Coloque em prática
Acredite: ajudar o planeta pode ser mais simples do que você imagina!
31 de Março de 2023
Já ouviu o quarto episódio da décima primeira temporada do Podcast Plenae? Se a resposta for não, ouça já aqui e prepare-se para se inspirar. Se a resposta for sim, você já conheceu a história transformadora de Daniela Lerario, que resolveu largar um emprego “de sucesso” aos olhos da sociedade para se dedicar integralmente a proteger o nosso planeta.
“O meio ambiente somos nós. Nós somos a natureza. Nessa corrida, todo mundo ganha ou todo mundo perde. Ou somos parte da solução ou continuamos parte do problema”, reflete ela, na finalização do seu episódio. Aqui no Plenae, acreditamos fielmente nessa máxima de que somos parte do que nos cerca.
É sobre isso que tratamos nas matérias do pilar Contexto, e o meio ambiente, é claro, não poderia ficar de fora. Já te contamos, por exemplo, como diminuir o desperdício de comida neste artigo e até qual a relação entre moda e planeta e onde você entra nessa dinâmica.
Hoje, traremos dicas práticas de como práticas simples podem ajudar nessa jornada em busca de um planeta melhor para todos. #Spoiler: você pode começar qualquer uma delas ainda hoje! Confira a seguir.
Aqui, são várias as dicas dentro de um só tópico. No caso da compra dos eletrodomésticos, esteja atento aos que possuem o Selo Procel, que tem como objetivo "indicar aos consumidores os equipamentos e eletrodomésticos disponíveis no mercado nacional que apresentam os maiores índices de eficiência energética em cada categoria”, como explica o site institucional do selo.
Ele ainda “estimula a fabricação e a comercialização de produtos mais eficientes, do ponto de vista energético, minimizando os impactos ambientais no país”. Você com certeza já esbarrou com ele por aí e isso é um bom sinal. Se você está equipando sua casa, não tenha dúvidas e invista nesse selo.
Mas nem só de compras grandes estamos falando. Você pode ir a um supermercado e optar por bolsas de pano no lugar das sacolas práticas para transportar os seus produtos. Mesmo ao escolher esses produtos, busque as opções que possuem menos descartáveis possíveis.
Daniela Lerario conta que sua preocupação mora até na hora de comprar uma simples caneta que, para ela, não necessita de uma tampa. As de clique desempenham o mesmo papel e, nesse pequeno ato, você já evita um lixo que poderia ir parar no mar, por exemplo.
Ainda nessas compras, planejar o que você irá comprar pode evitar o desperdício de dinheiro, de comida e de embalagens que iriam para o lixo sem chance de reciclar, por conterem comida dentro. Nesse planejamento, você consegue também escolher onde comprar, o que nos leva a próxima dica.
Para isso, não é necessário ir tão longe: uma feira urbana já pode ser o caminho. Mas por que tomar essa decisão, afinal? Simples: em primeiro lugar, pela sua saúde. Comprando ingredientes naturais e de pequenos produtores, você passa a conhecer melhor a procedência do alimento que irá ingerir.
Mas há também um outro fator envolvido. Comprar do pequeno faz a economia circular ali, em um ecossistema menor. Isso é positivo porque as grandes indústrias, que já são ricas o suficiente, também são grandes vilãs na maioria das vezes quando o assunto é sustentabilidade.
Por fim, ajudar o pequeno ainda gera um maior senso de comunidade, que pode não parecer, mas tem muito a ver com sustentabilidade. Uma vez unidos, é mais fácil no futuro implementar outras políticas públicas, mais focadas na sustentabilidade de grosso modo, como hortas comunitárias ou um sistema efetivo de coleta de reciclagem.
E falando em reciclagem, é claro que ela não podia ficar de fora. A atividade é tão importante que há até mesmo uma lei de incentivo à reciclagem que prevê benefícios fiscais para empresas comprometidas com a prática. Outra lei, essa um pouco mais antiga, obriga condomínios comerciais e residenciais com mais de 50 unidades a acondicionar separadamente os resíduos recicláveis produzidos em suas dependências.
Se você mora em prédio e ele conta com uma coleta seletiva, já fica mais fácil de reciclar. É só separar o seu lixo corretamente, descartando tudo que for orgânico separadamente e lavando as embalagens recicláveis. É preciso que elas estejam limpas para o seu descarte correto - e, convenhamos, essa é uma etapa rápida.
Se você mora em casa, confira no site da prefeitura de sua cidade os dias que a coleta seletiva passa na sua rua. Por fim, há alguns estabelecimentos como os Ecopontos ou até instituições privadas - como alguns supermercados - que recebem seus lixos.
Economizar é a palavra de ordem para quem busca ser mais sustentável. Economize a luz da sua casa e apague durante o dia, quando o sol pode te servir de iluminação natural. Economize água, seja no banho, na hora da louça, ao escovar os dentes.
Há quem defenda até mesmo o xixi no banho, para que se economize a água da descarga. Dá para juntar mais roupas antes de lavar e, assim, utilizar melhor a sua máquina. Dá também para trocar todas as suas lâmpadas por fluorescentes. Tire da tomada aparelhos que nunca são usados.
Mantenha a sua geladeira longe de fogão, forno, ou de portas e janelas, pois isso faz com a incidência solar aqueça-os e demande um trabalho maior do termostato de cada um, gastando energia elétrica desnecessária.
Economize nas compras. Afinal, você precisa mesmo de mais essa roupa? Neste artigo, te falamos sobre o movimento minimalista e aqui ele pode ser seu grande aliado, além do movimento slow, que também te contamos por aqui. Economize ao fazer compras no supermercado e até mesmo ter uma horta pode te ajudar a cultivar os seus próprios temperos, por exemplo, e ainda de quebra traz a natureza para sua casa. Também te trouxemos os benefícios da jardinagem!
Economize até mesmo na sua quantidade de lixo. Te falamos sobre a reciclagem, que é etapa fundamental para quem busca ser mais sustentável, mas a atitude ouro para o planeta é produzir cada vez menos lixo. Comprar a granel, por exemplo, pode ser uma saída, assim como dispensar copos plásticos. A Fernanda Cortez, idealizadora do Menos1lixo, traz alguns conteúdos nessa área que podem te ajudar.
Seja em ONGs nas quais você acredita no trabalho e que estejam focadas na causa ambiental. Seja em uma composteira em casa, que vai te demandar um trabalho inicial e um espaço só para ela, mas que depois será perfeito para o descarte dos seus lixos orgânicos.
Invista ainda em energia solar, se você morar em casa, pois isso é bom não só para o planeta como também para o seu bolso. Pode parecer caro de imediato, mas a economia virá com o tempo, acredite. Carros elétricos, que ainda estão chegando por aqui, também podem ser um bom investimento se você tiver o dinheiro necessário.
Por fim, invista tempo do seu dia para repensar sobre suas práticas. Uma vez que se tornar um hábito, você verá que sempre é possível fazer mais pelo planeta!
Coloque em prática
O que você come influencia mais nas suas emoções do que você imagina!
18 de Abril de 2023
Que a comida é um ponto crucial em nossas vidas, você já deve saber. Tratamos constantemente sobre alimentação dentro do pilar Corpo por entender que, quando não nos alimentamos bem, todo o resto se sente afetado. O que muitos podem não saber é que a má alimentação pode afetar até mesmo a sua saúde mental.
É isso mesmo que você leu: cientistas encontram novas evidências o tempo todo sobre essa relação que, há pouco tempo, parecia distante. E, mais recentemente, um outro laço foi estreitado. Trata-se da conexão entre a alimentação e a depressão.
Essa é uma descoberta muito importante, já que a depressão é o transtorno de saúde mental mais comum do mundo e afeta 5% de toda a população adulta do mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. Sua cura ainda gera debate, já que parte dos especialistas acredita não haver, somente um tratamento.
Mas, suas causas vêm sendo cada dia mais esclarecidas. Já se sabe que há um fundo genético importantíssimo envolvido. Também já se sabe que ambientes estressores ou exposição a episódios traumáticos podem engatilhar um episódio depressivo, assim como alguns desequilíbrios químicos - esses, especificamente, que também podem gerar controvérsias. Onde a alimentação entra nisso?
Comida X emoções
Como mencionamos, não há uma cura exata, embora a terapia direcionada e a medicação ajude muitos a superar ou controlar seus sintomas de depressão. Porém, essas intervenções não funcionam igualmente para todos, o que levou os pesquisadores a ampliar ainda mais sua busca de todos os fatores que contribuem para a doença, assim como novas abordagens para tratamentos e gerenciamento.
Foi quando a dieta ganhou destaque na pesquisa médica, com especialistas debatendo os prós e os contras do uso de intervenções dietéticas para tratar ou mesmo prevenir diferentes condições médicas. Estudos de todos os cantos começaram a surgir para fortalecer esse ponto de vista.
Um deles é bastante recente, abril de 2022, feito na Universidade de Tecnologia de Sydney. Nele, os pesquisadores descobriram que homens de 18 a 25 anos experimentaram uma melhora nos sintomas de depressão após mudarem para uma dieta mediterrânea.
Em dezembro do mesmo ano, dois estudos publicados na Nature Communications analisaram a ligação entre a microbiota intestinal e os sintomas de depressão. Um dos estudos descobriu que 13 tipos de bactérias, em particular, estão associados a sintomas de depressão.
Os porquês são ainda um mistério. Pode ser a maneira como essas bactérias levam à ativação de diferentes sinais no cérebro que podem explicar a ligação entre a composição bacteriana do intestino e os sintomas de depressão, por exemplo.
Mas pode ser também o fato de que, ao fazer certas mudanças na dieta, podemos aumentar a quantidade de certas espécies bacterianas no intestino e, por extensão, a comunicação entre o intestino e o cérebro, levando a uma melhora na depressão.
O intestino e suas emoções
Segundo um artigo do periódico Medical News Today, em um dos estudos, os pesquisadores explicam que essas bactérias estão envolvidas na síntese de certos neurotransmissores, também conhecidos como mensageiros químicos. Suas atividades podem, por sua vez, estarem envolvidas nos sintomas de depressão. Esses produtos químicos são glutamato, butirato, serotonina e ácido gama-aminobutírico (GABA).
Como te contamos nesse Tema da Vez, a relação entre o cérebro e o intestino é mais complexa e importante do que se pode imaginar. Pesquisas anteriores já sugeriram que depressivos apresentam níveis mais altos de glutamato em seus sistemas do que pessoas sem depressão.
O contrário vale para o butirato e GABA, já que níveis mais baixos do que o normal dessas substâncias foram associados a sintomas de depressão - sobretudo em pessoas com doença de Parkinson. Já a serotonina, neurotransmissor já muito falado por aqui, ainda gera dúvidas.
Há pesquisas que afirmam que baixos níveis de serotonina são pelo menos parcialmente culpados pelos sintomas de depressão, enquanto estudos de pequena escala mais recentes continuam a afirmar que sua falta é a grande vilã. O mais curioso é que é no intestino que ocorre a produção de mais de 90% da serotonina no corpo, além de outros 30 mensageiros químicos que dizem ao cérebro não só o que fazer, mas o que sentir.
Por fim, no microbioma intestinal há bactérias produtoras de uma substância chamada ácido graxo de cadeia curta, cujo objetivo é sintetizar outros três ácidos graxos de cadeia curta, incluindo acetato, propionato e butirato. E todos os três também atuam como fornecedores de energia, como explicou o Dr. Amin para o Medical News Today.
O que comer?
Te contamos aqui alguns alimentos bons para o cérebro, que por si só já devem ajudar na depressão. Para o Dr. Amin, o entrevistado do artigo que mencionamos, comer muitas fibras, grãos integrais e frutas fará sua microbiota intestinal “realmente feliz, especialmente as bactérias produtoras de ácidos graxos de cadeia curta”.
Além disso, o simples fato de estar comprometido com a sua dieta, fazendo um diário da alimentação e anotando o que come, por exemplo, já é benéfico para quem tem depressão, já que um dos grandes problemas do transtorno é a dificuldade em se comprometer com a rotina.
O ato de cozinhar a sua própria comida ou cozinhar para outra pessoa também pode ser um ato chave para esse tratamento. Trazer variedade para o prato também pode ser importante para melhor educar o seu intestino, que pode estar acostumado a receber sempre a mesma coisa. Que tal variar um simples grão de feijão?
Evite alimentos e bebidas não-saudáveis, ultraprocessados e com adição de açúcares, já que estudos têm repetidamente mostrado como um importante fator de risco para a saúde e não acrescentam em nada para seu bem-estar. Adicione alimentos probióticos, como iogurte ou um leite fermentado, bem como alimentos prebióticos, como folhas verdes, que podem ajudar a melhorar a diversidade bacteriana no intestino.
Coma mais alimentos ricos em ômega-3, como peixes oleosos ou nozes, que podem ter um efeito antinflamatório e podem ajudar a aliviar os sintomas da depressão. Por fim, uma dieta mais saudável não precisa ser um ato de sacrifício. Você pode comer um chocolate e compensar com frutas e vegetais depois. O equilíbrio, como sempre, é o segredo de tudo.
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