, qual treino é melhor em cada horário.

Assim como todas as outras questões desse texto, essa também é de cunho individual, afinal, quem conhece seus gostos e rotinas é você.
“Se você for uma pessoa que gosta de dar uma relaxada no final do dia, atividades mais tranquilas e lúdicas como dança, pilates, yoga, podem ser ideais.

Elas, aliás, são atividades que podem acontecer todo dia, envolvendo a família, em algum período da sua rotina” continua Camila. Outras pessoas conseguem relaxar mesmo se o exercício for de alta intensidade, como crossfit ou luta. O importante é se manter em movimento.
Já se sabe, por exemplo, que o sedentarismo mata tanto quanto o tabagismo.

Mas nem sempre é assim.
Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Harvard revelou que, as mulheres que se mantiveram ativas por 300 minutos durante a semana, reduziram em até 70% a taxa de mortalidade precoce. Quando pensamos em uma pessoa sedentária, imaginamos alguém que não faça nenhum tipo de exercício. Mas nem sempre é assim.

“Você pode se exercitar com alta intensidade, cinco vezes por semana, todas as manhãs. Mas se o resto do dia você ficar 8h na frente de um computador sem se mover, chegar em casa e se jogar no sofá, todo aquele exercício matinal perde até 40% do efeito” revela Camila.

A pessoa sedentária é a pessoa que não se mantém em movimento. Por isso, é necessário incluir pequenas movimentações no seu dia, que vão complementar o seu treino.

  • A cada 30 minutos, fique em pé por 5. Não conseguiu levantar em 30 minutos? Sem problemas: a cada 1h, fique em pé por 10 minutos. E assim sucessivamente.
  • Que tal descer 2 pontos antes do seu? É uma forma de incluir pequenas caminhadas na sua rotina.
  • Compre uma garrafinha de água menor! Assim, para ingerir os 2 litros recomendados diariamente, você terá que necessariamente levantar do seu posto de trabalho para enchê-la. Isso já fará com que você se movimente.
  • A velha e boa regra: opte pelas escadas fixas às rolantes, ou aos elevadores, sempre que puder.
  • Inclua a meditação em suas práticas diárias. Apesar de não exercitar fisicamente o seu corpo, ela exercita sua mente, sua capacidade de cognição e concentração, e pode ser feita até mesmo em seu horário de almoço.
E não se esqueça: nosso corpo tem a capacidade de se adaptar a qualquer estímulo que você der. Nós só dormimos a noite, por exemplo, porque ensinamos nosso corpo a isso, treinamos ele. Existem pessoas que, por conta de suas profissões, dormem durante o dia e trabalham pela noite.

“Então o importante é a hora de sono acontecer, mas a sua rotina você tem que descobrir. Não é porque ficou escuro que você tem que dormir, a rotina regrada é muito boa e importante, mas precisa ser a sua regra, adaptada à sua realidade” conclui Camila. Isso vale não só para o sono, mas para tudo. Descubra sua rotina, conheça-a e adapte-a.

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